Vídeo de Pablo Spyer
Fonte: https://youtube.com/shorts/wyTq-vSVAEM?si=KKnP0hD8cXXtU0bi
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Decisão de suspender as paralisações ocorreram após reunião de 3h30min com o prefeito Sebastião Melo e representantes do governo
Após reunião de 3h30min entre o prefeito Sebastião Melo (MDB), representantes da prefeitura e o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), os servidores decidiram, em assembleia geral, pelo fim da greve, que já durava 12 dias. Apesar de considerarem insuficiente a proposta de reajuste, pesou na decisão dos funcionários públicos a promessa de abono do ponto para os dias de paralisação.
Após horas de negociação e pressão dos municipários, o Executivo apresentou proposta de reajuste salarial na ordem de 4,83%. Porém, a reposição será escalonada: 1% em setembro, 1,75% em dezembro, 1% em fevereiro de 2026 e o restante do valor em abril. O formato de reposição irritou os grevistas, que protestavam na frente do Centro Administrativo Municipal durante a reunião.
Outra medida é o reajuste no Vale-Alimentação, com 5% de aumento em maio e 5% de aumento em agosto, totalizando 10%. Nem a ampliação do vale, tampouco a do salário, será retroativo.
Outra concessão feita pela prefeitura é o envio de uma mensagem retificativa que altera o projeto de lei 10/2025 para garantir a retroatividade, que atualiza a parcela de complemento dos servidores cujo vencimento básico é inferior ao salário mínimo, para garantir retroatividade para 2024.
“É insuficiente essa proposta. Não atende às nossas expectativas não só em relação à reposição da inflação, mas ao reconhecimento do governo de que o desmonte da educação, da saúde, da assistência social e do Dmae está consolidado na cidade”, afirmou a diretora-geral do Simpa, Cindi Sandri.
Apesar do sindicato considerar insuficientes as propostas, principalmente em relação à reposição parcelada. O que pesou para o fim da paralisação foi a garantia de que que o ponto dos servidores será abonado nos 12 dias de greve. O abono foi condicionado ao fim imediato da mobilização, já neste sábado.
Há o entendimento de que o ponto abonado após 12 dias de greve, mesmo depois de Melo ter se manifestado publicamente afirmando que não faria o abono, gera confiança no funcionalismo e tira o medo de sanções para possíveis futuras paralisações.
Após quase duas semanas de greve, ficou acordado que as partes voltarão à mesa de negociações em setembro. Na pauta, a reposição salarial referente ao exercício de 2023, que somou 4,62% de inflação. "O governo reconhece io índice e voltará a discutir o tema a partir de setembro, assim como avaliará a possibilidade de antecipação do calendário de reposição referente ao ano de 2024 quanto às parcelas estendidas para 2026, considerando o comportamento da receita líquida", afirma a proposta da prefeitura assinada pelos secretários André Coronel (Secretaria-Geral do Governo) e Cassiá Carpes (Administração e Patrimônio).
Melo, apesar de participar das primeiras duas horas do encontro, se retirou antes do final para atender outros compromissos.
| Foto: Cesar Lopes/ PMPA/CP
Durante a primeira parte da reunião, o prefeito Sebastião Melo fez uma exposição detalhada das contas da prefeitura aos servidores do Simpa. A argumentação do governo é de que o impacto da enchente de maio de 2024 nas contas do Executivo impede um reajuste mais elevado e imediato.
“A gente que no final do nosso governo entregar um município com as contas equilibradas. A proposta está dentro de uma realidade em que estamos vindo do pós-enchente, que impacta muito as contas do município. Só a renúncia que abrimos mão do IPTU nos impacta em R$ 180 milhões neste ano. Estamos assumindo os compromissos possíveis.”, afirmou o secretário-geral, André Coronel.
O momento de maior inflexão da conversa de 3h30min foi em relação ao corte do ponto para os grevistas. “Houve uma discussão bem aguda sobre a questão do ponto. Havia um posicionamento do governo de que não iríamos abonar o ponto, mas condicionamos ao fim da greve o compromisso de encaminhar para a Câmara um projeto abonando essa questão do ponto”, disse Coronel.
