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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A ''China forte'' a opinião do presidente Truman

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A opinião dos Estados Unidos sobre os negócios chineses é definida pelo próprio Presidente Truman, numa declaração publicada a 15 de dezembro de 1945:

“O governo norte-americano está firmemente convencido de que a existência de uma China forte, unida e democrática é de primordial importância para as Nações Unidas e para a manutenção da paz no mundo...”

Truman acrescentava que, por isso mesmo, Washington envidaria esforços para obter termo das hostilidades e a realização de uma conferência em que estivessem representados todos os os partidos, para se procurar a solução da crise.

A declaração presidencial não era a exposição concreta de uma política – quando muito o rosário de seus votos. A América, queria dizer no fundo o presidente, gostaria muito que os assuntos chineses se arrumassem...

E para a realização desse sonho enviou alguém com a missão de reconciliar as duas Chinas – a fórmula seria o esmagamento do comunismo – de modo a dar aos norte-americanos tranquilidade setor. Se tivesse havido verdadeiramente uma política, seria necessário reconhecer a importância de Mao e procurar, para combater, um ponto de apoio na China. Ao invés disso, sem querer reconhecer o verdadeiro inimigo a combater, vai atacá-lo partindo de bases frágeis, apoiando todo o esforço numa coluna esburacada, que não deixará de quebrar o regime nacionalista.

No entanto, desde a sua chegada, Marshall parece realizar verdadeiros milagres. Chang Kai-chek mostra-se sempre da maior docilidade dos cornacas que Washington lhe envia. E com mais razão no caso de Marshall. Quanto ao enviado de Mao Tsé-tung, nada ignora das vantagens que podem ser conseguidas das boas relações com os Estados Unidos.

Ainda mais, tanto para Chang como para Chu En-lai uma trégua pouco significa e serve para ganhar tempo. E se essa trégua agrada a Marshall, porque não lhe há de dar esse gosto?

A 31 de dezembro, o generalíssimo anuncia que no dia 10 de janeiro se reunirá a famosa conferência política consultiva, prevista desde 10 de outubro. Preconiza igualmente a criação, já encarada, de uma “Comissão dos Três” para regular as questões militares em suspenso, com uma comunista, um nacionalista e Marshall e presidi-la. Mao Tsé-tung concorda. Seus interesses serão bem guardados: é Chu En-lai que os vai defender.

Chu, o negociador que envolve os argumentos de ferro num sorriso de veludo, não quer ficar atrás de Chang Kai-chek: a pedido dos americanos, mostra-se pronto a reconhecer que Yenan não deve levantar obstáculos à ocupação da Manchúria pela tropas nacionalistas. Dá-se assim um passo em frente e é com o coração pleno de alegria que Marshall, a 10 de janeiro, preside à assinatura de uma trégua, cujas disposições principais são as seguintes:

1 – Cessação imediata das hostilidades.

2 – Suspensão dos movimentos de tropas, à exceção das tropas governamentais encarregadas de restaurar a soberania chinesa na Manchúria.

3 – Fim da destruição dos meios de comunicação.

4 – Criação de uma comissão exclusiva, compreendendo três representantes (americanos, comunistas e nacionalistas) para fazer respeitar o acordo de cessar fogo.

Sede desta comissão: Pequim. Nesse mesmo dia, mal acabam de ser solucionadas as questões militares, Chang Kai-chek inaugura, como prometeu, conferência política consultiva. A representação é geral: nove partidos, ao todo, entre eles os comunistas. No seu canto, a ala direita do Kuomitang fica lívida, ouvindo o “Gimo” declarar:

“O governo está pronto a aceitar todas as moções desta assembleia que possam contribuir para a restauração nacional, para melhorar o nível de vida do povo, para fazer progredir a democracia no país”.

… A democracia no país! … As preocupações dos dois “C” Chen Li-fu e Chen Kuo-fu, protegidos de Chang Kai-chek e chefes da direita, são bem diferentes. Imperturbável, sempre com seu sorriso aberto de homem de sociedade, o chefe do governo anuncia que decidiu proteger do povo e dos partidos políticos, reclamar os governos locais, organizar eleições e libertar os prisioneiros políticos.

Todos os partidos aprovam este programa. Nos dias seguintes, a conferência decide convocar uma assembleia nacional, a 5 de maio, para lhe submeter um projeto de constituição.

