Autor de massacre nos EUA é preso

Homem que matou 9 pessoas em uma igreja rendeu-se em uma blitz

Charleston – O suspeito de cometer um dos piores massacres da história recente dos Estados Unidos, que deixou nove mortos na quarta-feira em uma importante igreja de uma comunidade negra em Charleston, na Carolina do Sul (Sudeste dos Estados Unidos), foi preso poucas horas após o ataque. Segundo a Polícia, Dylann Roof, um jovem branco de 21 anos, estava em Shelby, na Carolina do Norte – a cerca de quatro horas de distância do local do massacre.

O jovem que se rendeu durante uma blitz, matou a tiros nove pessoas; três homens e seis mulheres. Segundo meios de comunicação, as vítimas tinham entre 26 e 87 anos, e entre elas estavam o pastor da igreja, Clementa Pinckney, de 41 anos – uma importante figura da comunidade negra local e senador democrata.

O horror deste crime e o simbolismo do local onde foi cometido marcaram profundamente o tom do discurso desta quinta-feira do presidente Barack Obama. Expressando sua frustração, ele denunciou “assassinatos sem sentindo”. “Devemos admitir o fato de que este tipo de violência não se observa em outros países desenvolvidos”, afirmou Obama, novamente pedindo uma maior regulação das armas de fogo nos EUA. A natureza racista do crimefoi imediatamente evocada. “O fato de que isso tenha ocorrido em uma igreja negra gera, evidentemente, questionamentos sobre uma página sombria da nossa história”, acrescentou.

Em seu perfil no Facebook , Dylann Roof aparece com um casaco com a estampa da bandeira da África do Sul durante o apartheid, símbolo do segregacionismo, bem como a da antiga Rodésia (atual Zimbábue). Esses regimes não muito admirados nos EUA por grupos que promovem a ideologia de supremacia branca. Fundada em 1816, a Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel se tornou um símbolo da luta contra o fim da escravidão e por direitos civis.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 19 de junho de 2015.

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