Atlético-MG arranca empate do Vitória, mas segue sem vencer no Brasileirão

 Jogando em casa, equipe mineira garantiu um ponto com gol de Igor Gomes no fim do jogo



O Atlético-MG segue sem conseguir se encontrar no Campeonato Brasileiro. O time mineiro voltou ao Mineirão na noite deste domingo, no fechamento da terceira rodada, e até conseguiu produzir, mas ficou apenas no empate por 2 a 2 com o Vitória, e ligou o alerta, ainda que seja cedo.

O esquema montado por Cuca não conseguiu render como esperado, e o time criou poucas chances reais de gol, enquanto o Vitória fez uma aposta certeira no contra-ataque, e conseguiu um ponto fora de casa. Com o resultado, o Atlético-MG, que empatou com o São Paulo na estreia e foi derrotado pelo Grêmio na última rodada, foi a dois pontos, e aparece em 16° lugar, enquanto os baianos param em um, na vice-lanterna.

A goleada por 4 a 0 sobre o Desportes Iquique-CHI, pela Sul-Americana, no meio de semana, não parece ter motivado tanto o Atlético-MG. Mesmo pressionando, o time mineiro só conseguiu chegar com perigo aos 16, quando Hulk parou em Arcanjo. Além disso, as equipes erraram na pontaria e não conseguiram levar real perigo na primeira etapa.

Entretanto, após o intervalo, o cenário em Belo Horizonte mudou de forma drástica. Logo aos dois minutos, Mosquito cruzou na medida para Lucas Halter, que de cabeça, mandou no canto de Éverson e abriu o placar para o Vitória.

Após sofrer o gol, o Atlético passou a se lançar mais ao ataque e viu Arana acertar o travessão aos sete, e não demorou muito para igualar o marcador. Aos 12, em bate e rebate na área, Iván Román escorou para trás e de cabeça, Fausto Vera mandou no ângulo, sem chances para Lucas Arcanjo.

Porém, a alegria mineira não durou muito. Aos 19, Matheuzinho recebeu de Mosquito, invadiu a área e parou em Everson, mas a bola sobrou para o próprio camisa 30, que sozinho, mandou para o fundo do gol e colocou o Vitória novamente em vantagem.

Assim como anteriormente, o time mineiro voltou a pressionar, e após um longo período rondando a área, conseguiu o empate milagroso com Igor Gomes, que após bate e rebate, contou com um desvio da defesa para empatar, com direito a longa análise do VAR. Arcanjo ainda salvou a virada aos 47, em chute de longe de Rony.

As equipes voltam a campo para a quarta rodada do Brasileirão ainda nesta semana. Na quarta-feira, 16, o Atlético-MG vai à Vila Belmiro para encarar o Santos, às 21h30. No mesmo horário, o Vitória volta ao Barradão para encarar o Fortaleza.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Exposição Fotográfica em Porto Alegre resgata a história de imigrantes calabreses

 Registros em painéis de LED retratam a trajetória dos imigrantes de Calábria, da Itália, e a importância da cultura da região para o desenvolvimento econômico



Em comemoração aos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul e os 35 anos do Centro Calabrese do RS, a instituição realizou neste domingo, dia 13, uma exposição de fotografias que retrata a trajetória dos imigrantes italianos do Estado vindos da região de Calábria, no sudoeste da Itália. A mostra, que foi exibida no Salão Nobre da Catedral Metropolitana de Porto Alegre, destaca a influência da cultura calabresa no desenvolvimento econômico, artístico e social da região. Em Porto Alegre, o dia 11 de abril é marcado pela presença calabresa no Calendário de Datas Comemorativas por meio da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010.

Pelo menos 100 menções de empreendedores, como lotéricos, trabalhadores individuais, açougueiros, entre outros, estão nas fotografias, exibidas em um painel de LED. Um almoço aberto ao público marcou a inauguração da exposição, que durou apenas neste domingo, mas que deverá ser reexibida em breve e, também, em outros municípios, projeta o Diretor Cultural da entidade, Gianpietro Sanzi. “A gente tem certeza que não conseguiu abraçar todas as pessoas, e vai ter uma nova exposição no final de novembro, quando vai vir uma comitiva da Itália de calabreses. Então, essas pessoas que não foram contempladas agora, serão”, diz.