Os municipários se recusaram a deixar a sala enquanto o governo não se comprometesse com o abono dos dias não trabalhados. “Nós nos negamos a sair da sala sem avançar na questão do ponto. Sempre foi feita a negociação do ponto, por respeito ao movimento grevista. O secretário (Coronel) então saiu (da sala) para voltar a se reunir com o governo (Melo, que havia deixado a reunião) e trouxe a nova proposta, que foi levada para a assembleia”, relatou a vereadora Juliana de Souza (PT), que esteve presente nas negociações.
Segundo o Simpa, as propostas só vieram após pressão. “Essa proposta só veio para a mesa de negociação por pressão, primeiro para ter uma proposta e depois para melhorar essa proposta. Sem pressão, nada acontece nesse governo”, criticou Cindi Sandri, secretária-geral do sindicato.
Segundo a prefeitura, o abono do ponto foi concedido para encerrar a greve e retomar serviços. “(A greve) não abrangeu na totalidade a secretaria da Educação, em torno de 25% aderiu à greve. Foi a pasta que mais aderiu. Nossa preocupação é com os alunos e com o retorno das aulas. Por isso consideramos o corte do ponto”, afirmou Coronel.
Correio do Povo
A diplomata visita pela primeira vez a capital gaúcha e participa do South Summit Brazil
A embaixadora da Espanha no Brasil, María del Mar Fernández-Palacios, se reuniu na manhã de ontem com o prefeito Sebastião Melo no estande da Prefeitura, junto ao espaço The Next Big Thing, no South Summit Brazil, junto a membros em comum de ambos. Foi a primeira vez da diplomata em Porto Alegre, que também participou da cerimônia de boas-vindas, na manhã de quarta-feira.
Ao final da conversa com Melo, Maria disse à coluna que, entre outros temas, ela pôde conhecer o chefe da administração municipal da Capital, e que a reunião em si havia sido muito produtiva.
“O povo gaúcho tem demonstrado muita resiliência e espírito inovador. Depois das enchentes, vimos que não havia lugar melhor para fazer esta edição do evento. O espírito do South Summit é de continuar avançando, olhando para a frente, para um futuro melhor para todos”, comentou María del Mar.
Perguntada sobre como era estar em um local que, há menos de um ano, estava submerso pela água da inundação histórica, a embaixadora avaliou que foram importantes a cooperação e o trabalho, especialmente depois da intempérie e das tempestades que atingiram Porto Alegre na semana passada e destruíram 70% da área temporária, mas que, no final das contas, pôde ser reconstruída a tempo para a abertura do evento global de inovação.
Ela também ressaltou a importância de haver uma cooperação global, sem esquecer do caráter local, e disse que eventuais novas parcerias podem ser firmadas entre Espanha e Brasil.
Aliás, Porto Alegre e a nação espanhola estão interligadas pelo triste fato das enchentes, já que o país ibérico também sofreu com graves inundações em 2024, especificamente entre os meses de outubro e novembro. Mais de 200 pessoas morreram principalmente na região de Valencia, onde choveu em cerca de oito horas o mesmo que era esperado para o ano todo. O número é muito similar às mortes registradas pela Defesa Civil Estadual no Rio Grande do Sul meses antes.
Falando em Melo, o prefeito tem tido diversas “microagendas” durante o South Summit, que não necessariamente são divulgadas publicamente, mas ontem, por exemplo, ele permaneceu o dia todo no Cais Mauá.
Correio do Povo
Decano do STF criticou Moro em comparação à Moraes
O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), rebateu críticas que ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes fez a ele hoje.
Durante a 11ª edição da Brazil Conference, realizada em Harvard, o decano do STF defendeu o ministro Alexandre de Moraes de ataques de bolsonaristas e rejeitou a tese que o colega de Corte estaria violando o devido processo legal.
'Não há justificativa para ele (Moraes) ser afastado, uma vez que ele já era relator desses inquéritos e depois dos inquéritos que se agregaram. Ele não é suspeito, não está impedido, não está julgando no seu interesse. Não se pode nem de longe comparar Alexandre (de Moraes) com (Sérgio) Moro. Moro, de fato, se associa ao Bolsonaro. Ele antes das eleições já tem conversas com Bolsonaro, aceita ser ministro da Justiça de Bolsonaro', afirmou.
