Lula desembarca no Japão e Janja ruma a Paris em seguida

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Japão neste domingo, 23 de março de 2025, para uma visita oficial que marca os 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão. Acompanhado de uma extensa comitiva, Lula desembarcou em Tóquio com o objetivo de negociar a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira e fortalecer laços comerciais com o país asiático. Enquanto isso, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, que já estava no Japão desde a semana anterior, embarcou logo após a chegada do presidente para Paris, na França, onde participará de uma cúpula sobre nutrição e crescimento.

A viagem de Janja, que saiu do Japão em um momento estratégico, ocorre em meio a críticas sobre a falta de transparência na agenda e os custos envolvidos, levantando questionamentos sobre o uso de recursos públicos. A justificativa oficial é que Janja foi ao Japão para preparar a visita de Lula, mas a passagem por Paris reacendeu debates sobre os gastos do casal presidencial em deslocamentos internacionais. A comitiva de Lula inclui ministros e líderes do Congresso, como Hugo Motta e Davi Alcolumbre, que aproveitarão a viagem para discutir pautas internas do governo. A rápida transição de Janja para a capital francesa, somada à discrição sobre suas atividades, intensifica as discussões sobre o papel da primeira-dama e a gestão administrativa do governo federal.

CONTEXTO DAS VIAGENS INTERNACIONAIS DE LULA E JANJA

A visita de Lula ao Japão é parte de uma agenda estratégica do governo brasileiro para ampliar parcerias comerciais na Ásia. O país, terceiro maior parceiro comercial do Brasil na região, representa uma oportunidade para o agronegócio nacional, especialmente com a possível liberação das exportações de carne bovina, um mercado altamente lucrativo. Lula saiu de Brasília no sábado, 22 de março, com escala em Houston, nos Estados Unidos, antes de chegar a Tóquio. Já Janja, que viajou ao Japão uma semana antes, acompanhou a equipe precursora do presidente, formada por diplomatas e seguranças, mas sua saída para Paris logo após a chegada de Lula chamou atenção. A primeira-dama justificou sua presença antecipada no Japão como parte dos preparativos para a visita oficial, mas a ausência de uma agenda pública detalhada gerou críticas. No histórico recente, o casal presidencial já enfrentou controvérsias por gastos em viagens internacionais, como a estadia em hotéis de luxo em Londres e na China, que somaram milhões de reais.

A passagem de Janja por Paris está ligada à participação na “Cúpula para Nutrição e Crescimento”, marcada para os dias 27 e 28 de março, mas o governo não divulgou os custos totais da viagem, incluindo passagens, hospedagem e diárias. Enquanto isso, Lula segue para o Vietnã após o Japão, em uma maratona diplomática que visa também reduzir a dependência comercial do Brasil em relação à China. Esse contexto reforça a importância das viagens, mas também expõe a gestão a questionamentos sobre prioridades e transparência.

IMPACTOS E REAÇÕES ÀS MOVIMENTAÇÕES DO CASAL PRESIDENCIAL

A sequência de viagens de Lula e Janja tem gerado reações mistas no Brasil. Por um lado, a agenda de Lula no Japão e no Vietnã é vista como um esforço para abrir novos mercados e fortalecer a posição do Brasil no cenário internacional, algo essencial em um momento de instabilidade econômica global. A presença de líderes do Congresso na comitiva sugere ainda uma tentativa de alinhar interesses políticos internos durante os deslocamentos.

No entanto, a ida de Janja a Paris, logo após o desembarque de Lula em Tóquio, reacendeu críticas de opositores e até de alguns aliados, que apontam um suposto uso excessivo de recursos públicos para fins pessoais. Parlamentares como Carla Zambelli já questionaram os gastos da primeira-dama no Japão, exigindo investigação no Tribunal de Contas da União (TCU). A falta de clareza sobre a agenda de Janja no Japão e os custos de sua passagem por Paris alimentam a narrativa de deslumbramento e falta de austeridade.

