Diretores de escolas participantes de treinamento sobre sistema de segurança em Porto Alegre

 Objetivo é fortalecer as ações de segurança nas escolas

Um aplicativo que oferece comunicação instantânea com as forças de segurança para casos de ameaças é o mais novo aliado da comunidade escolar na Capital. Após o ataque a uma creche em Blumenau e barcos em redes sociais sobre novas ações em todo o país, diretores de escolas municipais e conveniadas participaram nesta sexta-feira de treinamento do Botão de Emergência. O objetivo do sistema antipânico, que foi viabilizado através da parceria entre a Prefeitura de Porto Alegre, o Instituto Cultural Floresta e a empresa BeOn, é fortalecer as ações voltadas para a segurança nas escolas. 

Durante o treinamento no Teatro do Bourbon Country, diretores das 98 escolas municipais e das 217 escolas conveniadas receberam orientações sobre como acionar o dispositivo via aplicativo em casos de ameaças. O secretário municipal de Segurança, Alexandre Aragon, explica que a maioria das escolas já tem monitoramento 24 horas. Com o aplicativo, os professores poderão chamar as forças de segurança de qualquer lugar via celular, uma vez que o comunicador é disparado via SMS. Aragon reforça que a ferramenta é apenas mais uma aliada na segurança escolar.

“Não temos nenhum indicativo, pelos órgãos de inteligência, que poderá acontecer algo semelhante em Porto Alegre”, afirma, em alusão ao caso de Blumenau. Ao acionar o Botão de Emergência, uma mensagem é enviada diretamente para o Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic). Fundador e Ceo do aplicativo Be On, Gustavo Caleffi afirma que a ferramenta já existe há cinco anos, está instalada em mais de 70 mil aparelhos celulares no Brasil e dispensa o uso de internet. 

“Não é a solução, é um mecanismo dentro de uma solução global que ajuda não só no fato consumado mas na percepção de algum risco eminente”, avaliando, reforçando que a prefeitura pode fazer o monitoramento em tempo real. O secretário adjunto de Educação, Mário de Lima destaca as ações preventivas da prefeitua, como vigilância e acompanhamento escolar por meio de câmeras interligadas ao Ceic. “O aplicativo é mais um elemento que se soma a esse conjunto de ações para a segurança dos alunos, professores e comunidade escolar”, ressalta.

Conforme Cláudio Goldsztein, do ICF, a intenção não é resolver 100% do problema ou sanar as dificuldades, mas dar um pouco mais de tranquilidade à comunidade escolar a partir do uso da tecnologia. “A ferramenta permite que saber o momento acionado do Botão de Pânico, o professor que acionou a localização geográfica onde o professor pede naquele momento”, frisa. Goldsztein facilita que ao menos 12 municípios imponham interesse em contar com a ferramenta, cujo desenvolvimento foi custeado pelo ICL sem custos para a prefeitura.


Correio do Povo

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