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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Deputado do PSL arranca cartaz sobre exposição contra o racismo na Câmara

Oposição levará caso, ocorrido nesta terça-feira, ao Conselho de Ética da Casa

Parlamentar divulgou, em suas redes sociais, vídeo criticando a exposição

Parlamentar divulgou, em suas redes sociais, vídeo criticando a exposição | Foto: Reprodução / CP

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Uma exposição que trata do racismo no Brasil virou motivo de bate-boca na tarde desta terça-feira, na Câmara dos Deputados. O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) arrancou da parede da exposição uma imagem em que aparecia um policial, de arma na mão, e um rapaz negro estendido no chão, com a camisa do Brasil e algemado. No cartaz, lia-se a frase "O genocídio da população negra".

O ato do deputado provocou reação imediata de deputados presentes na Casa. Houve bate-boca na saída da exposição e gritos de "racista" em direção a Tadeu. "Ele não suportou uma exposição que registra a presença negra na história do Brasil nos diversos campos. E veio aqui e arrancou parte da exposição, onde havia a denúncia de um genocídio negro no Brasil", afirmou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). "Ele arrancou tudo, destruiu tudo e cometeu o crime de racismo e quebra de decoro", acrescentou.

Jandira e outros parlamentares, como a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), prometeram levar o caso ao Conselho de Ética da Câmara. Desde o início do dia, a imagem arrancada por Tadeu vinha causando desconforto aos deputados da chamada "bancada da bala". Mais cedo, o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) já havia encaminhado ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), um pedido para que o cartaz fosse retirado da exposição. "Conforme se verifica do conteúdo da imagem, há a absurda atribuição da responsabilidade pelo genocídio da população negra aos policiais militares, prestando-se, assim, verdadeiro desserviço junto à população que trafega pelas dependências da Câmara, retratando negativamente o salutar papel dos policiais militares para a manutenção da ordem pública no nosso País", disse Augusto em seu pedido a Maia.

Mais tarde, o parlamentar postou um vídeo em sua conta pessoal do Twitter esclarecendo sua posição no caso. No vídeo, ele disse que policiais são "guardiões da sociedade" e repudiou a associação de militares ao genocídio negro no Brasil.


O deputado é presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública e da Comissão de Segurança Pública. Após arrancar o cartaz, o coronel Tadeu voltou a criticou a imagem. "Colocar a PM como responsável pelo genocídio é inaceitável", afirmou ao Estadão/Broadcast.


Agência Estado e Correio do Povo


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