Ibovespa encerrou uma semana com ganho de 5,41%, em seu melhor desempenho desde dezembro
Após trabalhar em alta na maior parte da manhã e no início da tarde, acompanhando a onda de valorização da moeda americana no exterior, o dólar perdeu força nas duas últimas horas do pregão e emendou nesta sexta-feira, 14, a quarta sessão seguida de baixa. Entre mínimo a R$ 5,8934 e máximo a R$ 4,9646, a moeda encerrou o dia em queda de 0,23%, cotada a R$ 4,9151 - menor valor de fechamento desde 8 de junho de 2022 (R $ 4,8901).
O real, ao lado do peso colombiano, foi a única moeda relevante entre emergentes e de países exportadores de commodities a escapar do movimento global de fortalecimento da moeda americana, em dia marcado por aumento das apostas em alta de 25 pontos-base na taxa básica de juros americana em maio e correção dos ativos de risco, após piora das expectativas de sobrevivência nos EUA e fala dura de dirigente do Federal Reserve (Fed, o BC americano).
Termômetro do comportamento do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes, em especial o euro e o iene, o índice DXY operou em alta firme, e voltou a superar os 101.500 pontos. Na semana, contudo, o índice do dólar recuou cerca de 0,50%. A taxa do Tesouro de 2 anos, mais ligada a perspectiva para os rumores dos FedFunds, subiu quase 3% e tocou 4,14% na máxima.
Ibovespa
Mesmo em leve ajuste negativo nas duas sessões do intervalo, o Ibovespa encerrou a semana com ganho de 5,41%, em seu melhor desempenho desde a que antecedeu o Natal, entre 19 e 23 de dezembro, quando avançou 6,65%. Hoje, a referência da B3 fechou em baixa de 0,17%, aos 106.279,37 pontos, entre a mínima de 104.934,09 e a máxima de 106.700,62, com abertura aos 106.457,58 pontos. Fraco, o giro ficou em R$ 21,4 bilhões na sessão. No mês, o Ibovespa sobe 4,32%, com entusiasmo as perdas do ano a 3,15%.
O ganho semanal ocorre perda de 1,04% na anterior. Assim, nas últimas três semanas, o Ibovespa avançou em duas, considerando a que agora chega ao fim, mostrando melhora em relação a uma sequência de cinco perdas semanais, iniciada ainda em fevereiro e que se estendeu à penúltima semana de março.
Jurados
Os futuros subiram ao longo de toda a estrutura a termo, hoje especialmente nos vértices intermediários, em movimento de realização de lucros após as quedas recentes. A correção se deu em meio à piora da percepção sobre a política monetária nos Estados Unidos que também pressionou para cima os retornos dos Tesouros, apoiados por indicadores, especialmente de conversa, e falas de dirigentes do Federal Reserve. A virada do dólar para a queda no meio da tarde não foi capaz de aliviar as taxas, que, no entanto, devolveram prêmios na semana em relação aos ajustes da quinta-feira da semana passada.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,19%, de 13,15% ontem no ajuste, e do DI para janeiro de 2025 avançou de 11,77% para 11,87%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de uuu% (11,64% ontem) e o DI para janeiro de 2029 encerrou em 12,05%, de 12,01%. Na semana, a ponta curta caiu 4 pontos, enquanto os longos fecharam 30 pontos.
O exterior foi o principal vetor a conduzir os negócios no mercado de juros. O destaque local, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), mais fraca que o esperado, teve efeito pontual de baixa sobre as taxas no começo do dia. Depois acabou ficando em segundo plano, ofuscada por dados da economia americana divulgadores ao longo da manhã, seguidos por declarações "hawkish" de dirigentes do Federal Reserve, que eram as chances de em alta de jurar pelo Fed no encontro de maio para mais de 80 % no termômetro das apostas do CME Group. O diretor do Fed, Christopher Waller, afirmou que a política precisa continuar apertada por um período considerável - e por mais tempo que os mercados se antecipam.
Agência Estado e Correio do Povo
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