Procurado pelo reportagem, Moro trocou acusações. 'Gilmar Mendes deveria primeiro explicar as relações dele com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ele foi perguntado a respeito pelos presentes?', questionou.
Como mostrado pelo reportagem, Gilmar foi o responsável por devolver Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF em janeiro do ano passado, após seu afastamento por decisão judicial. O Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), fundado pelo decano do STF, tem contrato com a confederação para administrar a CBF Academy, braço educacional da entidade.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Medida reduz o impacto de custo de vários produtos populares de alta tecnologia para os consumidores americanos
O governo de Donald Trump eliminou as tarifas sobre smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos, reduzindo o impacto de custo de vários produtos populares de alta tecnologia para os consumidores americanos.
A medida, divulgada na sexta-feira à noite pela Alfândega e Proteção de Fronteiras, abrange vários produtos eletrônicos, como smartphones e componentes, que entram nos Estados Unidos vindos da China, agora sujeita a uma tarifa adicional de 145%.
Os semicondutores também foram excluídos de uma tarifa 'base' de 10% para a maioria dos parceiros comerciais.
A orientação vem depois que Trump impôs tarifas recíprocas de 125% sobre os produtos da China (além de outros 20% anunciados em fevereiro e março), uma medida que estava prestes a afetar empresas de tecnologia como a Apple, que fabrica iPhones e a maioria de seus outros produtos na China.
É o primeiro recuo de Trump que afeta as tarifas impostas à China. Na quarta-feira, 9, ele havia anunciado a suspensão por 90 dias das tarifas recíprocas para todos os países, exceto a China.
Apple, Nvidia, Dell e outras recebem isenção
Os importadores desses eletrônicos não enfrentarão mais as novas taxas, e a alíquota para produtos chineses foi reduzida para 20% para esses casos. As isenções abrangem US$ 385 bilhões em importações de 2024, o que representa 12% do total. Desses, US$ 100 bilhões são da China - 23% das importações dos EUA vindas de lá em 2024. Para esses eletrônicos, a taxa média de imposto caiu de 45% para 5% com essa nova regra.
A maior isenção global é para a categoria de importação que inclui PCs e servidores, com US$ 140 bilhões em importações em 2024 - 26% vindos da China.
As circunstâncias podem mudar novamente, mas essa mudança beneficia a líder em IA Nvidia, fabricantes de servidores como Dell, Hewlett Packard Enterprise e Super Micro, e fabricantes de PCs como Dell e HP. Segundo cálculos da Barrons, a taxa média de imposto nesse segmento caiu de 45% para 5%.
A maior categoria recém-isenta para produtos chineses são os smartphones, com US$ 41 bilhões em importações nos EUA em 2024, representando 81% de todas as importações de smartphones. Uma tarifa de 145% sobre isso equivaleria a US$ 60 bilhões, mas mesmo a nova taxa de 20% ainda representa US$ 8 bilhões.
A Apple monta seus dispositivos principalmente na China, além da Índia e do Vietnã. Se essas regras permanecerem em vigor, a maior beneficiária será a fabricante do iPhone, embora ela ainda enfrente uma tarifa de 20% sobre suas importações da China. A taxa média de imposto sobre importações de smartphones caiu de 119% para 16% no novo sistema, de acordo com os cálculos.
As isenções também destacam como a Casa Branca está escolhendo vencedores e perdedores nessa nascente guerra tarifária. Por exemplo, a indústria de vestuário, calçados e acessórios continuará enfrentando tarifas de 145% sobre importações chinesas, e de 20% de outros lugares. Sua taxa média de imposto permanece em 44%.
Com informações da Estadão Conteúdo
AFP e Correio do Povo
Mega-Sena/Concurso 2852 (12/04/25)
Governo acabará tendo de compensar essa exceção com aumento de receitas ou corte de despesas
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou por unanimidade o entendimento que exclui as verbas obtidas pelo Poder Judiciário do limite de gastos estabelecido no arcabouço fiscal. O caso foi julgado em plenário virtual, finalizado nesta sexta-feira, 11, e desde semana passada já tinha maioria favorável ao pedido apresentado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O governo acabará tendo de compensar essa exceção com aumento de receitas ou corte de despesas em outras áreas.
