Responsáveis pelo atendimento médico e pelo evento foram indiciados por omissão de socorro
Ato pedindo justiça reuniu amigos e familiares de Alice de Moraes na Redenção em julhoA Polícia Civil indiciou cinco pessoas por omissão de socorro no caso da morte da jovem Alice de Moraes, 27 anos, ocorrida na madrugada de 17 de julho após o show da cantora Luísa Sonza, no Pepsi On Stage, na zona Norte de Porto Alegre. O inquérito já foi remetido ao Poder Judiciário.
Quatro dos indiciados são de uma empresa de atendimento de emergências, urgências e remoções com ambulâncias, sendo responsabilizados o sócio-proprietário, um médico regulador, uma técnica em enfermagem e o motorista/socorrista. Já o quinto indiciado é uma sócia-majoritária da produtora responsável pelo show.
“Eles levaram uma hora e meia para fazer o atendimento e ocorreu o evento morte. Entendemos que devem ser responsabilizados por isso, porque é missão de todo órgão de saúde cuidar de uma pessoa com risco de vida. Era o caso dela e avaliaram mal”, resumiu nesta sexta-feira o titular substituto da 4ª DP, delegado Alexandre Viera, referindo-se à equipe de atendimento médico contratada para o show.
“Todos são co-responsáveis e nesse sentido estamos acusando-os”, enfatizou o delegado Alexandre Vieira. “Deveriam ter o bom sendo de deslocar a ambulância até o hospital mais próximo”, acrescentou.
Os laudos periciais não foram conclusivos sobre a morte da jovem, descartaram qualquer substância ilícita e indicaram que ela estava alcoolizada. Alice de Moraes sentiu-se mal e faleceu enquanto esperava um efetivo socorro médico, rodeada por amigos. O delegado Alexandre Vieira acredita que ela possa ter sofrido uma parada cardiorrespiratória.
Correio do Povo
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