Estima-se que tenha, hoje, aproximadamente 25 mil calabreses, entre migrantes e descendentes, no Rio Grande do Sul. A presidente do Centro Calabrese do Rio Grande do Sul, empresária Filomena Feoli, destaca a presença empreendedora da comunidade no Estado. “A maioria dos nossos conterrâneos nascidos em Calábria e vindos emigrados aqui pelo Rio Grande do Sul foram empreendedores, porque já está no espírito dos calabreses essa autonomia, que significa ser empreendedor”, diz.

O prefeito Sebastião Melo, frequentador da entidade, fez presença no evento e destacou a importância da preservação da cultura do povo calabrês. "É um povo corajoso, de luta árdua, e ajudaram a fazer muitas transformações sociais do Rio Grande do Sul", diz. "Desbravaram aquela terra e fez dali uma indústria portentosa, fez dali uma culinária espetacular, fez dali produção de uma agricultura pequena, mas vitivinicultura, por exemplo. Então os italianos merecem de nós um aplauso", conclui.

A exposição está disponível, também, no canal do YouTube do Centro Calabrese.

Correio do Povo

Jornalista Chinesa Afirma que China Não Vai se Curvar aos Estados Unidos: Entenda o Contexto da Declaração

 


EUA e Irã tiveram negociações 'construtivas' sobre o programa nuclear de Teerã

 São os primeiros contatos desse tipo entre os dois países desde 2018

No Irã, clima ainda é hostil com Estados Unidos | Foto: Atta Kenar / AFP /CP


Os Estados Unidos e o Irã tiveram conversas "construtivas" em Omã neste sábado (12) sobre o programa nuclear iraniano e concordaram em se reunir novamente, apesar da ameaça de Washington de lançar uma operação militar se um acordo não for alcançado.

Esses são os primeiros contatos desse tipo entre os dois países desde 2018, quando o primeiro governo de Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo de 2015 entre o Irã e as principais potências para limitar seu programa nuclear em troca do levantamento de sanções econômicas.

O encontro, no qual participaram o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, ocorreu em uma "atmosfera cordial", descreveu o chanceler de Omã, Badr al Busaidi.

O chanceler de Omã atuou como mediador nas negociações em Mascate, capital do sultanato, embora os negociadores tenham se falado diretamente por "alguns minutos", segundo o Ministério das Relações Exteriores iraniano.

As negociações ocorreram em uma "atmosfera construtiva baseada no respeito mútuo" e continuarão na próxima semana, enfatizou o ministério da República Islâmica após o fim da reunião.

No entanto, nenhum dos lados quer negociações que "continuem para sempre", disse Araqchi à televisão estatal, acrescentando que outra reunião será realizada "no próximo sábado". Segundo este último, os Estados Unidos querem chegar a um acordo "o mais rápido possível".

O objetivo dessas reuniões a portas fechadas é que Estados Unidos e Irã definam um novo pacto, depois que Teerã renegou seus compromissos e se aproximou dos níveis de enriquecimento de urânio necessários para fabricar uma bomba atômica.

"A nossa intenção é chegar a um acordo justo e honroso a partir de uma posição de igualdade", disse Araqchi antes da reunião.

Linha vermelha

Washington e Teerã romperam relações diplomáticas há 45 anos e se envolveram em um confronto verbal antes do anúncio surpresa de Trump na segunda-feira de que haveria negociações.

Dois dias depois, o presidente americano alertou que uma ação militar contra o Irã é "absolutamente" possível se eles não chegarem a um acordo.

O Irã respondeu ameaçando expulsar de seu território os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que supervisionam o desenvolvimento de suas atividades nucleares. Washington disse que tal medida constituiria uma "escalada".

No entanto, especialistas acreditam que o Irã está interessado em negociar.

O país está enfraquecido por sanções que estrangulam sua economia e sua força regional está em jogo, após os golpes infligidos por Israel a seus aliados palestinos e libaneses, Hamas e Hezbollah.

O enviado dos EUA, Witkoff, que visitou a Rússia na sexta-feira, disse ao The Wall Street Journal que a "linha vermelha" de Washington é a "militarização da capacidade nuclear do Irã".

"A nossa posição começa com o desmantelamento do programa deles. Essa é a nossa posição hoje. Isso não significa que, enquanto isso, não encontraremos outras maneiras de tentar chegar a um acordo", disse ele, referindo-se à mensagem que transmitiria aos iranianos.

"Quero que o Irã seja um país maravilhoso, grandioso e feliz. Mas eles não podem ter uma arma nuclear", alertou Trump na sexta-feira à noite a bordo do Air Force One.

