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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

RS contabiliza o menor número de internações por Covid-19 em um ano e meio

 Nesta segunda-feira, UTIs contavam com 166 pacientes positivados para o vírus



Com pouco mais da metade do total de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados, o Rio Grande do Sul possuia 1.639 pacientes internados em estado grave até o início da tarde desta segunda-feira. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a taxa de ocupação geral era de 51,21%. Do total, 166 pessoas apresentavam diagnóstico confirmado de Covid-19. É o menor número de internações desde 4 de junho do ano passado, quando havia 158 hospitalizações por conta da doença. Há nove meses, em 27 de março, as UTIs tinham 2.634 pacientes com o novo coronavírus.

Com a ocupação de leitos de UTI por Covid-19 no menor patamar em um ano e meio no Estado, a epidemiologista Carina Guedes Ramos, do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), avalia que é preciso observar qual será o impacto da circulação da variante ômicron no sistema de saúde nas próximas semanas. "São meses de queda progressista dos casos graves, de óbitos e das internações", afirma. Hoje, o hospital tem apenas quatro pacientes internados na UTI. "Foi algo visto só nas primeiras semanas da pandemia. A gente tem tido queda do número de casos", garante.

Carina atribui a redução dos casos de Covid-19 principalmente à vacinação e também às medidas não farmacológicas, como uso de máscaras. Ela explica que a queda das internações "mais realista" começou a aparecer com avanço da imunização. "Temos um programa de vacinação muito forte e uma cultura de vacinar e acreditar na vacinação. As pessoas pediram e buscaram por vacinas", destaca. Enquanto a vacinação se mantém em bom ritmo no Estado, a especialista alerta que Estados Unidos e países da Europa, onde parte da população resiste a tomar o imunizante, observam a disseminação da nova cepa.

"Chegou a determinado ponto porque as pessoas simplesmente não querem se vacinar. Aqui temos patamar elevado de imunização, o que é extremamente importante, inclusive para as populações mais jovens", frisa. Mesmo com a confirmação da transmissão comunitária da variante ômicron na Capital, Carina avalia que o cenário é positivo, embora seja preciso manter a cautela. "No momento não parece estar impactando, principalmente nos casos graves e óbitos. Isso provavelmente ocorre em função vacinação. Em outros países também não impactou tanto em casos graves, são mais casos leves", frisa.

O número de casos confirmados em dezembro no Estado atingiu o menor patamar em 20 meses, com 5.050 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus até o dia 27. Pelo segundo mês seguido, houve redução das mortes por conta da doença, com 207 óbitos. Dezembro se mantém como terceiro mês menos letal de toda pandemia no Estado, ficando atrás de abril (60) e maio (182) do ano passado. Para a epidemiologista, as festas de fim de ano e o período de férias podem repercutir no sistema de saúde. "No ano passado o aumento do número de casos ocorreu após as festividades", alerta.

Desde o início da pandemia, mais de 1,5 milhão de habitantes contraíram a Covid-19 no Estado, que já registrou um total de 36.414 mortes em decorrência do coronavírus. Com a maior circulação da nova variante, o número de internações pode apresentar crescimento a partir da segunda quinzena de janeiro. "Acredito que deve ter aumento, mas de casos leves. Vamos monitorar nas próximas semanas para ver qual foi esse impacto. Mesmo com orientação de medidas de afastamento, a gente sabe que o pessoal deu uma relaxada em relação a isso", afirma.

Correio do Povo

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