Plano agora depende da homologação judicial para dar sequência a quitação das dívidas
Foi aprovado o novo Plano de Recuperação Judicial Modificativo para liquidação das dívidas da Aelbra, mantenedora da Ulbra, em assembleia geral de credores que aconteceu última sexta-feira (25). A proposta teve aprovação de 99% dos credores trabalhistas (chamada de Classe 1) e 90% de todas as outras categorias. Agora o plano depende da homologação judicial para dar sequência a quitação das dívidas.
O novo Plano prevê o pagamento aos credores trabalhistas especialmente através da venda e desfazimento de bens imóveis. O presidente da Associação dos Ex-Empregados Credores da Ulbra, Felipe Ferraz Merino, garante que novo plano é bem mais vantajoso porque agiliza o pagamento dos credores, com antecipação da quitação das verbas trabalhistas de pelo menos um grupo de credores.
Segundo ele, a nova proposta prevê o pagamento para a categoria trabalhista de um valor de R$ 361 milhões - R$ 100 milhões a mais que o plano anterior. “Uma entrada de R$ 50 milhões em dinheiro logo após a aprovação da assembleia, o que corresponde a R$ 10 mil para cada credor, e garantida de uma segunda parcela 12 meses depois da primeira, além de correção de 3% ao ano desde 2019.”
De acordo com Merino, uma outra novidade importante neste plano é que a Ulbra vai disponibilizar imóveis para pagar as dívidas e não vai se desfazer da Ulbra RS. “Ou seja, os empregos dos mais de 1,6 mil funcionários serão mantidos, bem como as atividades de ensino. Os credores serão beneficiados e os cursos não serão afetados”, garante o advogado da classe trabalhista, que soma cerca de sete mil dívidas trabalhistas. “O pagamento dos credores inicia 48 horas após a homologação judicial do plano, que não tem prazo para acontecer. Temos a expectativa que, pela importância do caso, a justiça faça a homologação de forma célere.”
Em contato com a Aelbra, ela informou que o Plano de Recuperação Judicial Substitutivo aprovado na Assembleia Geral de Credores é um aprimoramento do plano anteriormente aprovado. Ele atende melhor os credores de todas as classes, em especial os da Classe I (trabalhista), ao mesmo tempo em que permite a preservação da atividade econômica da rede de ensino.
Com o novo plano, a Aelbra assegura a sustentabilidade financeira da instituição, preserva a atividade de ensino sem prejuízos aos estudantes, mantém os empregos diretos e indiretos e passa a saldar a dívida com os credores. “Temos a convicção de que a Ulbra sairá mais forte da recuperação judicial do que quando ingressou. Em 50 anos de história, a instituição já transformou a vida de mais de 300 mil jovens a partir do conhecimento, mantendo um compromisso com a educação de Norte a Sul do Brasil. O desafio agora é crescer de maneira sustentável para recolocar a Ulbra no topo do ranking das melhores universidades do país.”
Correio do Povo
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