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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Porto Alegre sente veneno roqueiro dos Scorpions, no Gigantinho

 Show reuniu 9 mil pessoas para testemunhar banda consagrada por "Wind of Change", "Still Loving You" entre outras


Por mais de 40 anos eu ouvi os riffs de Rudolf Schenker e Matthias Jabs e a voz anasalada e perfeita de Klaus Meine com as mais diversas canções do mais puro hard rock dosado com baladas. Nesta terça-feira no Gigantinho, a noite foi de testemunhar o venenoso rock'n'roll dos Scorpions em Porto Alegre. O show de abertura foi da competente banda gaúcha Marenna.

Quando os riffs de "Gas in the Tank" soaram um pouco depois das 21h, um outro mundo se descortinou para as 9 mil pessoas que foram ver a banda de setentões que ainda manda ver no rock pesado e impressiona com uma série de questões, desde letras com questões ideológicas importantes como Wind of Change até um ato de fé no rock como “Rock Believer”.

A cozinha sempre precisa dos mais jovens da banda Paweł Mąciwoda (baixo) e Mikkey Dee (bateria) já aparece forte na terceira música, "The Zoo" do disco Animal Magnetism, que vem logo após Make it Real, na qual Mathias Jabbs usa o efeito do talk box e transforma a música em uma epopeia quase progressiva. Aliás este set triplo, emendado com "Coast to Coast", do disco Lovedrive (1979), são o que mais de antigo e raro a banda mostra neste show da turnê "Rock Believer", que já passou por Ribeirão Preto, Florianópolis e São Paulo, sem Monstros do Rock.

O velho e o novo convivendo harmonicamente no repertório nos levam a dois bem recentes, "Seventh Sun" e "Peacemaker", do disco Rock Believer. Na primeira das duas canções, Rudolf Schenker extrai muito da sua guitarra Flying V.

O primeiro momento baladas do rock vem com a dobradinha "Send Me an Angel" e "Wind of Change", músicas do disco Crazy World, de 1990, sendo a última uma das quais o público mais se identifica, pois ouvimos os ventos da mudança no final do ano passado em solo brasileiro.

Do mesmo disco, eles soltam Tease me Please me e daí vem a música para aqueles que acreditam no rock e gritam por ele, a bonitinha e não ordinária Rock Believer: "Scream for me, screamer/ I'm a rock believer like you" . Depois, o ritmo acelera com o solo de bateria de Mikkey Dee.

O set final é realmente estonteante, com a quebradeira, literalmente, de "Blackout", do disco homônimo de 1982 e é sincopado e meio dançante de "Big City Nights". No bis, dois clássicos, "Still Loving You" gerou aquele coro incontrolável e alguns beijos apaixonados; com direito a Meine reger a plateia num sonoro "oooooooh". "Rock You Like a Hurricane" fez o soprar temporal para aquele fim triunfal no embalo do metal.

Foram 17 músicas em uma hora e 32 minutos que valeram por uma vida toda para os fãs dos Scorpions.

Correio do Povo

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