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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Prévia da inflação é puxada pelo aumento de quase 5% nas tarifas de energia elétrica

 


O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,72% em julho. O resultado indica uma desaceleração em relação ao índice registrado no mês anterior (0,83%), mas é o maior para o mês de julho desde 2004. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta semana. O resultado veio acima do esperado. Analistas projetavam alta de 0,64% no mês.

O indicador foi puxado principalmente pela alta de 4,79% da energia elétrica, com impacto de 0,21 pontos percentuais no índice. Em junho, com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em vigor, o item chegou a subir 3,85%. No mês de julho, a aceleração da energia elétrica se deve ao reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária de energia, que passou a cobrar R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos (frente a R$ 6,243 em junho).

O item, segundo analistas, deve continuar a pressionar a inflação com a crise hídrica e a perspectiva de reajustes nas taxas extras da conta de luz.

Alta de 40% da gasolina

Somente os grupos Transportes e Habitação tiveram impacto de 0,55 ponto percentuais sobre o indicador no mês, que ficou em 0,72%. Além da energia elétrica, o grupo Habitação foi influenciado pelos aumentos nos preços do gás de botijão e do gás encanado, que subiram 3,89% e 2,79%, respectivamente.

No grupo Transportes, que subiu 1,07%, a alta foi puxada pelas passagens aéreas, com disparada de 35,64%, após queda de 5,63% em junho. Já os preços dos combustíveis desaceleraram em relação a junho, mas ainda impactam fortemente o bolso do consumidor. A gasolina teve alta de 0,50% e tem grande peso no grupo, puxando para cima o indicador. Em 12 meses, o item acumula variação de 40,32%.

No início do mês de julho, a Petrobras reajustou os preços da gasolina, diesel, gás de botijão e gás canalizado.

Prévia da inflação

Em 12 meses, o IPCA-15 registra alta acumulada de 8,59%, bem acima do teto da meta, o que eleva a pressão sobre o Banco Central para novos ajustes na Selic, a taxa básica de juros.

O Banco Central trabalha com meta de inflação de 3,75% em 2021, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p), de 2,25% a 5,25%.

Como o efeito de uma alteração na Selic leva de seis a nove meses para chegar à economia real, analistas avaliam que a inflação em 2021 ficará acima do teto da meta, mas ainda acreditam que a inflação voltará aos trilhos em 2022. O BTG Pactual, após a divulgação do IPCA-15, revisou as projeções para inflação de julho e em 12 meses. O avanço de 0,89% esperado para julho passou para 0,98%, o que leva o IPCA a atingir 9,02% em 12 meses.

“Além do grupo Habitação, muito influenciado por energia elétrica, acreditamos que serviços também podem surpreender para cima, dado que as nossas revisões tem sugerido núcleos de inflação mais elevados a frente”, diz Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual digital.

Para Frasson, o impacto da crise hídrica ainda será sentido na inflação ao longo do segundo semestre, com possibilidade de que a bandeira vermelha patamar 2 esteja em vigor em dezembro deste ano, período que, em teoria, costuma ser chuvoso. Além do risco de piora do cenário hídrico, o economista avalia que o resultado da prévia de inflação reforça a percepção de juros mais altos e anecessidade de elevação mais acelerada.

“O Copom perdeu a oportunidade de ter sido mais hawkish na última reunião e, agora, caso mantenha o pace de 75bps no dia 4 de agosto, pode estressar a curva de juros, pois o mercado projeta, em sua maioria, alta de 100bps. Entendemos que 7,5% é o nível de Selic que, hoje, garante a ancoragem das expectativas de IPCA para final de 2022 bem comportadas”, avalia o economista.


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