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sexta-feira, 21 de abril de 2023

Desembargador do caso Tacla Duran pede afastamento da Lava Jato

 Marcelo Malucelli, do TRF4, se declarou suspeito

desembargador Marcelo Malucelli , do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), pediu nesta quinta-feira afastamento da relatoria de processos da Operação Lava Jato. Na decisão, o magistrado se declarou suspeito para analisar os recursos de investigados na segunda instância. 

A declaração ocorreu após Malucelli passar a responder nesta semana a um processo aberto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar se o magistrado descumpriu decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o inquérito envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da Lava Jato.

Ao proferir uma decisão envolvendo Duran, o desembargador foi acusado de ter relações pessoais com a família do senador Sergio Moro (União-PR), fato que o impediria de analisar o caso.

"Ante a ocorrência de circunstâncias posteriores à data em que assumem os processos orientados da presente operação, em trâmite junto ao Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e que se relacionam com a integridade física e moral de membros da minha família, declaram minha suspeita superveniente, por motivo de foro íntimo, para atuar neste e em todos os demais processos relacionados por prevenção, a partir destes dados”, argumentou Malucelli.

Acusação

No mês passado, durante audiência com o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, Tacla Duran disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu.

Duran disse que foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha Moro e um advogado ligado à esposa dele, Rosângela Moro, que teria oferecido um acordo de delação premiada durante a investigação. A partir das menções, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo, tribunal responsável pela análise de questões envolvendo parlamentares com foro privilegiado.

Após a divulgação do depoimento, o senador Moro disse que não teme qualquer investigação: “desde 2017 [Tacla Duran] faz sentir falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”.


Agência Brasil e Correio do Povo

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