Para os Estados Unidos e outros países ocidentais, o objetivo final de Teerã são as armas nucleares, embora o país negue isso e alegue que se trata de um programa civil.

Pressão máxima

Desde que Washington se retirou do acordo de 2015, o Irã enriqueceu urânio a 60%, bem distante do limite de 3,67% imposto pelo pacto. Para fazer uma bomba atômica, é necessário um nível de 90%.

Ali Vaez, especialista do think tank International Crisis Group, acredita que o Irã "pode se comprometer a tomar medidas para limitar seu programa nuclear" em troca do alívio das sanções, "mas não para desmantelá-lo completamente".

Os Estados Unidos adotaram uma política de "pressão máxima" contra Teerã e impuseram novas sanções esta semana contra seu programa nuclear e setor de petróleo.

As tensões entre Irã e Israel, alimentadas pelos conflitos em Gaza e no Líbano, também estarão em pauta. Pela primeira vez, os dois países lançaram ataques diretos um ao outro após anos de confrontos por meio de terceiros.

Karim Bitar, professor da Universidade Sciences Po em Paris, acredita que o acordo "incluirá o fim do apoio do Irã aos seus aliados regionais", como o Hezbollah e o Hamas.

Segundo ele, "a única prioridade do Irã é a sobrevivência do regime e, idealmente, obter algum alívio, algum alívio nas sanções, para reanimar a economia, porque o regime se tornou bastante impopular".

AFP e Correio do Povo

Peru fecha mais de 90 portos devido às fortes ondas no Pacífico

 Fenômeno tem origem na costa do Chile e afeta principalmente as áreas voltadas para o sul do litoral peruano

O Peru fechou 91 de seus 121 portos neste sábado (12) após declarar alerta devido a ondas anormais em seu litoral, informou a Marinha. As ondas intensas que atingem a costa peruana continuarão até a próxima quarta-feira, alertaram as autoridades navais após detectarem distúrbios desde sexta-feira.

O fenômeno, segundo especificaram as autoridades, tem origem na costa do Chile e afeta principalmente as áreas voltadas para o sul do litoral peruano. 'Hoje (sábado) tivemos intensidade moderada com momentos fortes, mas a previsão é de que essa condição se dissipe a partir de quarta-feira, dia 16', disse o capitão da fragata Enrique Barea, da Direção de Hidrografia da Marinha, ao canal de televisão estatal.

'As capitanias monitoram para determinar se os portos devem ser fechados ou não', afirmou. Foi também recomendada a suspensão das atividades portuárias e pesqueiras, e solicitado à população que não entre no mar.

Em Lima, as autoridades fecharam os trechos de uma rodovia periférica que liga a baía da cidade de uma ponta à outra devido ao transbordamento das águas turbulentas do mar. Peru e Chile foram atingidos por fortes tempestades no final de 2024 e em janeiro deste ano.


AFP e Correio do Povo

Semana Santa e a Devoção à Nossa Senhora da Soledad: História, Significado e Tradições

 



Vídeo de Plínio Corrêa de Oliveira

Prepare-se para a Semana Santa: Nossa Senhora da Soledad 

Fonte: https://youtube.com/shorts/IziAQJnORW8?si=nF4Hu0lG5Tp1sHAO

Crime e desemprego, os desafios do próximo presidente do Equador

 Eleições ocorrem neste domingo

Soldados e membros do Conselho Nacional Eleitoral distribuem material eleitoral para o segundo turno da eleição presidencial do fim de semana | Foto: Carlos Espinosa/ AFP / CP


No emblemático parque Seminario de Guayaquil, capital econômica de Equador, o número de visitantes supera apenas o das iguanas que passeiam sob um calor escaldante. A violência que assola o país afugenta turistas locais e estrangeiros. 'Parece um cemitério já de tarde', lamenta Juan Carlos Pesantes, que há 16 anos vende doces e bebidas em um quiosque fora do parque. A criminalidade e o colapso econômico são os maiores desafios enfrentados pelo segundo turno presidencial no domingo. 'Não há mais turistas', acrescenta.

Ao seu redor fecharam vários locais e um hotel da cidade turística, hoje convertida em uma das mais violentas da América Latina. Esse local, antes movimentado, agora fecha às 18h ao invés das 22h como antes. Em três anos, as receitas do vendedor se reduziram pela metade.

Embora a insegurança seja um dos freios ao crescimento econômico da nação de quase 18 milhões de habitantes, ela não é o único. Os desafios são diversos para a economia equatoriana, que registrou recessão no terceiro trimestre de 2024: desigualdade social, falta de emprego, pouco investimento e desequilíbrio das finanças públicas desde a brusca queda dos preços do petróleo há dez anos.

