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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Mudança nos blocos partidários gera polêmica na Câmara de Porto Alegre

Alterações ocorreram logo após ser formalizado pedido de CPI

Por Luiz Sérgio Dibe

As mudanças foram diversas

As mudanças foram diversas | Foto: Leonardo Contursi / CMPA / Divulgação / CP

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A mudança na composição dos blocos partidários na Câmara de Vereadores da Capital causou nova polêmica nesta quinta-feira durante a primeira sessão plenária posterior ao anúncio da instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre atos da Prefeitura da Capital. As alterações ocorreram entre partidos que compõem a base do Executivo e outras siglas autodeclaradas independentes, provocando protestos de membros da oposição.

"Fica evidente que estas mudanças respondem a interesses políticos. Quem observar verá que o bloco ligado ao líder do governo aumentou. Será que o vereador Mauro Pinheiro vai querer mesmo participar da CPI ou seu desejo é obstruir o trabalho de quem deseja trazer transparência aos atos suspeitos do Executivo", desferiu Roberto Robaina (PSol). Visivelmente irritado com a mudança dos blocos, apresentadas em diversos requerimentos entregues pelos líderes de bancadas à Mesa Diretora, o vereador pronunciou sua crítica, primeiro da tribuna, e depois prosseguiu em conversas com representantes de outras bancadas.

Adeli Sell (PT), que também disse considerar estranhas as alterações nos blocos partidários, ocorridas um dia após a aceitação do pedido de CPI, contendo assinaturas de 15 vereadores, qualificou a mudança como um "escândalo". "Havia um conjunto de blocos até aqui. Apareceu a CPI, agora começa o samba. Podem fazer os arranjos que quiserem. Vai ter CPI", discursou, durante o período de pronunciamentos.

As mudanças foram diversas. Uma delas, aproximou o PTB, integrante da base que possui bancada de quatro componentes à Rede, partido do líder do governo. Outra, agrupou pequenas bancadas em um bloco de seis vereadores: dois do PSB, dois do REP, um do PROS e um do SD, Claudio Janta (SD), que respondeu também da tribuna. "Não estou manipulando nada. Pequenas bancadas têm o direito de discutir os problemas da cidade", disse.

Vice-líder do governo, Moisés Barboza (PSDB) sustentou que, ao questionarem o direito das mudanças, atribuindo que há interesse político, os oposicionistas "estão admitindo que é a CPI é uma ferramenta eleitoral". Para Barboza, não há do que reclamar, pois o direito a alterações na composição de blocos está previsto em regimento. "São mudanças legais e se não aceitam isso é por que queriam uma CPI só para eles. Mas não terão. A CPI é da Câmara de Vereadores", respondeu o líder do governo.


Correio do Povo

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