Paralelamente aos trabalhos de Tchung-King, a “Comissão de Três” presidida por Marshall trata dos problemas militares.

A25 de fevereiro, o general norte-americano – que acaba por considerar a China “um país muito fácil” .. – chega a um acordo com seus dois acólitos. Chu En-lai aceitou a integração do Exército Vermelho e o princípio de que as Forças Armadas pertencem ao Estado. Quanto ao número de divisões previsto, será, depois da redução progressiva de efetivos, de dez comunistas no total de oitenta.

Nessa mesma noite, ao passo que Tchung-King todo mundo se felicita, em Yenan, nas montanhas nevadas o longínquo Chen-Si, Mao Tsé-tung consulta, com as mãos enregeladas, a pilha de relatórios que se amontoam na sua rudimentar mesa de trabalho. Os de Chu En-lai não chegam a desagradar, porque a diplomacia é coisa muito boa. Ms o de Lin-Piao, que comanda o “Exército Democrático Unido do Nordeste”, são muito mais promissores. É sempre bom, quando se anda em conversações, dispor de argumentos indiscutíveis e naquele momento, enquanto se conferencia em Tchang-King, os soldados regulares comunistas, com os voluntários manchus e os camponeses armados de Lin-Piao, estão em vias de se apoderar de toda a Manchúria e do Oeste.

Por seu turno, Chang Kai-chek, em sua capital continua preparando febrilmente a ocupação da Manchúria pelo sul. A Armada Norte-Americana cedeu-lhe perto de trezentos navios e, finalmente, sete exércitos nacionalistas estão prontos para tudo, nas margens do Golfo de Petchilli. Aguardam a partida dos russos, mas Stalin “esquece” de seus soldados e Chang começa a impacientar-se. “Então quando é?” – pergunta a Malinovsky. Até que, no dia 12 de março, as tropas russas evacuam Mukden, a enorme cidade industrial de 2.300.00 habitantes. No mesmo dia, aparecem os comunistas. Mas por pouco tempo: os exércitos de Chang Kai-chek nas últimas semanas tinham ocupado as povoações ao sul da cidade. Basta-lhes percorrer poucos quilômetros para chegarem por sua vez à cidade. Combate-se vivamente nas ruas, durante 48 horas, até que os dois exércitos nacionalistas ficam com a cidade dominada.

Os comunistas foram derrotados na tentativa de se apoderarem de Mukden. Mas nem todas as cidades manchus ficam tão perto da costa. À medida que os russos se vão embora, os homens de Lin-Piao – tem trezentos mil homens, dos quais cem mil soldados, regulares do VIII Exército – infiltram-se nas cidades e nos povoados. Quando não podem apoderar-se de uma terra, cercam-na e cortam à guarnição nacionalista o acesso ao resto do mundo e, em especial, ao reabastecimento.

Em abril, o que se deu em Mukden vai repetir-se, mas inversamente, em Tchang-Tchun, que fora capital do Manchuco com o nome de Hsin-Ching, importante entrocamento ferroviário e cidade de um milhão de habitantes. Está cercada desde o princípio do mês pelos comunistas, que ocuparam todos povoados vizinhos. Esta infiltração consegue-se sem combate: as tropas de Chang Kai-chek estão ocupadas na “limpeza” dos arredores de Mukden, que fica 250 quilômetros a sudoeste, sobre a linha férrea do Sul – Manchuriano. A 14 de abril, dia da partida dos russos, essas tropas ainda se encontram a 150 quilômetros, retidas diante de Sé-Ping-Kai: atacada por forças comunistas dez vezes superiores em número, a guarnição de Tchang-Tchun – uns milhares de voluntários manchus do “Corpo de manutenção da paz”, criado por Chang Kai-chek como guarda territorial – é obrigada a capitular ao fim de três dias de combate. E Lin-Piao continua...

Sucessivamente, toma Ghirin, depois Kharbin e Tsitsikhar, dois centros ferroviários e industriais, o primeiro com 1.200.000 e o segundo com 700.000 habitantes. Ao começar o mês de maio de 1946, Mao Tsé-tung domina as cidades chaves da indústria manchu. Mas por pouco tempo. Porque Chang Kai-chek não pode assistir à passagem da “sua” Manchúria para o domínio de Mao. E principalmente porque este se comprometeu, a 10 de janeiro, a nada fazer que impedisse o “Gimo” de tomar posse das províncias do leste.


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