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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Desmentindo a Globo sobre a Amazônia (E-mail recebido no RS Notícias)

Não consegui me calar  diante da apresentação da matéria tema do Studio I de ontem na GloboNews:
" A Ditadura Militar incentivava a agropecuária na Amazônia",
Ao Studio I/GloboNews


Lamentável a abordagem sobre o "incentivo da ditadura militar à agropecuária na Amazônia" e os "atrasados conceitos dos militares sobre soberania".
É preciso mais conhecimento para debater esse tema.
Fui piloto do Correio Aéreo Nacional da Amazônia na época.
Sabem o que é?
Com aviões Douglas C-47 e anfíbios Catalina, levamos à Amazônia civilização, assistência médica, alimentação e transporte gratuito entre os locais mais recônditos e as capitais, principalmente Manaus e Belém.

O Exército há mais de 60 anos estabeleceu tropas nas fronteiras, prestando todo o tipo de serviços, muito além da segurança armada.
A construção da Transamazônica e o incentivo à ocupação da região foi uma importantíssima ação de governo, visando à geração de trabalho, à ocupação de pontos daquela área para desenvolvê-la, com danos insignificantes ao meio ambiente e perdas desprezíveis de árvores. Levou-se o progresso a regiões como o centro sul de Rondônia e várias outras localidades.

Procurem saber quantas pistas pavimentadas a COMARA (FAB) construiu na Amazônia nos anos 1960/70/80.
É triste ver jovens jornalistas falando do que não sabem, não conhecem, baseados em puro preconceito e crença em versões contadas por perdedores de ontem e de hoje.

Procurem saber do trabalho com os índios e os povos isolados, iniciados pelo Marechal Rondon, pelos irmão Vilas Bôas, mas, também, pelos Brigadeiros Camarão e Protásio, que devotaram anos de trabalhos e voos em condições precárias e parca ou nenhuma infraestrutura, para ajudar aquela gente a sobreviver às intempéries, às doenças, levando-lhes, nas asas do CAN, a presença, o socorro, o transporte e até carinho. Conheçam o Projeto Rondon e o trabalho de militares do Exército e da FAB junto a universidades e à Amazônia.

Triste constatar tanta ignorância sobre a nossa história, por parte de gente que teve todas as condições, muitos em escolas e faculdades do Estado, gratuitas, que deviam transmitir conhecimento e cultura para o público, em vez de mostrar esse lado mesquinho, inútil e de intenções duvidosas.
Um conselho: não falem do que não conhecem, evitando assim disseminar desinformação e incultura, o que é muito ruim para cada um de vocês, para essa importante empresa, para os assinantes e, principalmente para o nosso Brasil.

Atenciosamente,

Coronel Aviador Francisco José Degrazia Dellamora     - Aviador aposentado e Pesquisador da História da Aeronáutica Brasileira

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