Governador de São Paulo criticou decreto “absurdo” de Moraes
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, manifestou preocupação com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira. “Não gosto da ideia de um ex-presidente não poder se manifestar, e gosto menos ainda de vê-lo ser preso por isso, antes ainda de ser julgado pelo órgão colegiado da Suprema Corte. Não discuto a legalidade ou a razão jurídica”, escreveu em suas redes sociais.
"Percebam que, de cinco presidentes eleitos após a redemocratização, apenas um, Fernando Henrique, não foi preso ou sofreu impeachment. Nosso país não merece seguir refém desse cabo de guerra jurídico-político que só atrasa a vida de todos há anos. Até quando vamos ficar dobrando a aposta pra ver o que acontece? Até quando nossa energia será consumida na busca de exterminar adversários mais do que em erradicar os graves problemas do país?”, ponderou. “Como nação, é hora de refletir sobre os graves danos da polarização e buscar novos caminhos. Não é mais sobre qual lado tem razão, é sobre manter a serenidade e a esperança no Brasil que sonhamos e queremos ter.”
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou de 'absurdo' o decreto que colocou Bolsonaro em prisão domiciliar. 'A verdade é que Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso (o processo) começar', declarou o político em vídeo postado no X e Instagram. 'Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais?', questionou o governador, fazendo uma crítica à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão do ex-presidente.
Defendendo Bolsonaro, Tarcísio diz que Bolsonaro é acusado de 'uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar'.
Bolsonaro é investigado por sua participação na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, ele está em prisão domiciliar por ter descumprido medidas cautelares impostas pelo STF. O ex-presidente estava proibido de usar as redes sociais, até mesmo por intermédio de terceiros, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), postou um vídeo do pai discursando via telefone para manifestantes, o que foi considerado uma infração.
Como brasileiro, recebo com desânimo este episódio envolvendo a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Não gosto da ideia de um ex-presidente não poder se manifestar, e gosto menos ainda de vê-lo ser preso por isso, antes ainda de ser julgado pelo órgão colegiado da…
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) August 4, 2025
Correio do Povo

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