No ano passado, essas receitas próprias fecharam em cerca de R$ 2 bilhões. A retirada desses valores do limite de gastos foi relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, que deixou de fora da regra as receitas próprias dos Tribunais e órgãos do Judiciário da União destinadas ao custeio dos serviços relativos às atividades específicas do Poder Judiciário.
Esse tratamento pode dificultar a gestão fiscal do governo porque, apesar de não ser contabilizado no limite de despesas, o gasto ainda será contabilizado no resultado primário, que tem meta e precisa ser seguido pelo Executivo sob pena de sanções. No ano que vem, a equipe econômica tem o desafio de promover o primeiro superávit desde a instituição do arcabouço, já que a meta é fazer um resultado positivo de 0,25% do PIB.
Quando foi criado, o arcabouço já previu algumas exceções para o limite de gastos, como as despesas de universidades federais e instituições científicas nos valores custeados com receitas próprias. Ao acionar o STF, a AMB argumentou que o mesmo entendimento deveria ser aplicado às receitas próprias do Poder Judiciário da União. A maior parte dessas verbas vêm da venda da administração da folha de pagamento.
O governo foi contrário ao pedido da associação. Ao STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) lembrou que, embora esses gastos sejam excetuados do limite, eles continuam contabilizados no resultado primário. Essa situação faz com que, obrigatoriamente, o eventual crescimento desordenado dessas despesas tenha que ser compensado com a redução de outras despesas ou com a criação de novas receitas, a fim de não comprometer o cumprimento das metas.
O economista e pesquisador Marcos Mendes criticou o paralelismo entre as despesas já excetuadas no arcabouço fiscal e as verbas próprias do Judiciário. Em entrevista recente ao Broadcast, o economista citou o exemplo da Embrapa, que desenvolve produtos e vende ao mercado, com isso gerando receita própria. "A Embrapa cria novas receitas por meio do trabalho, da inovação, mesma coisa com as fundações universitárias. Isso é muito diferente do judiciário, que faz simplesmente cobrança de tarifas de custas judiciais, administração da folha de pagamento. São coisas relativas à gestão de dinheiro público", apontou.
Para o ministro Alexandre de Moraes, no entanto, igualar o tratamento dessas verbas é uma solução que prestigia a autonomia do Poder Judiciário. "Solução se aproxima daquilo que já se pratica entre os tribunais estaduais e não afeta o comprometimento institucional no esforço de recuperação da higidez fiscal. É que as receitas provenientes da União e conformadas pelo orçamento público continuarão a ser regidas pelo teto do regime fiscal sustentável", afirmou o ministro.
Ele citou na decisão precedente de quando o STF excluiu do teto de gastos os investimentos executados com recursos afetados aos fundos públicos especiais instituídos pelo Poder Judiciário, pelos Tribunais de Contas, pelo Ministério Público, pelas Defensorias Públicas e pelas Procuradorias-Gerais dos Estados e do Distrito Federal.
Na manifestação ao STF, além de criticar juridicamente o pedido, a AGU disse que o esforço fiscal compete a "todos os Poderes". "A insustentabilidade da dívida pública não é problema apenas do Poder Executivo. Ela afeta toda a população brasileira, a quem os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem servir", escreveu o ministro Jorge Messias.
Reservadamente, integrantes do Judiciário rebateram críticas de que a classe não dá sua contribuição ao ajuste fiscal. Uma fonte citou que, em 2009, o Judiciário da União representava 4,83% do Orçamento Fiscal da União. Neste ano, isso caiu a 2,93%. Essa redução, segundo ela, liberou para o Executivo mais de R$ 40 bilhões só em 2025 - se comparada a participação que havia em 2009.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Hotéis, bares e serviços projetam aumento na demanda durante o evento, que ocorreu entre os dias 9 e 11 de abril
Consolidando-se em mais uma edição como um dos maiores encontros globais sobre inovação e tecnologia, o South Summit trouxe neste ano 23 mil pessoas de 62 países ao Cais Mauá, em Porto Alegre, recebeu mais de 3 mil startups, contou com participação de 800 palestrantes e já tem uma data marcada para o ano que vem: 25 a 27 de março. Além de impulsionar o empreendedorismo e a inovação, o evento que atrai investidores, empreendedores e líderes do setor de várias partes do mundo também movimentou o turismo e a economia da cidade.