Além disso, a escolha de Paris como destino, uma cidade associada a luxo e prestígio, contrasta com o discurso do governo de combate à desigualdade, o que amplia o desgaste político. Analistas apontam que esses episódios podem dificultar a articulação do governo no Congresso, especialmente em pautas sensíveis como a reforma tributária. Enquanto isso, apoiadores defendem que as viagens de Janja têm propósito oficial e que críticas são motivadas por interesses partidários. A polêmica, portanto, reflete tanto os desafios administrativos quanto a polarização política no país.

PERSPECTIVAS PARA O GOVERNO APÓS MAIS UMA CONTROVÉRSIA

A chegada de Lula ao Japão e a partida de Janja para Paris encerram mais um capítulo de intensa movimentação do governo federal, mas deixam questões em aberto sobre o futuro da gestão. A agenda internacional de Lula, que inclui negociações importantes com Japão e Vietnã, pode trazer resultados positivos para a economia brasileira, como a abertura de mercados para o agronegócio e o fortalecimento de parcerias estratégicas. Contudo, o sucesso dessas iniciativas depende de como o governo lidará com as críticas domésticas sobre os custos e a transparência das viagens.

Para Janja, o episódio reforça a necessidade de maior clareza em sua atuação como primeira-dama, especialmente em um contexto de cobrança por accountability. O Planalto, até o momento, optou por minimizar a polêmica, destacando os compromissos oficiais de ambos, mas a pressão por informações detalhadas sobre os gastos deve persistir. Nos próximos meses, o governo precisará equilibrar os ganhos diplomáticos com a gestão de sua imagem pública, evitando que controvérsias como essa desviem o foco de pautas prioritárias. A oposição, por sua vez, já sinaliza que usará o caso para desgastar Lula em ano pré-eleitoral. Assim, enquanto o presidente busca consolidar sua liderança no exterior, o desafio interno de justificar os passos de Janja pode testar ainda mais a capacidade de articulação do governo. Fica o alerta: transparência será essencial para evitar que viagens internacionais virem sinônimo de crise política.

Agora Notícias Brasil

Deputados americanos pedem oficialmente o uso da severa Lei Magnitsky contra Moraes

 

Crédito consignado CLT: programa já soma quase 36 milhões de simulações

 


Até o fim da manhã deste domingo (23), foram simulados mais de 35,9 milhões empréstimos consignados por trabalhadores do setor privado. O número de contratos fechados chegou a 7.644 de um total de 3,1 milhões de pedidos no terceiro dia após o lançamento do programa Crédito do Trabalhador.

As solicitações de propostas são feitas por meio do aplicativo da Carteira do Trabalho Digital. O pagamento do empréstimo é feito por meio de parcelas que são descontadas no contracheque do funcionário.

O programa do governo federal permite aos bancos uma maior segurança no recebimento das parcelas, o que resulta em taxas de juros mais baixas para o contratante.

O modelo já conhecido pelos servidores públicos e aposentados conta com taxas que variam entre 1,8% e 2,7% ao mês. Já para os trabalhadores da iniciativa privada, a expectativa é que as taxas fiquem entre 2,5% e 3% ao mês – significativamente menores do que as taxas médias de 6% ao mês no Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

Agora Notícias Brasil

Prepare-se: Fechamento GERAL dos cartórios é confirmado em Porto Alegre, no RS, em abril de 2025


INSS não pode obrigar beneficiário a fazer exames periódicos de revisão baseados em norma posterior ao início da concessão

 


Um homem garantiu o direito ao auxílio-acidente depois de uma perícia judicial comprovar sua perda de capacidade de trabalho e sequelas permanentes que comprometem sua aptidão para o exercício de atividades cotidianas. A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Na apelação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra a sentença, ele alega que a Lei nº 14.441/2022 incluiu o auxílio-acidente entre os benefícios sujeitos à revisão periódica mediante exame médico pericial e que é imprescindível garantir direito de reavaliar as condições que justificaram a concessão e manutenção do benefício. A autarquia ainda alegou que a reavaliação é essencial considerando que sequelas incapacitantes podem ser revertidas, eliminando a redução da capacidade laboral.

No entanto, na decisão, o relator, desembargador federal João Luiz de Sousa, destacou que o princípio do tempus regit actum determina que a aplicação da legislação vigente à época do fato gerador deve ser respeitada, especialmente em matéria previdenciária, não podendo retroagir para alcançar situações já consolidadas.

