AdsTerra

banner

terça-feira, 27 de julho de 2021

Com falta de estoques, dez capitais brasileiras suspendem aplicação da primeira dose de vacinas contra o coronavírus

 


Ao menos dez capitais brasileiras estavam com com a aplicação de primeira dose da vacina contra o coronavírus suspensa nesta segunda-feira (26), devido à falta de imunizantes. São elas Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Belém (PA) e Campo Grande (MS).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que não há estoques parados de vacina e criticou Estados e municípios pela elaboração de regras próprias na campanha. Segundo ele, o desrespeito ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem sempre grande potencial para gerar confusão.

Ele disse, ainda, que a distribuição das cotas para cada Estado será normalizada até esta quarta-feira (28), com a entrega de 12 milhões de doses. Segundo nota oficial da própria pasta ministério, porém, a remessa totalizará 10,2 milhões – 4,8 milhões do imunizante de Oxford, 3,3 milhões da Coronavac e 2,1 milhões da Pfizer.

Antes, o governador paulista João Doria havia postado em suas redes sociais a informação de que o Ministério da Saúde estaria mantendo 16 milhões de doses paradas, enquanto “centenas de brasileiros ainda morrem por falta de vacinas”. O político tucano atribuiu o problema a uma “vergonhosa falta de gestão e senso de urgência”.

Após sair de reunião com o presidente Jair Bolsonaro, Queiroga negou que existam vacinas paradas e atribuiu a suposta lentidão a questões burocráticas: “Quando as vacinas chegam no aeroporto, precisam ser avaliadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] e pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde [INCQS], além da da Receita Federal”.

Elogios à distribuição

O ministro frisou, em seguida, que a estratégia de distribuição é digna de elogios. “Uma prova disso é que o Brasil está atualmente com média móvel de mortos mais baixa, em 1.101 mortos por dia”, prosseguiu. “Não que eu esteja achando isso pouco, mas para quem já teve 4 mil óbitos em 24 horas, já é um sinal de acerto das políticas públicas colocadas pelo Ministério da Saúde e executadas por Estados e municípios.”

Questionado sobre a suspensão das campanhas nas capitais, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, atribuiu a situação ao ritmo acelerado de aplicação das doses nessas cidades. Ele citou como exemplo o Rio de Janeiro.

“Fizemos entrega na semana passada para o município do Rio de Janeiro, e há uma entrega prevista para a noite desta segunda-feira”, relatou. “Isso estava previso para esta terça-feira, mas acabou acelerada em função do ritmo da vacinação. Vamos entregar mais de 10 milhões de doses nesta semana para todo o País.”

Ele acrescentou que a pasta já avalia possíveis mudanças nas entregas para tentar evitar falta de doses: “Estamos começando a estudar com o DLOG [departamento de logística] a possibilidade de que, dado que o ritmo está acelerado, em vez fazer uma entrega semanal fazermos duas entregas semanais, para garantir que não falte na ponta a vacina”.

O Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário