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domingo, 10 de novembro de 2019

Merkel pede a Europa defesa da democracia em aniversário da queda do Muro

O 30º aniversário da queda do Muro de Berlim se comemora em um ambiente de discórdia entre os aliados da época da Guerra Fria

Para a chanceler alemã, os

Para a chanceler alemã, os "valores fundadores da Europa devem ser sempre defendidos" | Foto: Tobias SCHWARZ / AFP / CP

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A democracia e a liberdade europeias devem ser defendidas sempre, pediu neste sábado a chanceler alemã, Angela Merkel, no 30º aniversário da queda do Muro de Berlim, que se comemora em um ambiente de discórdia entre os aliados da época da Guerra Fria.

"Os valores fundadores da Europa (...) devem ser sempre defendidos. No futuro é preciso se comprometer com a democracia, a liberdade, os direitos humanos e a tolerância", disse na Capela da Reconciliação, um dos lugares históricos e emblemáticos de Berlim, que representa a divisão que a cidade viveu após a construção do Muro.

"O Muro de Berlim pertence à história e nos ensina que nenhum muro que deixa as pessoas de fora e restringe a liberdade é tão alto ou tão comprido que não se possa ultrapassar", acrescentou a chanceler, natural da Alemanha Oriental, que iniciou sua carreira política após a queda da Cortina de Ferro.

Merkel colocou uma rosa no lugar onde se levantou o Muro, acompanhada pelos presidentes da Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia, países que se prepararam durante muito tempo para a queda do muro e que são com frequência acusados de não respeitar plenamente as regras do Estado de direito.

Este aniversário da queda do Muro está marcado por uma falta de entusiasmo geral e pelas divisões. Na memória ficam a celebração de dez ano atrás, quando líderes do mundo todo, incluindo as quatro forças aliadas da Segunda Guerra Mundial, se encontraram em frente ao Portão de Brandeburgo em Berlim para derrubar um falso muro erguido para a comemoração dos 20 anos do fim da Cortina de Ferro. A mensagem naquele momento foi clara: as muralhas e as divisões são coisas do passado. Dez anos depois, o ambiente é diferente.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, deixou a Alemanha na sexta-feira à noite após dois dias de visita e o presidente francês Emmanuel Macron chegará a Berlim no domingo à noite para um jantar com a chanceler Angela Merkel e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Antigos aliados divididos

Nesta semana, o presidente francês jogou lenha na fogueira ao dizer que a Otan estava em um estado de "morte cerebral" e lamentar a falta de coordenação entre os Estados Unidos, os sócios da Otan e a Turquia, membro da Aliança, que lançou recentemente uma ofensiva militar no norte da Síria. Merkel abandonou o tom diplomático habitual dizendo que não compartilhava esta visão "radical" e estes "julgamentos de valor inoportunos" de Macron.

Às divisões sentidas entre os aliados do fim da Guerra Fria se soma um ambiente geopolítico tenso. Em Berlim, Pompeo instou os países ocidentais a "defenderem o que tão duramente se conquistou em 1989" e a "tomar consciência de que se vive uma corrida de defesa dos valores contra as nações não livres", apontando a China e a Rússia.

A presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu que se observe com atenção Pequim e Moscou. A dirigente admitiu que em 1989 houve uma certa ingenuidade, quando o mundo acreditou que a "vitória das democracias liberais não podia ser detida".

Um momento de felicidade

Apesar deste contexto sombrio, os berlinenses comemorarão a queda do Muro que dividiu sua cidade durante mais de 28 anos. Sua derrubada, na noite de 9 de novembro de 1989, ocorreu de forma pacífica e as imagens de desconhecidos das partes Oriental e Ocidental se abraçando deram a volta ao mundo. "Foi um momento de felicidade", resumiu recentemente Merkel.

"É uma coisa que não se esquece nunca. Uma loucura. O Muro era como uma fortaleza poderosa e de repente se derrubou", lembra Thomas Wendt, de 67 anos, cidadão de Berlim Oriental que passou aquela noite histórica no Oeste.

Na noite deste sábado, o presidente da República, Frank-Walter Steinmeier, se dirigirá à multidão a partir do Portão de Brandeburgo.

Do ponto de vista da política interior, a Alemanha também não mostra o entusiasmo que se respirava há 30 anos. Merkel reconheceu que "levaria meio século ou mais" para concluir de fato uma reunificação alemã que parece existir apenas no papel. As fissuras políticas e econômicas entre as partes Oriental e Ocidental - mais rica - do país, continuam estando onipresentes e são sentidas por exemplo com o avanço no Oeste da extrema-direita, representada pela formação Alternativa por Alemanha (AfD).

"As tendências nacionalistas e protecionistas ganham terreno no mundo todo hoje em dia", afirmou Merkel na sexta. O discurso antissistema e contrário às elites econômicas e de poder se aprofunda no Leste, onde muitas pessoas sentem que são tratadas como cidadãos de segunda categoria.


AFP e Correio do Povo


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