O magistrado ainda destacou que, “assim, as alterações promovidas pela Lei nº 14.441/2022 não têm o condão de retroagir para alcançar situações consolidadas sob a égide de normas anteriores. Trata-se de respeito à segurança jurídica, sendo vedada a aplicação retroativa de norma mais gravosa, especialmente em matéria previdenciária, que deve primar pela proteção social do segurado”.

Dessa forma, o Colegiado votou de forma unânime pela manutenção da sentença.

Processo: 1008428-22.2024.4.01.9999

Data do julgamento: 10/02/2025

MAF/MLS

Assessoria de Comunicação Social

Tribunal Regional Federal da 1ª Região


A IMPORTÂNCIA DE EDUARDO NOS EUA

 


Vídeo de Paulo Moura

Fonte: https://youtube.com/shorts/DCoyEHpcK60?si=GCUZD_xQGUkZ9ORa

2,8 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso adequado à água no Brasil, diz Unicef

 Dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, publicado em janeiro, e dizem respeito ao período de 2019 a 2023

Nas áreas urbanas, cerca de 2,4% das crianças e adolescentes brasileiros sofrem sem acesso adequado à água. Já nas áreas rurais esse número chega a 21,2% | Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil / CP


No Dia Mundial da Água, comemorado neste sábado, 22, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta que 2,8 milhões de crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado à água no Brasil, em especial nas áreas rurais. Os dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, publicado em janeiro, e dizem respeito ao período de 2019 a 2023.

O levantamento foi feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Apesar de o número de crianças e adolescentes sem acesso à água ter diminuído 31,5% no período, cerca de 1,5 milhão moram em imóveis sem água canalizada e aproximadamente 1,2 milhão conseguem acessar a água proveniente da rede apenas no terreno ou na área externa da residência.

Nas áreas urbanas, cerca de 2,4% das crianças e adolescentes brasileiros sofrem sem acesso adequado à água. Já nas áreas rurais esse número chega a 21,2%.

De acordo com o estudo, os Estados com maiores taxas de crianças e adolescentes vivendo em locais sem acesso à água encanada são Acre (12,7%), Paraíba (12,2%), Amazonas (11,3%), Pará (9,8%) e Alagoas (9,1%).

O Unicef aponta ainda que 19,6 milhões de crianças e adolescentes (o equivalente a 38% desse grupo no País) vivem privados do acesso adequado ao saneamento básico. Nas áreas urbanas, 28% deles não têm acesso, enquanto nas áreas rurais o número chega a 92%.

O Acre novamente aparece como o Estado com situação mais preocupante: 31,5% vivem em moradias sem saneamento básico. Depois vêm Amazonas (23,5%), Maranhão (19,8%), Pará (16,9%) e Piauí (13,7%).

“As análises regionais revelam desigualdades persistentes, com Estados das regiões Norte e Nordeste apresentando as maiores taxas de privação. Em alguns desses Estados, mais de 80% das crianças ainda vivem em condições de privação de direitos básicos, o que destaca a necessidade de políticas específicas que abordem as peculiaridades e os desafios dessas áreas”, diz o estudo.

Rodrigo Resende, oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef no Brasil, ressalta que sem água potável e saneamento, a saúde, a alimentação, a educação e outros direitos das crianças ficam comprometidos. “Nosso trabalho é voltado para fortalecer as políticas públicas de acesso à água e ao saneamento, para que cada criança e adolescente no Brasil tenha esse direito garantido”, disse à Agência Brasil.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

O Brasil é do PT?

 


Vídeo de Paulo Moura

Fonte: https://www.youtube.com/shorts/g9r9_ggd9UE

Acusado de estupro, ex-vereador Gabriel Monteiro deixa prisão após 2 anos e 4 meses

 Monteiro ficou preso preventivamente, ou seja, sem condenação. Ele usará uma tornozeleira eletrônica

Segundo a suposta vítima, Gabriel Monteiro a teria trancado em um quarto e a obrigado a fazer sexo, inclusive ameaçando-a com uma arma e dando tapas no seu rosto | Foto: FERNANDO FRAZÃO / AGÊNCIA BRASIL / CP


O ex-vereador fluminense Gabriel Monteiro, de 30 anos, deixou a prisão ontem, 21, após mais de dois anos e quatro meses preso preventivamente - isto é, sem condenação. Ele foi denunciado em maio do ano passado pelo crime de estupro contra uma mulher, mas o processo ainda não transitou em julgado. Para deixar o presídio de Bangu 8, onde estava detido, Monteiro concordou em usar uma tornozeleira eletrônica.

