Fotos: congestionamento de 5 km na entrada da Porto Alegre e na avenida Castelo Branco

 Trânsito intenso causa lentidão e dificuldades para os motoristas

Congestionamento de 5 km na manhã deste sábado. 

O acesso a Porto Alegre e à Avenida Castelo Branco em direção à freeway registra congestionamento de 5 km na manhã deste sábado. O trânsito intenso causa lentidão e dificuldades para os motoristas que tentam chegar ao centro da cidade ou seguir viagem pela freeway.





Correio do Povo

Chuvas no RS: agro acumula perdas de R$ 2,9 bi

 Prejuízo responde por quase 30% dos R$ 10,4 bilhões totalizados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para o Estado até esta sexta-feira, dia 24



A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que a agropecuária seja o setor econômico privado com mais perdas financeiras decorrentes da tragédia climática ainda em curso no Estado. Conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira, dia 24, com base em informações de 94 dos 469 municípios atingidos pela chuva, as perdas contabilizadas desde 29 de abril somam 2,94 bilhões.

A maioria dos prejuízos reportados parcialmente está relacionado à agricultura, com R$ 2,7 bilhões. Na pecuária, as perdas acumulam R$ 245,4 milhões. A indústria relatou R$ 267 milhões em perdas, número que chegou a R$ 130,2 milhões nos comércios locais.

O rombo de R$ 2,9 bi no agro corresponde a quase 30% das perdas financeiras acumuladas pelo RS desde o final do mês passado, totalizados em R$10,4 bilhões até esta sexta-feira – R$ 800 milhões a mais ante o reportado há uma semana.

Somente no setor habitacional, os danos somam R$ 4,6 bilhões, com 108,6 mil casas danificadas ou destruídas. No segmento privado, o prejuízo chega a R$ 3,4 bilhões e, no público, a R$ 2,4 bilhões.

As perdas em obras de infraestrutura soma R$ 1,7 bilhão (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 428,6 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais e prefeituras.

ACNM estima que 3,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 163 mortes, de acordo com dados da Defesa Civil e extraídos do sistema do Ministério de Desenvolvimento.

Correio do Povo

Brasileiros se alimentavam melhor quando Bolsonaro era presidente

 


Dólar sobe com risco doméstico no radar

 Moeda norte-americana encerrou a sessão desta sexta-feira no maior nível de fechamento no mês



Na contramão do sinal de baixa da moeda norte-americana no exterior, o dólar à vista ganhou força nas últimas horas de negociação e encerrou a sessão desta sexta-feira, 24, em alta, no maior nível de fechamento no mês. Com máxima a R$ 5,1765, o dólar à vista fechou com avanço de 0 27%, cotado a R$ 5,1679 - maior valor de fechamento desde 30 de abril (R$ 5,1923).

O tombo do real reflete a combinação de busca por proteção em ambiente de liquidez reduzida, em razão do feriado de segunda-feira nos Estados Unidos (Memorial Day), com um aumento da percepção de risco doméstico. A moeda brasileira já apresentava desempenho inferior a de seus pares desde a primeira etapa de negócios, mas sofreu mais à tarde em meio a declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a deterioração recente das expectativas de inflação.

Analistas afirmam que há um desconforto crescente dos investidores com a percepção de menor compromisso do governo com o cumprimento das metas fiscais e temores de um BC mais leniente com a inflação a partir do ano que vem, quando Campos Neto será substituído por nome indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Na semana, a moeda acumulou valorização de 1,29%, reduzindo as perdas no mês a 0,47%. Operadores observam que o dólar à vista operou em nível similar e até inferior ao do contrato de dólar futuro para junho, o que sugere escassez de moeda no segmento spot.

"Como segunda-feira é feriado nos EUA, a liquidez vai enxugando. Essa alta do dólar é uma combinação de redução da liquidez com a fala do Campos Neto", afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, em referência a declarações do presidente do Banco Central nesta sexta à tarde.

Em evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, Campos Neto diz que "vê a expectativa de inflação subindo bastante" em razão de vários fatores, entre eles o "tema da credibilidade do Banco Central".

Essa afirmação do presidente do BC vem após ruídos provocados pela declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta semana, de que a meta de inflação brasileira é "exigentíssima e inimaginável " - o que levantou suspeitas sobre aumento da meta de inflação, uma vez que o governo ainda não publicou decreto com a mudança do modelo atual para o regime de meta contínua em 3% a partir de 2025.

