O
governo federal tem feito uma propagação constante sobre a
necessidade de encontrar novas fontes para equilibrar o orçamento.
Para isso, conta com a parceria do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados, que receberam a proposta orçamentária com um déficit de
R$ 30 bilhões.
Por sua vez, tanto o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quanto o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), têm reiterado que a defesa do governo
sobre um possível aumento de tributos deve encontrar um parâmetro
anterior numa ação para cortar gastos. É voz corrente entre
parlamentares que a máquina administrativa deve ter um enxugamento
como forma de prestar mais e melhores serviços em suas
atividades-fins.
Um dos grandes problemas que entravam
o aumento da elevação da competitividade do país diz repeito à
qualidade do gasto público. Como se sabe, cabe aos governos serem
indutores do desenvolvimento econômico, com investimentos em áreas
estratégicas, como logística, inovação, ensino técnico,
estradas, entre outros itens. Para isso, devem empregar recursos
provenientes dos tributos pagos pelos contribuintes. Ocorre que,
mesmo tendo uma tributação elevada em relação ao Produto Interno
Bruto (PIB), hoje em torno de 36%, nem sempre ocorre um retorno em
serviços na mesma proporção. Equacionar esse desequilíbrio,
gastando mais e melhor, e o desafio que todos os brasileiros querem
ver superado. O governo precisa fazer o dever de casa antes de passar
o chapéu.
Fonte: Correio do Povo, editorial da
edição de 13 de setembro de 2015, página 2.
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