Shows, cortesias, descontos, cardápios especiais e ampliação do horário de atendimento foram algumas ações criadas pelos bares e restaurantes da Capital para receber os turistas. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS) e o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) projetam que houve um aumento significativo da demanda durante os três dias de evento.
Hospedagem e alimentação
De acordo com o Sindha, antes mesmo de iniciar o South Summit, em 28 de março, 100% dos hotéis de Porto Alegre já registravam reservas para o evento, sendo a maioria deles com 70% de ocupação. Durante os três dias, a média de ocupação da rede hoteleira ficou em 90%, acima da média mensal de Porto Alegre. Na quinta-feira, dia 10, a partida do campeonato da Libertadores no estádio Beira-Rio, com Inter x Atlético Nacional, trouxe a presença de diversos colombianos, que precisaram se hospedar em hotéis de Novo Hamburgo devido à alta demanda nos quartos em Porto Alegre, segundo o Sindicato, que também salienta que o período trouxe desempenho na ocupação do mês e da média do ano, e também na média de valores de diárias.
Paulo Geremia, diretor do Sindha, também projeta um aumento de 30% no consumo na gastronomia local por causa do evento internacional. “Ter um local que tenha tanta gastronomia boa instalada o ano todo, que dê qualidade e padrão como aqui no Cais para fazer o South Summit, é muito difícil acontecer”, ele diz. A pesquisa interna com o saldo de impacto em números do evento, tanto na rede de hotelaria quanto no setor de gastronomia, deve ser divulgada na próxima semana pelo Sindicato.
João Melo, presidente da Abrasel, diz que o aumento da movimentação na gastronomia foi, principalmente, de restaurantes próximos ao Cais e ao bairro Auxiliadora e em casas noturnas na Cidade Baixa. Para o presidente, o evento permite que se conheça mais ainda a cultura do Rio Grande do Sul, principalmente pelo churrasco, as cervejas artesanais e os vinhos. "Vem gente de tudo quanto é lugar do mundo, então acaba sendo uma forma de mostrar o que Porto Alegre tem de melhor", diz. Ele acredita que, quatro edições depois, os bares e restaurantes estão aprendendo a desenvolver estratégias para atrair o público e, também, a como divulgar os seus serviços.
Para a vice-presidente financeira do Sindha, Maria Fernanda Tartoni, eventos como o South Summit são importantes para o setor de bares e restaurantes porque trazem um público consumidor com “ticket bom” para o setor. Por meio de pesquisas e conversas com associados, a vice-presidente destaca o maior impacto nos estabelecimentos ao redor, que estão nos shoppings e ruas próximas ao evento, e no centro da cidade.
Correio do Povo
Magistrado refutou a alegação de que Moraes estaria violando o devido processo legal ao julgar um caso no qual também seria vítima
O ministro-decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, rejeitou neste sábado, 12, comparações entre seu colega de Corte Alexandre de Moraes e o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro. Ele refutou a alegação, frequentemente levantada por bolsonaristas, de que Moraes estaria violando o devido processo legal ao julgar um caso no qual também seria vítima.
'Não há justificativa para ele (Moraes) ser afastado, uma vez que ele já era relator desses inquéritos e depois dos inquéritos que se agregaram. Ele não é suspeito, não está impedido, não está julgando no seu interesse. Não se pode nem de longe compara Alexandre (de Moraes) com (Sérgio) Moro. Moro, de fato, se associa ao Bolsonaro. Ele antes das eleições já tem conversas com Bolsonaro, aceita ser ministro da Justiça de Bolsonaro', afirmou Gilmar, que participou da edição da 11º edição da Brazil Conference, realizada em Harvard.
Em 2021, o STF declarou a suspeição do ex-juiz federal ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No painel em Harvard, o ministro do STF fez duras críticas a Moro e à Lava Jato, afirmando que se orgulha de ter 'contribuído para o desmanche da operação'. Para ele, o que havia em Curitiba era uma 'organização criminosa'. Inicialmente favorável à força-tarefa de Curitiba, o decano do STF reconsiderou sua posição ao longo dos últimos anos, tornando-se um crítico da operação na Corte.
