Integrantes da base do governo Bolsonaro e petistas estão lado a lado em um acordão para reeleger Arthur Lira presidente da Câmara dos Deputados. A “parceria” passa por aprovar a PEC da gastança, que eu chamo de PEC Argentina, que provocará um rombo de R$ 200 bilhões no teto de gastos.
Os deputados já esqueceram que Arthur Lira afirmou que haveria previsibilidade na pauta de votações e defesa do Parlamento caso fosse eleito, mas nunca cumpriu? Que um deputado foi preso por crime de opinião e que Lira trabalhou para que a prisão fosse mantida? Que Lira atuou pela derrota do voto impresso e que nada fez para pautar a volta da prisão após condenação em segunda instância e o fim do foro privilegiado? É pela manutenção desse estado de coisas que estamos vendo essa união esdrúxula?
Eu tinha esperança de que haveria uma postura diferente e que a escolha seria por alguém que representasse os anseios do Parlamento, que não quer mais ser rebaixado por outros Poderes. Arthur Lira está desrespeitando a vontade de quase 200 deputados ao não instaurar a CPI do Abuso de Autoridade do STF e TSE. Mesmo assim estão todos abraçados pela manutenção do status quo.
Vídeo de Marcel van Hattem
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