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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

China afirma que países pagarão preço por boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno

 Washington anunciou um boicote no início da semana e denunciou as violações dos direitos humanos de Pequim


O governo chinês criticou nesta quinta-feira o boicote diplomático dos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá aos Jogos Olímpicos de Inverno que serão disputados em Pequim em fevereiro e prometeu que os países "pagarão" o preço por sua decisão. Washington anunciou um boicote no início da semana e denunciou as violações dos direitos humanos na China. Também afirmou que o tratamento reservado à minoria muçulmana dos uigures constitui um "genocídio".

Depois dos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá aderiram ao boicote diplomático ao evento esportivo. Embora a medida signifique apenas que representantes dos governos não serão enviados ao evento, sem impedir a viagem dos atletas, Pequim ameaçou adotar represálias.

"A utilização por parte dos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá da plataforma olímpica para uma manipulação política é impopular e isolacionista. Inevitavelmente (estes países) pagarão o preço de suas ações equivocadas", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

O porta-voz da diplomacia afirmou que a China não havia convidado os países em questão. "Venham ou não os seus representantes oficiais, os Jogos de Inverno de Pequim serão um sucesso", afirmou. "O esporte não tem nada a ver com a política. Os Jogos Olímpicos são uma grande reunião de atletas e fãs do esporte, não um cenário para que os políticos façam um espetáculo", disse. Os Jogos de Inverno acontecerão de 4 a 20 de fevereiro, mas em consequência das restrições para a entrada de estrangeiros na China pela Covid-19 poucos políticos devem viajar a Pequim.

O presidente russo Vladimir Putin será um dos poucos a viajar a Pequim, depois de aceitar o convite do colega chinês Xi Jinping. França e Alemanha afirmaram que abordarão com os outros países da União Europeia (UE) uma possível adesão ao boicote diplomático.

Após uma reunião com a nova ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, o chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, disse que o tema será discutido "entre europeus". "Quando afirmamos de maneira coordenada, queremos dizer de maneira coordenada. Não chegamos dizendo: 'Esta é a posição que acreditamos que devemos alcançar' (...) Somos partidários de uma posição comum da UE", completou Le Drian.

Sua colega alemã afirmou que o novo governo do país também examinará a questão do boicote diplomático, "mas sempre de acordo" com os sócios europeus. Pouco antes, um ministro francês chegou a anunciar que o país enviaria representantes políticos aos Jogos de Inverno.

"Temos que condenar as violações dos direitos humanos na China, porque existem, mas quando trata-se de competições esportivas precisamos ter a atitude adequada", afirmou o ministro da Educação e Esporte, Jean-Michel Blanquer.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou na quarta-feira que pretende manter uma posição neutra, mas destacou que o importante é "a participação dos atletas". Várias organizações de defesa dos direitos humanos apoiaram o boicote.

A diretora da Human Rights Watch na China, Sophie Richardson, considerou a medida "um passo crucial para desafiar os crimes contra a humanidade do governo chinês contra os uigures e outras comunidades de língua turca".

Os ativistas afirmam que pelo menos um milhão de uigures e outras pessoas da minorias muçulmanas foram detidas em campos em Xinjiang, onde Pequim também é acusado de impor trabalhos e esterilizações forçadas. A China afirma que os campos são centros de formação para reduzir a atração exercida por grupos de extremistas islâmicos.


AFP e Correio do Povo


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