quinta-feira, 16 de maio de 2024

Água gera prejuízo superior a R$ 300 mil ao comércio na Cidade Baixa, em Porto Alegre

 Bairro ainda está coberto por lodo arrastado por enchente

Comerciantes tentam mitigar prejuízos gerados por enchente na Cidade Baixa 

Um odor fétido pairava no ar, nesta quarta-feira, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. O cheiro decorre da enchente, que extravasou bueiros e levou um mar de água marrom para o interior de residências e estabelecimentos comerciais. A redução da cheia permite que a maior parte das vias sejam transitáveis, mas o lodo toma conta da região, como se fosse lembrete do desastre, que gerou prejuízo superior a R$ 300 mil aos comerciantes.

Ainda há pontos de alagamento nas ruas João Alfredo, Luiz Afonso e República. Na última, uma miríade de peixes mortos e putrefatos se acumula no pátio da Escola Estadual Professor Olintho de Oliveira.

A maior parte do comércio no bairro ainda não reabriu, mas alguns lojistas arriscam retomar atividades na rua José do Patrocínio. É ali que a empresária Maira Andretta Motta tem uma loja de móveis.

Nesta manhã, os itens foram colocados do lado de fora do estabelecimento, enquanto o barro levado pela água era retirado. Ela se emociona ao falar sobre perspectivas de futuro.

"Não sei o que vai acontecer. Perdemos tudo e nosso prejuízo ultrapassa R$ 300 mil. Não há condição de pagar funcionários. Trabalhamos duro e pagamos impostos, mas agora fomos abandonados pelo poder público”, lamenta, com lágrimas nos olhos.

Na mesma rua, o veterinário Sérgio Bone tentava limpar uma poltrona suja de lodo. Ele espera reabrir a clínica o quanto antes, com expectativa que os equipamentos não tenham sido danificados. No momento do dilúvio, não havia animais na clínica veterinária.

"Somos especializados em cirurgia de animais. Creio que a maior parte dos nossos materiais ainda poderá ser utilizado, após serem esterilizados. A verdade é que apenas será possível calcular o prejuízo depois de atestarmos quais equipamentos teremos que jogar fora”, disse o doutor.

Correio do Povo

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