Pesantes está 'indeciso' entre o presidente Daniel Noboa, um milionário partidário do pulso firme contra o crime, e sua rival de esquerda, Luisa González, herdeira política do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017). 'Não há confiança neles', explica na véspera do segundo turno.

Trabalho informal

Nos últimos anos, o Equador se tornou um local estratégico para o narcotráfico, por seus portos no Pacífico, economia dolarizada e por ser vizinho da Colômbia e Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo. A taxa de homicídios disparou e aumentou o número de facções criminosas, com um efeito direto sobre a atividade econômica. A violência está 'afetando o consumo.

A população tem menos chances de ir às ruas, a um restaurante, fazer uma compra, é arriscado', diz Albeto Acosta Burneo, analista econômico do grupo Spurrier. Em um bairro popular de Guayaquil, Paola Valdivieso, funcionária de um salão de beleza, fala do 'susto, do medo' que tem quando se deve andar 'olhando para todos os lados'.

A banana, um dos principais produtos de exportação junto ao petróleo, cacau, camarão e flores, também sofre com o crime organizado. 'Somos vítimas do narcotráfico', afirma à AFP Richard Salazar, diretor de um sindicato de bananeiros (Acorbanec). 'Somos vítimas da criminalidade e do crime organizado com extorsões' e, apesar dos controles, os traficantes usam os grandes carregamentos de fruta para transportar cocaína, explica. Em uma economia deprimida, o desemprego e o subemprego afetam quase 23% da população e a pobreza chega a 28%, segundo números oficiais.

Há 'muita informalidade' no mercado de trabalho, com emprego mal remunerado e precário, diz Acosta Burneo. Em uma praça central, o aposentado Gerardo Ortiz brinca ao apontar para seu 'carro'. Na verdade, é uma bicicleta enferrujada apoiada em uma árvore. Sua aposentadoria mensal de 280 dólares (1.644,00) dá apenas para 'sobreviver', não para 'viver bem', afirma o septuagenário.

Investimentos necessários

A falta de investimento 'se reflete em uma economia que não cresce como deveria', segundo o analista da Spurrier. Valdivieso lembra com medo os longos meses dos cortes de eletricidade de até 14 horas diárias, que atingiram o país no ano passado e levaram o salão de beleza a adquirir um gerador.

Essa situação inédita ocorreu por causa da seca, mas sobretudo à falta de capital novo no setor. Para impulsionar a economia, os candidatos presidenciais sugerem soluções diferentes. 'O projeto de Luisa González está inscrito dentro de um retorno ao Estado estratégico' mediante o desenvolvimento de infraestrutura e serviços públicos, segundo Christophe Ventura, especialista em América Latina do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas.

A postulante esquerdista defende um sistema tributário que imponha maior carga ao setor privado e planeja reduzir o IVA, que Noboa aumentou de 12 para 15%.O candidato à reeleição aplica uma política econômica neoliberal, negociou um acordo comercial com o Canadá para impulsionar a indústria extrativista, tentou realizar a concessão a um fundo privado para a exploração de uma importante reserva de petróleo e propôs sem sucesso um referendo com reformas para cortar proteções trabalhistas.

AFP e Correio do Povo

Mutirão contra a dengue busca conscientização de moradores na Zona Norte de Porto Alegre

 Ação realizada na manhã de sábado inclui caminhada, visitas a residências e atendimentos de saúde

Secretaria da Saúde percorreu ruas dos bairros Ecoville e Passo da Mangueira | Foto: Camila Cunha

A manhã de sábado (12) foi de mobilização no combate à dengue na Zona Norte de Porto Alegre. Um mutirão promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) percorreu os bairros Passo da Mangueira e Ecoville, promovendo uma caminhada educativa e uma força-tarefa de visitas às residências para identificar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti.

A concentração ocorreu na avenida Ecoville, onde equipes de saúde e lideranças comunitárias se reuniram antes de percorrer as ruas do bairro. O objetivo, segundo a diretora da Atenção Primária da SMS, Vânia Frantz, é reforçar a conscientização da população sobre a responsabilidade compartilhada no enfrentamento à doença. “Estamos em uma situação preocupante na Capital. A dengue não é uma questão exclusiva do poder público. Boa parte dos focos está dentro das casas. Por isso, o cidadão precisa compreender que também tem um papel importante”, alertou.

