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domingo, 29 de abril de 2018

Estudantes exigem investigação sobre mortes em protestos na Nicarágua

Ao todo 43 jovens morreram em manifestações contra o governo na última semana

Ao todo 43 jovens morreram em manifestações contra o governo na última semana | Foto: Rodrigo Arangua / AFP / CP

Ao todo 43 jovens morreram em manifestações contra o governo na última semana | Foto: Rodrigo Arangua / AFP / CP

Os estudantes nicaraguenses exigiram neste sábado a criação de uma comissão internacional para investigar e punir os responsáveis pelas 43 mortes em protestos contra o governo na última semana. A comissão é uma condição para iniciarem um diálogo, informaram seus representantes. "Esta comissão deverá investigar, condenar e sancionar todos os responsáveis intelectuais e materiais dos crimes contra a humanidade cometidos no contexto da repressão", afirmaram os estudantes universitários em uma declaração pública.

Os jovens propõe que a comissão seja integrada por representantes do não governamental Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), a Corte Internacional de Justiça (CIJ), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e as Nações Unidas (ONU). "Não aceitamos que os assassinos investiguem a si mesmos", repudiaram os estudantes pedindo a dissolução de uma Comissão da Verdade formada por pessoas notáveis anunciada pelo Parlamento.

Os estudantes pedem que o diálogo comece em meados de maio com a participação de diversos setores, "incluindo uma representação das famílias das pessoas assassinadas". Demandam também que as conversas sejam realizadas "de maneira pública e com a cobertura dos meios nacionais e internacionais". "Não aceitamos um diálogo fechado e de costas para a cidadania", concluíram.

Uma reforma na Previdência que elevava a contribuição de empregados e patrões e reduzia o valor dos benefícios deflagrou a onda de protestos, no dia 18 de abril, liderada por estudantes universitários. O governo suspendeu a reforma no dia 22 de abril e apelou ao diálogo para se chegar a um novo projeto, convidando a Igreja católica e setores privados, que solicitaram a inclusão dos estudantes nas negociações.


AFP e Correio do Povo

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