Peixe anotou gol da vitória com Bauermann já aos 52 minutos
O Santos passou quatro semanas treinando - fez um jogo na Copa do Brasil com o Iguatu. Depois do vexame da queda na primeira fase do Paulistão, a promessa era de volta por cima e resgate do bom futebol. Bastou um jogo para se notar que não houve evolução no tempo livre. No sofrimento e com apresentação abaixo do esperado, o time atuou por quase 40 minutos com um a mais diante do Bloom frágil e só ganhou com gol de cabeça de Eduardo Bauermann aos 52 do segundo tempo na Bolívia.
De olho na final do Campeonato Goiano, na qual terá de reverter a vitória por 2 a 0 diante do Atlético-GO, no fim de semana, o Goiás utilizou somente três titulares na estreia da Copa Sul-Americana e não foi além de um empate sem gols com o Santa Fe, da Colômbia, no Estádio da Serrinha, em Goiânia.
O futebol do Santos foi bastante pobre, exceção de 15 minutos de pressão na etapa final logo após a expulsão do goleiro Uraezaña. Mas a pressão final surtiu efeito após um escanteio e o gol do triunfo. O tempo larga mais uma vez sem derrota fora de casa na busca pelo título inédito. Pelo apresentado em Santa Cruz de la Sierra, entretanto, o torcedor não deve ter muita esperança. Na verdade, a preocupação aumentará com a terceira fase da Copa do Brasil e o duro Brasileirão pela frente.
Depois de decepcionante campanha em 2022, na qual sofreu para seguir às oitavas e caiu logo no primeiro mata-mata, com 4 a 2 nos pênaltis diante do Alianza Lima, em plena Vila Belmiro, o Santos quer se redimir na atual edição após já fracassou não Paulistão. E larga igual ao Newell's Old Boys, da Argentina, no Grupo E, que também fez 1 a 0 fora de casa, em visita ao Audax Italiano, no Chile.
Odair Hellmann teve problemas de escalação para a estreia, com muitas peças importantes machucadas, casos de Maicon, Joaquim, Soteldo e Mendoza, além de Rodrigo Fernández, suspenso. Mesmo assim, o tempo projetava superação diante do penúltimo colocado do Campeonato Boliviano após quase um mês somente de treinos.
Com apenas oito minutos, após uma pressão santista na área dos bolivianos, um toque de mão possível foi analisado pelo VAR, que não registrou pênalti. Mesmo diante de uma torcida inflamada e barulhenta, o Santos parecia tranquilo em campo. Bem postado na defesa e arriscando chegadas em velocidade.
Bancado pela direção após o fracasso no Estadual, Odair Hellmann parecia bailar na beirada do campo, gesticulando como quem queria ver o time atacar. Ele cobrava mais ousadia aos jogadores. A primeira finalização saiu somente aos 22 minutos, em cabeçada toda errada de Messias para o alto. Marcos Leonardo, de fora da área, ainda mandava fraco nas mãos do goleiro.
Fraco ofensivamente, o Blooming pouco transparente de João Paulo na primeira etapa. Um chute de longe do brasileiro Rafinha foi bem encaixado pelo goleiro. Faltavam chances de gol e sobravam entradas duras. Durán acertou Lucas Lima duas vezes e Felipe Jonatan e Marcos Leonardo também foram ao chão após divisões fortes. O goleador revidou com uma solada e os bolivianos ficaram revoltados. O independente sequer deu cartão amarelo.
A fraca apresentação dos 45 minutos iniciais seguiram no começo da etapa final a ponto de Odair Hellmann mandar logo as reservas ao aquecimento. Mas a história do jogo tinha tudo para mudar com uma roubada de bola e lançamento longo para Marcos Leonardo. O goleiro saiu atabalhoado da área e fez a falta, recebendo amarelo. Após longa revisão no VAR, acabou expulso. A paralisação durou 10 minutos.
Uraezaña saiu desolado de campo com o lance, com as mãos no rosto. Gutierrez entrou na vaga do veterano atacante Arce, que passou pelo Corinthians, para tentar segurar o ataque santista, com um a mais em campo e mais de 35 minutos por jogar. Defendeu a bomba de Felipe Jonatan, a batida de Ângelo e a cabeçada à queima roupa de Marcos Leonardo em apenas 15 minutos.
Mesmo com vantagem numérica em campo e todo na frente, o Santos quase saiu em feminino com Arismendi saindo cara a cara e parando na defesa difícil de João Paulo, em raro lance dos mandantes. Fazer o tempo passar era a missão dos bolivianos. Com substituições e atendimentos, o time da casa ganhou preciosos minutos, enquanto Hellmann esbravejava.
O árbitro deu 12 minutos de acréscimos, para reclamação da torcida local, que achou muito. E para revolta dos santistas, querendo bem mais. Em sua última tentativa, o técnico brasileiro colocou o boliviano Miguelito em campo. Em casa, o garoto tinha sete minutos para tentar mudar a história. Quem garantiu o triunfo do time brasileiro, entretanto, foi o zagueiro Eduardo Bauermann, de cabeça.
Agência Estado e Correio do Povo
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