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sábado, 31 de dezembro de 2022

Relatório da Ford indica tendências mundiais de 2023

 Companhia norte-americana esboça futuro em meio a incertezas e busca por sustentabilidade nos mercados


Renato Rossi


É uma época em que os caminhos do mundo passam de novo pela terrível destrutividade da guerra, em que as relações humanas apenas se esboçam mas nunca são totalmente nítidas ou autênticas na competição entre seres humanos. Um tempo em que o mundo parece à beira de um abismo nascido do descaso com o meio ambiente. Neste cenário confuso as montadoras exercem cada vez mais a responsabilidade social como face vistosa do capitalismo.

A Ford Motor Company, empresa centenária publica anualmente o Relatório de Tendências, a partir de pesquisas nos Estados Unidos, Europa, América Latina, Ásia, Oriente Médio e África. O “sentir o mundo” exposto por milhares de pessoas que participaram da pesquisa obedece mais ao inconsciente: onde vivem temores, esperanças frustrações.

Esgotamento. As grandes tensões geradas no mundo, das guerras a predominância da tecnologia que também afasta as pessoas pelo “atalho” da internet, faz com que 58% dos adultos entrevistados revelem um estresse e “esgotamento” diante da vida em geral. A Pesquisa da Ford revela que, apesar do desalento diante de um mundo em crise, prevalece a esperança. Por exemplo a crença na educação que promove o ser humano. A maioria acredita que, em cinco anos a frente, o mundo estará melhor. E a maioria dos entrevistados em diversas culturas não desistiram da felicidade duradoura.

A Descrença: ponto interessante do relatório refere a mudança de postura com a política tradicional. 64% dos entrevistados afirmam que não se sentem representados nos partidos políticos. Optam pela “ação direta”. Por exemplo, boicote de consumidores a marcas que se omitem em relação as questões sociais e ambientais. Isto é marcante em relação às automobilísticas. Para 83% dos entrevistados, as empresas devem indenizar por danos ambientais e humanitários. Para os entrevistados, a ampliação da consciência social será determinante nas futuras opções de consumo.

A tecnologia media como os seres humanos se conectam e interagem com o mundo. O relatório mostra que há uma desconfiança generalizada por ter passos “rastreados online”. E 73% dos entrevistados afirmam que é assustador saber que as empresas conhecem muito sobre eles. Apesar da desconfiança, não estão dispostos a desistir das redes sociais que ajudam 7 entre 10 a se comunicarem. Há relação de amor e ódio. O “metaverso” pode ser a próxima fronteira.

Em vez de almejar a riqueza, a posição social acima de tudo, a maioria - principalmente os jovens - quer ganhar o suficiente para curtir as coisas de que gosta. O tradicional “expediente” das 8h às 18h ganha o significado de horas perdidas

No relatorio, 74% dos adultos imaginam o que querem para o futuro e dão passos concretos para uma possível realização pessoal. As pessoas “olham para dentro”. Apesar das guerras e violências diversas, a esperança esta no amor na fé e no perdão. E oito entre dez entrevistados afirmam que os erros são uma oportunidade para fazer melhor em vez de punir. Por fim, 90% são contra a guerra. Nada justifica.

Correio do Povo

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