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domingo, 19 de dezembro de 2021

Porto Alegre e mais sete cidades somaram 25% do PIB do País em 2019

 


Pouco mais de um terço (36,2%) do PIB nacional estava reunido em apenas 25 cidades em 2019. As capitais brasileiras também concentravam, sozinhas, quase um terço (31,4%) da economia naquele ano. Um quarto da economia brasileira (24,8%) vinha de apenas oito municípios: São Paulo (10,3%), Rio de Janeiro (4,8%), Brasília (3,7%), Belo Horizonte (1,3%), Curitiba (1,3%) e Porto Alegre, Manaus e Osasco, com 1,1% cada.

Quase metade (49,8%) do PIB nacional estava em apenas 70 dos 5.570 de todos os municípios brasileiros. Se for considerado o grupo dos 100 maiores municípios, a parcela concentrada da riqueza brasileira ultrapassa a metade e alcança 55,2%.

O agrupamento da geração de riqueza também pode ser observado na análise por concentração urbana, ou seja, quando não considera os municípios ou arranjos populacionais com mais de 100 mil habitantes. As dez maiores concentrações urbanas brasileiras compõem cerca de 42,8% do PIB brasileiro (São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Campinas/SP, Salvador/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE).

De acordo com o analista de Contas Nacionais do IBGE, Luiz Antonio de Sá, a concentração é uma característica histórica do Brasil, formada muito antes do início da série do IBGE. “O que podemos observar, desde 2002, é que a economia brasileira está muito concentrada nas capitais. A soma das 27, considerando também Brasília, representa quase um terço da economia nacional. Há uma tendência de desconcentração, mas a participação das capitais ainda é bem alta”, aponta o analista.

Quando considerados os 100 maiores municípios em termos de valor de PIB, eles somavam mais da metade (55,2%) do PIB do Brasil em 2019. Na relação, o Sudeste aparece em destaque, com 58 cidades, que concentraram 35,3% das riquezas nacionais.

Cenário

Em 2019, 21,4% do PIB nacional vinha das capitais, a menor fatia da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002. Já a parcela das não capitais foi de 68,6% em 2019, ante 68,2% em 2018 e 63,9% em 2002.

Neste movimento de desconcentração da riqueza, o técnico do IBGE Marcelo Araújo destaca, no entanto, que a economia tem se deslocado para as grandes concentrações urbanas, especialmente as de São Paulo, e não para as cidades menores. “Quando se considera a análise por recortes regionais, o que se observa é que as capitais perderam importância no PIB nacional, mas quem ganhou foram as grandes concentrações urbanas, especialmente em São Paulo, e não as pequenas cidades”, apontou.

O Sul

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