O ministro ainda provocou risos na plateia ao contar que disse ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em determinada ocasião que o maior acerto de seu governo pode ter sido tirar Moro de Curitiba e 'devolvê-lo ao nada'. 'Eu vou um dia ao Palácio do Planalto e encontro Bolsonaro. Bolsonaro diz: 'Ministro, a gente errou muito. Fizemos muita besteira. Você vê, eu nomeei o Moro'. Eu falei: 'Presidente, talvez seja o seu maior acerto. Primeiro, ter nomeado o Moro, depois ter devolvido ele ao nada.' Gilmar ainda refutou as críticas de que o STF estaria extrapolando suas funções e praticando 'ativismo judicial'.
Ao comentar uma colocação recorrente de que os 11 ministros do Supremo são mais comentados do que os 11 jogadores da seleção, brincou: 'Todos sabem que a seleção brasileira não está indo muito bem'. Em seguida, disse que não concorda com a análise de ativismo.
Segundo ele, o problema está na incompreensão das competências da Corte. Ao refletir sobre as lições que a Corte teve nos últimos 10 anos, o ministro afirmou que, ao longo desse período, os ministros tem buscado deixar para trás a ideia de uma pauta individualista e passaram a trabalhar de forma mais coletiva e integrada. 'Protagonizar o tribunal. Esse é um grande aprendizado', concluiu.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
As cidades com mais oportunidades abertas são Porto Alegre, Santa Maria e Erechim
As agências Fgtas/Sine do RS disponibilizam 11.596 oportunidades de emprego. Desse total, 9.955 são permanentes, 1.570 temporárias, 17 para Jovem Aprendiz e 54 para estágio. Das ocupações disponibilizadas, 185 são exclusivas para pessoas com deficiência e 9.045 aceitam pessoas com deficiência.
Os interessados em se candidatar às oportunidades podem comparecer na unidade mais próxima com documento de identificação com CPF e foto ou acessar o Portal Emprega Brasil ou CTPS Digital. A relação de endereços das unidades está disponível no site.
O setor com mais vagas é o da indústria, com 38% das vagas, seguido pelos serviços com 25% e comércio com 20%. Das vagas, 79% não exigem experiência e 31% não exigem escolaridade. Contudo, para concorrer a 26% das oportunidades, é necessário ter Ensino Fundamental. Já para 20%, os recrutadores colocam como critério, no mínimo, Ensino Fundamental incompleto. Com relação à remuneração, 62% variam de 1 a 1,5 salários mínimos.
As agências com mais oportunidades abertas no RS são: Porto Alegre (1.077), Santa Maria (747), Erechim (603), Nova Santa Rita (482) e Caxias do Sul (37). Já as ocupações com mais vagas são: alimentador de linha de produção (1.911), auxiliar no processamento de fumo (512), servente de obras (263), faxineiro (388), operador de caixa (317), estoquista (294), vendedor de comércio varejista (297), pedreiro (290), estoquista (290), trabalhador polivalente da confecção de calça (267).
Em Porto Alegre e Região Metropolitana, as unidades ofertam 3.496 vagas de trabalho, sendo 3.048 permanentes e 422 temporárias, 25 para estágio e uma para Jovem Aprendiz. Das ocupações disponibilizadas, 10 são exclusivas para pessoas com deficiência e 1.651 aceitam pessoas com deficiência.
O setor de serviços é o destaque com 41% das oportunidades, seguido pela indústria com 25% e comércio com 22%. Com relação à experiência, 76% das vagas não exigem experiência. Já 33% das oportunidades exigem Ensino Fundamental completo e 24%, Ensino Médio completo. Sobre a remuneração, 67% variam de 1 a 1,5 salários mínimos.
As agências com maior número de vagas são: Porto Alegre (1.077), Nova Santa Rita (482), Campo Bom (256), Dois Irmãos (232) e Viamão (133). As ocupações com mais ofertas são: alimentador de linha de produção (309), auxiliar de logística (205), supervisor de exploração agrícola (161), faxineiro (143), operador de telemarketing ativo e receptivo (140), atendente de lanchonete 117), servente de obras (104), operador de caixa (103), vendedor de comércio varejista (102) e armazenista (88).
Correio do Povo