Borsoi destaca que, ao atribuir a deterioração das expectativas a um questionamento à credibilidade do BC, Campos Neto destoa de declarações recentes de diretores do Banco Central, que "vinham reforçando a ideia sobre a piora fiscal e dos juros lá fora".

Apesar de exibir leve apreciação em relação ao dólar em maio, o real apresenta o pior desempenho entre divisas emergentes mais relevantes no mês, em especial na comparação com os pares latino-americanos, como os pesos mexicano e chileno.

O chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Garcia, observa que maio tem sido marcado por um enfraquecimento do dólar em relação à maioria das moedas, apesar da percepção de que os juros podem demorar mais a começar a cair nos Estados Unidos.

"Internamente, a agenda não é positiva. As dúvidas sobre a política fiscal cresceram, houve a troca de presidente da Petrobras e aumentou a preocupação com quem será o próximo presidente do Banco Central", afirma Garcia. "A inflação implícita está subindo e também as expectativas no Boletim Focus. Os investidores estão pedindo mais prêmios nos ativos locais".

No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - recuava cerca de 0 30% no fim da tarde, ao redor dos 104,700 pontos, com queda acumulada de quase 1,50% em maio. Entre indicadores divulgados nesta sexta, dados de sentimento do consumidor e expectativas de inflação nos EUA tiveram piora, mas abaixo da esperada. Já as encomendas de bens duráveis subiram 0,7% em abril, enquanto se esperava queda de 0,6%.

Já em nível bem esticado, o DXY caiu nesta sexta mesmo após monitoramento do CME Group mostrar deslocamento da aposta majoritária de primeiro corte de juros nos EUA de setembro para novembro (50,2% de chances). No ano, o Dollar Index ainda acumula avanço de mais de 3%.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

MEC e entidades refazem calendário de atividades de ensino e eventos no RS

 Avaliação das Ifes e Prêmio Inovação Sinepe/RS foram suspensos


De várias maneiras afetado pelas cheias que assolam o estado, o ensino gaúcho ajusta calendários, eventos e atividades letivas em razão das dificuldades enfrentadas pelo estado de calamidade pública. Assim, além de determinar a flexibilização do calendário letivo 2024 no RS, o Ministério da Educação (MEC) tem tomado outras providências, visando não prejudicar a comunidade escolar e acadêmica. Uma das medidas implica a Educação Superior, que terá suspensa a avaliação das instituições no RS.

Por determinação da Secretaria de Regulação da Educação Superior (Seres/MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) ficaram, então, suspensos, neste ano, os procedimentos para a avaliação in loco, supervisão e regulação das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) afetadas pelo estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Com a medida, oficializada nesta semana (publicada em 21/5), os atos que venceriam neste ano foram prorrogados até o respectivo calendário de 2025, valendo para todos os processos das instituições no RS em avaliação no Inep até o fim da calamidade.

A expansão da data, no entanto, não impede que as Ifes protocolem pedidos de autorizações no ano vigente. As avaliações cujas comissões sejam canceladas serão reagendadas sem novos custos às instituições. Ficam suspensos, também, por 30 dias após o encerramento do estado de calamidade, os prazos recursais e de resposta às notificações, além das diligências encaminhadas pela Seres.

Para escolas da rede privada no RS, foi cancelada a edição deste ano do Prêmio Inovação Sinepe/RS, que distingue projetos educacionais desenvolvidos no setor. O presidente do sindicato das particulares, Oswaldo Dalpiaz, justifica que a deliberação é motivada pelo momento vivido pelo Rio Grande do Sul, e em solidariedade às instituições atingidas, direta ou indiretamente, pelas enchentes. Assinada que o atual foco é na retomada das atividades letivas, com plena força; e que a premiação voltará ao normal no próximo ano, "certamente, com muitos cases de superação e de ajuda ao próximo". O dirigente acrescenta que "temos visto os estudantes e as comunidades escolares colocarem em prática os valores que o ensino privado gaúcho tanto preza. É o momento de unirmos esforços para ajudar nossas instituições, por isso deixaremos o prêmio para 2025, quando todas já estiverem restabelecidas e preparadas para participar”, avalia.