Segundo a suposta vítima, Gabriel Monteiro, que é também ex-policial militar, a teria conhecido numa boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele então a levou para casa de um amigo no bairro do Joá, na Zona Sul. O vereador a teria trancado no quarto e a obrigado a fazer sexo, inclusive ameaçando-a com uma arma e dando tapas no seu rosto.

Além da acusação de estupro, Monteiro já foi denunciado outras vezes pelo Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ). Em maio de 2023, foi acusado de perseguição e desacato a superior; em junho de 2022, por importunação e assédio contra uma ex-assessora; e, em abril daquele mesmo ano, por filmar uma relação sexual com uma jovem de apenas 15 anos de idade.

Em dezembro passado, Monteiro também foi condenado a um ano de detenção e multa, por infração de norma sanitária ao invadir um hospital durante a pandemia de Covid-19. O ex-vereador costumava invadir recintos públicos para fazer vídeos para suas redes sociais. A sentença, proferida pela juíza Maria Tereza Donatti, foi revertida pela magistrada em prestação de serviços comunitários.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o alvará de soltura expedido pela 34ª Vara Criminal do Rio foi recebido na noite de sexta. Gabriel Monteiro foi recebido pelo pai, o deputado federal Roberto Monteiro (PL-RJ), e a irmã, a deputada estadual Giselle Monteiro (PL), na porta do Complexo de Gericinó, no começo da noite. Agora, o ex-vereador tem cinco dias para se apresentar à Justiça para a colocação da tornozeleira eletrônica.

A decisão que beneficiou Monteiro foi dada pela 6ª Turma do STJ. O colegiado decidiu por unanimidade aceitar o recurso de Monteiro, que pedia a substituição da prisão pela tornozeleira eletrônica. Além do monitoramento, ele não poderá deixar o Rio e deverá se apresentar regularmente à Justiça.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Equador detecta novo vazamento de combustível e governo denuncia atentado

 Ministério da Energia não informou a sua magnitude

Ministério da Energia não informou a sua magnitude | Foto: Julio Galarza / AFP / CP


O Equador identificou neste sábado um vazamento em um duto que transporta combustíveis na região amazônica, que o governo atribuiu a um atentado, dias após outro vazamento afetar milhares de pessoas.

Segundo o Ministério da Energia, o vazamento foi registrado na província de Napo. A pasta não informou a sua magnitude, nem se o vazamento se estendeu ao rio Coca. Funcionários instalavam uma barreira de contenção no rio, para evitar que o vazamento chegue à central hídrica Coca Codo Sinclair, que tem capacidade para atender cerca de 30% da demanda nacional.

Em meio ao contexto eleitoral, a ministra da Energia, Inés Manzano, denunciou supostos planos de sabotagem contra a infraestrutura petrolífera para afetar o abastecimento de água às populações da Amazônia, de onde é extraído o petróleo bruto, e a Quito, que tem 3 milhões de habitantes.

O segundo turno das eleições presidenciais no Equador será disputado no próximo dia 13 de abril. O presidente do país, Daniel Noboa, anunciou hoje no X o assassinato de um membro do seu partido, o ex-funcionário municipal Narciso Saldarriaga, na véspera da retomada da campanha eleitoral. O crime ocorreu na cidade de Canuto.

Segundo Noboa, Saldarriaga era 'delegado de controle eleitoral' do movimento ADN em Manabí, província onde atuam grupos do crime organizado.'Isso não ficará impune', alertou o presidente. 'Querem se impor pelo medo, como fizeram por mais de uma década. 'Mais de 30 políticos, autoridades judiciais e jornalistas foram assassinados desde 2023 no Equador, incluindo o candidato à Presidência Fernando Villavicencio, baleado antes do primeiro turno.

Noboa trava desde o ano passado uma guerra contra grupos do narcotráfico que lutam pelo poder.

AFP e Correio do Povo