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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Moradores das ilhas ainda sofrem com pontos de inundação

Previsão de ventos para os próximos dias deverá favorecer o escoamento das águas

Por Cláudio Isaías

Ruas do Arquipélagos das Ilhas estão alagadas

Ruas do Arquipélagos das Ilhas estão alagadas | Foto: Guilherme Testa

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Os moradores das regiões das ilhas - Grande dos Marinheiros, Pintada, Pavão e Flores - ainda sofrem com pontos de inundação tanto em via pública quanto em residências. A manhã desta sexta-feira foi de transtornos para quem reside na rua Nossa Senhora Aparecida, na Ilha Grande dos Marinheiros.

Por volta das 10h, a aposentada Selene Pires foi trazida de barco por um parente até a parte da rua que não está alagada. Ela tinha uma consulta médica no começo da tarde no Hospital Conceição, na zona Norte de Porto Alegre. "É o único de jeito de sair de casa porque a água tomou conta do pátio e da rua", comentou.

Já a esteticista Maria Josélia, que mora há cinco anos na região, acompanhada da prima Carolina, cruzou a mesma via com água quase pelo joelho. "Está muito difícil a nossa situação. Estamos torcendo para que a água baixe e acabe esses alagamentos", ressaltou. Uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul que faria uma inspeção em uma escola da ilha desistiu da ação em razão da grande quantidade de água.

A Defesa Civil de Porto Alegre estima que nos próximos dias o Guaíba comece a baixar devido à previsão dos ventos que favorecem o escoamento das águas para a Lagoa dos Patos. Na medição, feita na manhã desta sexta na Estação Cais Mauá, o nível se manteve estável em 2,34 metros. A elevação dos últimos dias ocorreu pela influência das bacias dos rios Jacuí, Caí, Taquari e dos Sinos que ainda estão acima da cota normal e escoam para o Guaíba.

Na região do Arquipélago das Ilhas, até o momento, nenhuma família foi realocada, conforme a Defesa Civil da Capital. O coronel Evaldo Júnior, diretor-geral da Defesa Civil de Porto Alegre, informou que as equipes da Defesa Civil, da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul vistoriaram residências e prestaram assistência a comunidade das quatro ilhas.

As previsões, de acordo com a Defesa Civil, indicam ventos favoráveis ao escoamento para a Lagoa dos Patos e o retorno do nível do Guaíba a índices sem inundações. A Defesa Civil Municipal permanece nas quatros ilhas, com o monitoramento da situação e em permanente contato com os moradores do Arquipélago. O nível de perigo para alagamentos na região é de 2,50 metros.

O secretário municipal de Segurança, Rafael Oliveira, esteve nas ilhas do Arquipélago para vistoriar os alagamentos e situação dos moradores. Ao caminhar nas ruas que estavam cobertas pelas águas do Guaíba, ele conversou com moradores e garantiu que a prefeitura está preparada para oferecer assistência em caso de emergência.

“Mobilizamos uma operação integrada para assegurar toda uma estrutura aos atingidos, para que voltem a ter sossego frente à situação climática que prejudica uma área vulnerável”, ressaltou o secretário. O prefeito Nelson Marchezan Júnior, acompanhado de técnicos da Defesa Civil e secretários, deverá vistoriar na manhã deste sábado a região das Ilhas do Arquipélago que foram atingidas pela chuva dos últimos dias.


Correio do Povo

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