Correio do Povo

“É como se a gente acordasse sempre no mesmo dia. Não passou e parece que não vai passar”, diz morador do Humaitá

 São Gerado e Floresta são outros bairros que assim como o Humaitá não recebem um olhar diferenciado



Quando Porto Alegre ensaiava uma volta por cima, a chuva levou desesperança até para lugares da Capital ilesos até então. De repente, os bueiros verteram a mensagem direta de que a cidade não vai se curar tão cedo. Nem poderia, uma vez que, diferente dos bairros centrais, regiões inteiras da cidade seguem embaixo d’água desde o dia 3 de maio.

“É como se a gente acordasse sempre no mesmo dia. Não passou e parece que não vai passar”, diz o José Ricardo Assunção, morador do Humaitá.

O conjunto residencial em que vive alagou na noite do dia 3. Desde então, os primeiros andares estão impossibilitados de uso.

Falta luz e água potável no quinto andar, onde vive José Ricardo, mas diante dos que perderam suas moradias, ele considera um transtorno que no momento pode ficar em segundo plano. “A preocupação agora é pressionar para que façam alguma coisa. Não podemos ficar esquecidos aqui no bairro”, clama em busca de ajuda.

São Gerado e Floresta são outros bairros que assim como o Humaitá não recebem o olhar diferenciado que atrai, por exemplo, o Centro Histórico e o Aeroporto Internacional Salgado Filho. São regiões em que muitos moradores ainda sequer conseguiram avaliar as perdas. Mais que conhecer os prejuízos, voltar ao lar é questão de recuperar a própria identidade.

Alagamento na Av. José Aloísio Filho no Humaitá. Alagamento na Av. José Aloísio Filho no Humaitá. | Foto: Fabiano do Amaral

“Tem momentos em que a sensação é que não sei mais a onde pertenço. Não ter pertences, mal sei se tenho casa, isso mexe com as referências da gente”, conta o técnico em informática Clóvis Aguiar, morador do São Geraldo.

Ruas inteiras do Quarto Distrito ainda não permitem acesso. Casas, empresas, centenas de vidas à espera do próximo dia, e que ele seja de fato diferente dos anteriores.

Correio do Povo

Grêmio admite possibilidade de não jogar mais na Arena em 2024

 Presidente Alberto Guerra ainda não tem dimensão dos prejuízos e projeção otimista é de volta em 90 dias


O Grêmio já considera a hipótese de não jogar mais na Arena em 2024. Fortemente atingido pelas enchentes, o estádio ainda encontra-se embaixo da água. “A gente faz a previsão otimista (de voltar em 90 dias), mas estamos considerando a hipótese de não jogar mais lá esse ano”, enfatizou o presidente do clube, Alberto Guerra, durante entrevista coletiva, nesta sexta-feira, em São Paulo, onde o clube se prepara para voltar a jogar.

Segundo o presidente, também não há uma avaliação do prejuízo, já que ainda não há acesso possível ao estádio. “Nós não conseguimos entrar dentro do estádio. O túnel está muito alagado, não conseguimos ter a dimensão desse problema.”

O presidente ainda admitiu que há a possibilidade dos clubes gaúchos pedirem à CBF, na próxima reunião entre a entidade e clubes brasileiros, que não sejam rebaixados este ano no Campeonato Brasileiro.

"Nós não vamos fazer nenhum pleito individual. Eu tenho conversado diariamente com o presidente do Inter, do Juventude e da Federação Gaúcha de Futebol”.

Por hora, o Grêmio decidiu que fará os próximos jogos da Libertadores, contra Estudiantes e The Strongest, e o do Brasileirão, no estádio Couto Pereira, do Coritib. No entanto, ainda irá avaliar onde irá jogar como mandante as próximas datas. " Queremos jogar mais ao Sul possível, por conta da torcida, mas ainda vamos avaliar”.

O Grêmio encara o The Strongest na próxima quarta-feira, às 19h, no estádio Couto Pereira, pela Copa Libertadores da América.


Correio do Povo

Tragédia no RS já soma R$ 1,67 bilhão em indenizações de seguros

 Valor ainda está distante de representar real dimensão dos prejuízos


Empresas de seguro que atuam no Rio Grande do Sul já receberam 23.441 comunicados de acidentes decorrentes dos efeitos adversos dos temporais que atingem o Estado desde o fim de abril. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), somados, os avisos de sinistros já ultrapassam a casa dos R$ 1,67 bilhão a serem pagos em indenizações, mas ainda estão muito distantes de representar a real dimensão dos prejuízos da catástrofe.