Durante o mutirão, agentes de saúde visitaram imóveis para orientar moradores e verificar potenciais criadouros do mosquito. Segundo a SMS, há casos de focos encontrados até mesmo em potes de água de animais domésticos. “Não basta trocar a água do pet. É preciso lavar o recipiente com esponja, como se faz com os nossos pratos”, exemplificou a diretora.

Em algumas situações, como relatado por Vânia, moradores foram flagrados descartando lixo em terrenos baldios. “Fizemos a abordagem e reforçamos que isso é irregular. Um descarta uma garrafa, outro joga mais alguma coisa e, logo, temos um ponto de acúmulo de água e proliferação do mosquito.”

Paralelamente à caminhada, a Unidade de Saúde Passo das Pedras I abriu as portas das 9h às 14h para atendimento de pessoas com sintomas da doença, como febre alta, dor no corpo e dor de cabeça.

A ação integra um cronograma da Secretaria, que nas próximas semanas seguirá com atividades em bairros com maior incidência de casos, como Jardim Itu, Jardim Floresta, Jardim Sabará e Morro Santana. Segundo a prefeitura, o bairro Passo das Pedras segue como área de maior atenção.

Além do mutirão, a Vigilância em Saúde fez a aplicação da Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) em pontos como o Centro de Saúde Modelo e a Unidade de Saúde Primeiro de Maio. O método consiste na pulverização interna de residências, atingindo o mosquito e outros insetos.

Entre as principais medidas indicadas para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue estão:

  • Evitar água parada;
  • Manter caixas d’água e lixeiras tampadas;
  • Limpar calhas e ralos;
  • Tratar a água de piscinas;
  • Descartar corretamente o lixo.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove varredura de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti nas residências das regiões Passo da Mangueira e Ecoville, na zona norte de Porto Alegre, numa ação de conscientização de combate à dengue Camila Cunha


Correio do Povo

Cristal: a origem do nome do bairro que amava os cavalos

 Às margens do Guaíba, nome do bairro pode ser homenagem ao militar Bento Gonçalves

Hipódromo Cristal foi construído às margens do lago Guaíba | Foto: CP Memória



Foto de 28 de outubro de 1978 Bairro Cristal, Poa. 28/10/1978neg 140806 | Foto: Adolfo Gerchman / CP Memória

Às margens do Guaíba e hoje referência de construções modernas como a Orla e dois shopping centers, o bairro Cristal é abraçado por ao menos duas histórias populares que buscam contar a sua origem. Uma delas remonta à Guerra dos Farrapos, revolta armada que ocorreu entre 1835 a 1845. Já uma segunda homenageia as belezas naturais e preciosas existentes na região. O que se sabe oficialmente é que o bairro foi criado, e definido por lei municipal, em 1959.

📍Uma homenagem a Bento Gonçalves ou presença de pedras brilhantes?

Uma das versões teria relação com Bento Gonçalves, militar que liderou a tomada de Porto Alegre durante a Guerra dos Farrapos, declarando a República Rio-Grandense. O militar morava em uma chácara chamada Vila Cristal, na cidade onde depois se tornou Camaquã, e visitava de forma recorrente a região do bairro Cristal, acampando com sua trova. Assim, o nome do arrabalde teria sido dado em homenagem à presença do líder naquelas terras.

Uma outra história já atribui o nome às belezas da natureza do bairro: as águas cristalinas, que teriam propiciado a pescaria, e também dos quartzos transparentes que reluziam ao sol e podiam ser vistos de longe.

📍Pousada era destinada a imigrantes

A região se manteve estritamente rural e desligada do centro da cidade até a virada do século. O desenvolvimento começou a despontar a partir da instalação de uma Hospedaria para Imigrantes, em 1891. O local da construção é onde se instalou, posteriormente, o Hipódromo.

Parte da hospedaria também chegou a ser utilizada, em 1899, para fins de alojamento pelo 3º Batalhão da Infantaria da Brigada Militar em 1899. Nesta época, o meio de transporte utilizado era a Estrada de Ferro do Riacho, onde os oficiais e praças da BM tinham passe livre.

Em 1907, o Cristal passou a ser referência de mais uma instalação militar, desta vez construída pela própria milícia militar. A Enfermaria da Brigada Militar mais tarde foi denominada de Hospital.

