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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Marchezan apresenta defesa em processo de impeachment e descarta renúncia

Prefeito disse que renunciar jamais "passou pela sua cabeça" e que não vê motivo algum para isso

Prefeito apresentou defesa nesta segunda-feira

O prefeito Nelson Marchezan Júnior protocolou, na tarde desta segunda-feira, a sua defesa no processo de impeachment e realizou uma transmissão virtual para falar sobre o assunto. Ele frisou que as acusações presentes no impeachment não apontam ilegalidades e que o atingem pessoalmente. "Não gostaria de estar, nesse momento de pandemia, respondendo por isso", assinalou.
Além disso, Marchezan declarou que não vê motivo para renúncia e que isso "jamais passou" pela sua cabeça, mas admite que o pedido tem cunho eleitoral. "Imagino que a tentativa de alguns vereadores, espero que não dos membros da Comissão e não da maioria, é que a eleição se resolva agora, através de impeachment, em desrespeito total aos eleitores", definiu.
Mesmo assim, Marchezan reforçou que têm a expectativa de que os vereadores "terão bom senso e bom caráter" para encerrar o processo de imediato. "Para que possamos iniciar um debate sobre a cidade e que não tenhamos impacto em relação a isso. É evidente que o desejo de quem apresentou esse impeachment é desgastar a minha imagem, se continuar alguns podem sair menores do que quando entraram nele, mas não eu, eu não sairei menor", frisou.
Marchezan ainda destacou que está a disposição dos vereadores Alvoni Medina (REP), Hamilton Sossmeier (PTB) e Ramiro Rosário (PSDB) para "encerrar essa parte triste". "Tenho a certeza absoluta de que nós juntamos um volume adequado de documentos para mostrar que não há nenhuma ilicitude", enfatizou.
A manifestação do prefeito foi feita em duas partes. Uma é a defesa propriamente dita, com 41 páginas, e outro onde estão arroladas as testemunhas. A defesa indicou testemunhas específicas para cada um dos três fatos citados na denúncia. Entre as testemunhas, estão o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o atual titular da pasta, Eduardo Pazuello, assim como o ex-secretário municipal de saúde, Fernando Ritter, e o atual Pablo Stürmer, além do secretário executivo de Combate à Covid de São Paulo, João Gabbardo dos Reis. O ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente estadual do Democratas, Rodrigo Lorenzoni, também foram arrolados.
Mais cedo, no Twitter, Marchezan também se manifestou sobre o tema. "Como já percebido pela população porto-alegrense, demonstramos, mais uma vez, que não praticamos qualquer ilícito. Estou a disposição da Comissão Processante para sanar qualquer dúvida que ainda possam ter".

Correio do Povo

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