“Neste momento, uma parte muito grande dos segurados sequer avisou os sinistros ocorridos. Sequer entraram com os pedidos de indenização. Isso é natural, porque as pessoas estão cuidando de questões muito mais prementes. Cuidando de suas sobrevivências e de salvar seus bens. Muitas pessoas vão deixar para fazer as notificações assim que as coisas se acalmarem mais", disse o presidente da entidade, Dyogo Oliveira.

Para Oliveira, dada a extensão da área atingida e o fato de áreas densamente povoadas terem sido afetadas, esse será, provavelmente, o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil em consequência de um único evento, superando o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), da mineradora Vale, em 2019.

"E as seguradoras já vêm adotando procedimentos muito rapidamente para pagar os sinistros mais simples. Muitas seguradoras já estão pagando as primeiras indenizações e temos notícias de que, em média, há pagamentos sendo feitos em até 48 horas, com processos simplificados, inclusive dispensando vistorias e auditorias", assegurou Oliveira.

Conforme os dados fornecidos por 140 seguradoras associadas à Cnseg, o maior número de avisos de sinistro registrados entre 28 de abril e 22 de maio vem de clientes residenciais/habitacionais, totalizando 11.396 comunicados, o equivalente a cerca de R$ 240 milhões em pagamentos previstos. Em seguida vêm os contratantes de seguro automotivo, com 8.216 registros ou cerca de R$ 557 milhões, e o seguro agrícola, com 993 registros ou R$ 47 milhões.

Seguros como o empresarial, de transporte, riscos diversos e riscos de engenharia resultaram em 2.450 avisos de sinistros, totalizando uma previsão de pagamento de indenizações de pouco mais de R$ 322 milhões. Já os seguros contra grandes riscos, ou seja, seguros corporativos que incluem, entre outros, os empreendimentos de infraestrutura, englobam 386 avisos e atingem cerca de R$ 510 milhões.

“Os grandes riscos são os mais difíceis de avaliar no momento. As estruturas asseguradas estão, na maioria dos casos, alagadas. Só quando as águas baixarem será possível avaliar os danos”, explicou Oliveira, sem dar estimativas do valor total que as empresas seguradoras poderão ter que pagar a seus clientes.

“Não estamos fazendo projeções. Até porque, neste momento, é tecnicamente impossível e indesejável projetar o tamanho do impacto. Qualquer número que seja divulgado é um grande chute e a confederação não pode atuar desta maneira”, disse o presidente CNseg, acrescentando que o risco de o sistema de seguros não dispor de recursos para pagar as indenizações devidas é mínimo.

“Pode haver uma ou outra empresa mais impactada, mas não há esse risco, pois os custos são distribuídos entre todo o sistema, entre um grande número de empresas”, explicou Oliveira.

"Lamentamos tudo o que está acontecendo no Rio Grande do Sul e o setor segurador vem tomando medidas efetivas, demonstrando um comprometimento muito grande com a população do estado. Logo no início, recomendamos às seguradoras que fizessem o adiamento dos vencimentos dos contratos e isso foi feito por todas as empresas, que têm prorrogado [os vencimento] e reforçaram suas equipes, atendendo até mesmo a pessoas que não eram clientes", disse.


Agência Brasil e Correio do Povo

Voluntário fala a verdade sobre o PT em Porto Alegre

 


Prefeitura vai investigar possível extravasamento do dique da Fiergs no sábado em Porto Alegre

 Região voltou a registrar vazão das águas



A prefeitura de Porto Alegre emitiu um comunicado de que irá realizar uma vistoria no dique da Fiergs, no Bairro Sarandi, na manhã deste sábado. A região teria voltado a apresentar vazão de águas na noite desta sexta-feira.

O objetivo do trabalho da Secretaria de Serviços Urbanos será identificar se existe algum novo extravasamento no local.

Na última quarta-feira, a pasta concluiu os trabalhos de reparos no dique que havia extravasado em três pontos, o que aumentou o drama dos moradores da região nas últimas semanas. Durante o pico da cheia do Guaíba, a estrutura sofreu com as águas do rio Gravataí.

Correio do Povo