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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

“Cretinos digitais”: por que a Geração Z é a primeira com QI mais baixo que a anterior

 

“Uma campanha de informação justa sobre o impacto das telas no desenvolvimento com diretrizes claras seria um bom começo: nada de telas para crianças de até seis anos de idade e não mais do que 30-60 minutos por dia”| Foto: BigStock Photo


Já se passaram quatro décadas desde que o psicólogo neozelandês James Flynn (1934 - 2020) observou um fenômeno que carregaria seu sobrenome: o aumento de Quociente de Inteligência (QI) a cada geração.

O pesquisador percebeu, por exemplo, que se um americano médio fizesse o primeiro teste de QI, elaborado em 1939, atingiria cerca de 130 pontos — um número atribuído a pessoas geniais. Da mesma forma, se o teste atual fosse aplicado a um americano médio daquela época, sua pontuação seria a que hoje é esperada de deficientes intelectuais: 70 pontos.

A compreensão do Efeito Flynn levou à elaboração de diversos testes de QI, atualizados a cada 25 anos para dar conta do desenvolvimento cognitivo alcançado pela geração que passou.

O próprio Flynn, contudo, não ficou embriagado de otimismo com a própria descoberta. Ele próprio considerou que era muito improvável que uma pessoa com inteligência mediana nos dias de hoje pudesse ser, de fato, considerada um gênio para os padrões da década de 1930.

O psicólogo defendia, por exemplo, que o avanço das ciências e da tecnologia levou a um aumento da capacidade de pensamento abstrato (em sua palestra no TED Talks ele exemplifica, por exemplo, que à pergunta “como você se sentiria se acordasse com outra cor de pele”, nossos bisavós provavelmente responderiam que “isso jamais aconteceria”), o que teria levado a um aumento geral na parte do teste conhecida como Matriz Progressiva de Raven, na qual é mensurada a capacidade de compreender símbolos e fazer conexões; uma discrepância que tende a ser menor nas áreas de linguagem e aritmética.

O pai do efeito Flynn faleceu enquanto dormia, no dia 11 de dezembro de 2020, aos 86 anos; uma longa vida de defesa ferrenha da ideia de que o avanço na inteligência observado através das gerações pode ser explicado pela diferença de estímulos recebidos pela população.

O que ele teria dito das manchetes afirmando categoricamente que a Geração Z (os chamados “nativos digitais”, nascidos após o surgimento da internet, em 1995) é a primeira a ter um QI menor do que o de seus pais?.

 
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Gazeta do Povo

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