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sábado, 14 de agosto de 2021

RS é o sexto em apreensões de cargas de defensivos

 Estudo do Idesf indica que comércio ilegal de agroquímicos chega a R$ 7,8 bilhões por ano e é muito superior ao detectado pela fiscalização

O Rio Grande do Sul é o sexto estado brasileiro com maior número de apreensões de cargas contrabandeadas de defensivos agrícolas, somando entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2021 um total de 14,4 toneladas de produtos irregulares interceptados pelas forças policiais, de um total de 214 toneladas no país.

De acordo com o documento “O Mercado Ilegal de Defensivos Agrícolas no Brasil”, produzido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), o comércio de agroquímicos ilegais é muito superior ao que as apreensões conseguiram detectar e representa 24% do mercado de defensivos agrícolas do país, o equivalente a R$ 7,8 bilhões por ano. As principais rotas de contrabando são, além do Rio Grande do Sul, os estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso.

O presidente do instituto, Luciano Stremel Barros, observa que a diferença de legislações entre os países do Mercosul tem favorecido uma cadeia de crimes, que, além do contrabando, inclui a falsificação e o desvio de finalidade das substâncias. “Não são apenas danos econômicos que o contrabando de defensivos traz, mas também ambientais”, aponta Barros, para quem o alinhamento das legislações dos países do bloco diminuiria a “atratividade” da importação de produtos ilegais.

O deputado Jerônimo Goergen, presente no lançamento da pesquisa, é autor de um projeto de lei que inclui entre os crimes hediondos o roubo, furto, receptação e contrabando de defensivos agrícolas. Conforme o parlamentar, o projeto que tramita nas comissões da Câmara dos Deputados já sofreu resistência até da bancada agropecuária sob o argumento de que o produtor é muitas vezes obrigado a buscar produtos mais modernos em outros países por não terem registro no Brasil.


Correio do Povo

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