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sábado, 25 de dezembro de 2021

Banco Central registra entrada de mais de 4 bilhões e meio de reais no País em novembro

 


O Banco Central (BC) registrou entrada de US$ 4,6 bilhões em Investimento Direto no País (IDP) em novembro, número 96,7% maior do que o mesmo mês de 2020, quando o IDP foi de US$ 2,3 bilhões.

No entanto, o resultado do mês é praticamente metade do registro em novembro de 2019, antes da pandemia. O resultado dois anos atrás foi de US$ 8,7 bilhões.

O número também veio acima da projeção do BC divulgada no mês passado. Na época, a instituição estimava um IDP de US$ 3,9 bilhões.

O resultado foi influenciado principalmente por uma entrada de US$ 4,8 bilhões em participações de capital e uma saída de US$ 172 milhões em operações intercompanhia.

O IDP engloba investimentos duradouros no país, como a expansão da capacidade produtiva de uma fábrica ou investimentos em uma nova filial de uma empresa estrangeira. Por isso, depende que os investidores tenham segurança no momento de tomar as decisões.

Na semana passada, o Banco Central revisou sua projeção de IDP para este ano de US$ 55 bilhões para US$ 52 bilhões. Até o mês de novembro, o acumulado foi de US$ 50,3 bilhões. Para 2022, a expectativa é, novamente, de US$ 55 bilhões.

Já os investimentos no mercado financeiro, que são mais voláteis e seguem as incertezas e seguranças do momento, tiveram entrada de US$ 989 milhões em outubro. Foram US$ 155 milhões em ações e fundos de investimento e US$ 833 milhões em títulos de dívida. Nos doze meses terminados em novembro, o resultado é de US$ 32,1 bilhões.

Volta do turismo

As despesas com viagens, tanto de brasileiros no exterior como de estrangeiros no Brasil, vêm subindo no últimos meses, indicando uma volta do turismo.

Em novembro, os brasileiros gastaram US$ 618,5 milhões no exterior, o maior patamar desde fevereiro de 2020, mês em que a pandemia foi decretada.

Apesar de estar em recuperação, o número está bem abaixo do que era antes da pandemia. Em 2019, esses gastos eram de US$ 1,5 bilhão por mês.

As despesas de pessoas de fora no Brasil registraram o maior nível desde março de 2020. Foram US$ 320 milhões em novembro, contra US$ 385 milhões no início da pandemia. Antes da pandemia, em 2019, a média mensal desses gastos era de US$ 500 milhões.

Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, ressalta que os gastos com viagens apresentaram uma recuperação mais forte no segundo semestre e que ainda não é possível saber o efeito da variante Ômicron nesse setor.

“Existe um momento de incerteza, indefinição, que é comum na maioria dos países, mas vai depender, a ser confirmado como essa variante se mostra, podemos prosseguir na recuperação das despesas ou ao contrário permanecer caminhando mais lentamente de uma forma um pouco mais gradual, mas esperemos que não seja grave”, disse.

Balanço com déficit

O balanço de pagamentos do país apresentou déficit de US$ 22,4 bilhões até novembro deste ano, um aumento em 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o déficit era de US$ 16 bilhões.

Embora as exportações e importações de bens estejam em níveis bem mais altos do que no ano passado, o superávit comercial é menor e há um crescimento nas despesas no exterior, como o caso das viagens.

O resultado do balanço é a soma da balança comercial, dos serviços e da conta financeira, que reúne juros e remessas de lucros e dividendos ao exterior.

O Sul

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