📍Vendaval às margens do Guaíba

Imagem aérea do Hipódromo Cristal Construção do Hipódromo do Cristal, Vila Hípica. 1958. | Foto: CP Memória

Em letras maiúsculas destacadas com fundo preto o Correio do Povo anunciou: “AMPLITUDE, MAJESTADE, BELEZA NO NOVO”. Esse foi o título da reportagem, publicada em 22 de novembro de 1959, sobre a inauguração do hipódromo do Cristal no dia anterior.

A construção da estrutura para os eventos de turfe foi ponto crucial para a popularidade e engajamento dos moradores com o bairro, que nesta época já tinha ganhado avenidas asfaltadas e um plano viário.

Para dar espaço ao hipódromo, o Lago Guaíba precisou ceder um pedaço de sua margem, que foi aterrada.

“Ventou muito. Ventou demais, em toda a cidade, mas o público do Cristal ficou pensando que o vendaval era exclusivo do majestoso hipódromo à beira-rio”, contava a reportagem.

Publicação do Correio do Povo em 22 de novembro de 1959  | Foto: Brenda Fernández / Especial / CP

📍Destino Cristal

Antes mesmo da virada do século, a paisagem do bairro já começava a mudar com a presença de mais casas. Esse desenvolvimento é acompanhado pelos bairros vizinhos, com o Tristeza, conforme já contou o Redescobrir a Cidade. Mas também porque ele foi opção de residência tranquila e barata ante a grande concentração populacional e comercial na área central de Porto Alegre. Para se ter uma noção, em 1900, o município já tinha uma população de 73.274 habitantes.

Foto de 11 de maio de 1987 Bairro Cristal, Poa. 11/05/1987.neg 205740 | Foto: Carlos Rodrigues / CP Memória

🏡 A história dos bairros

Desde março, o Redescobrir a Cidade está contando a história dos bairros de Porto Alegre e a origem de seus nomes. Além da história do bairro Cristal, você também ler:

Correio do Povo

Equador declara novo estado de exceção em Quito por violência do tráfico na véspera da eleição

 Noboa impôs o estado de exceção em resposta ao “aumento da violência, da criminalidade e da intensidade de atos ilícitos cometidos por grupos armados organizados”

O Equador restringiu, na sexta-feira, a entrada de estrangeiros por suas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Peru | Foto: Reicarmyr Canizares / AFP


Neste sábado, 12, véspera da eleição presidencial, o Equador declarou estado de exceção em sete de suas 24 províncias, assim como em Quito e no sistema prisional, por causa do aumento da violência do tráfico de drogas.

O segundo turno da disputa eleitoral, que ocorre neste domingo, 13, será entre o atual presidente Daniel Noboa e a líder da oposição de esquerda, Luisa González.

O estado de exceção aplica-se às províncias costeiras de Guayas, Los Ríos, Manabí, Santa Elena e El Oro, e às províncias amazônicas de Orellana e Sucumbíos, assim como à capital equatoriana, à cidade mineradora de Camilo Ponce Enríquez e às prisões do país.

Noboa impôs o estado de exceção em resposta ao 'aumento da violência, da criminalidade e da intensidade de atos ilícitos cometidos por grupos armados organizados', de acordo com o decreto.

Ele suspendeu os direitos à inviolabilidade do domicílio e da correspondência, e a liberdade de reunião, e ordenou um toque de recolher noturno de sete horas em várias localidades de Guayas, Los Ríos, Orellana e Sucumbíos, assim como em Ponce Enríquez.

Noboa, no poder desde novembro de 2023, decretou estados de exceção permanentes para enfrentar a investida dos grupos do tráfico de drogas, que lutam ferozmente pelo controle do negócio, gerando terror na população.

A taxa de homicídios caiu de um recorde de 47 por 100 mil habitantes em 2023 para 38 em 2024, apesar de permanecer a mais alta da América Latina no ano passado, segundo o grupo especializado Insight Crime.

'O governo enfrenta um nível de violência de tal intensidade que ultrapassou os limites de contenção' das forças de segurança, afirma o decreto, segundo o qual 120 pessoas foram assassinadas entre 7 de março e 8 de abril.

O Equador restringiu, na sexta-feira, a entrada de estrangeiros por suas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, para garantir a segurança do segundo turno presidencial. A medida será estendida até meia-noite de segunda-feira (02h de terça, no horário de Brasília).

Em 2024, o presidente declarou o Equador em conflito armado interno, o que lhe permitiu manter os militares nas ruas com ordens de neutralizar cerca de vinte quadrilhas de traficantes ligadas a cartéis internacionais, que ele chamou de 'terroristas' e 'beligerantes'.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo