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sábado, 13 de março de 2021

Sobre ciência, vacinas e a indústria farmacêutica!! - CARLOS ROBERTO SCHWARTSMANN

 


Hoje contra o coronavírus temos as vacinas da: AstraZeneca, Sinovac, Pfizer, Moderna, Sputnik e Janssen. (Foto: Reprodução/Niaid)


Com a pandemia todos argumentos se baseiam e falam em nome da poderosa ciência. Ela não tem data de nascimento, nem tampouco definição. Segundo o dicionário é “o conhecimento e a comprovação teórica de um fenômeno observado”.

Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna.

Ao defender que “a terra gira em torno do sol” quase acabou na guilhotina. Mas ele tinha razão!!

Morreu em 1642. Um ano depois nascia Isaac Newton que formulou a “teoria da gravidade” após uma maçã cair sobre a sua cabeça.

A ciência médica, propriamente dita, provavelmente iniciou em 1862 quando Louis Pasteur descobriu o universo oculto dos microrganismos e introduziu a pasteurização que destrói, pelo aquecimento, as bactérias patogênicas.

Assim o leite podia ser transportado sem sofrer decomposição.

Mas a primeira interferência nas leis da natureza biológica foi realizada por Edward Jenner, em 1789.

Ele observou que quem lidava com gado não contraía varíola! Fruto desta observação realizou uma arriscada e ousada operação: inoculou pus extraído de feridas de vacas contaminadas em um menino de oito anos (James Phipps). A varíola bovina é branda para o homem e o menino nunca desenvolveu a doença humana: estava descoberta a imunização. A palavra vacina vem do latim “vaccinus” (vaca). Jenner não conseguiu justificar convincentemente o fenômeno e foi ridicularizado pelo Royal Society (academia de ciência do Reino Unido). A existência do vírus só foi comprovada em 1931 com a descoberta da microscopia eletrônica. Em 1979 a OMS declarou que a varíola estava erradicada do mundo.

Provavelmente a vacina mais eficaz da história é a vacina da poliomielite (paralisia infantil).

Desenvolvida por Salk em 1954 (vírus mortos) e Sabin em 1962 (vírus atenuados).

A vacina Sabin permite vacinação em massa por via oral. O vírus atenuado, contido nas fezes dos vacinados, pode conferir imunidade aos não vacinados que entram em contato nas regiões com pouco ou sem nenhum saneamento básico.

No Brasil inspirou o “ZÉ GOTINHA” na campanha da vacinação.

A vacina de Sabin destronou a de Salk por ser mais barata, administração oral e disseminação pelas fezes.

Hoje contra o coronavírus temos as vacinas da: AstraZeneca, Sinovac, Pfizer, Moderna, Sputnik e Janssen.

No futuro saberemos qual é a melhor. Hoje elas são negociadas pelos governos do mundo inteiro com pouca transparência e muita barganha.

Dizem que elas podem custar de 30 a 300 reais cada.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, afirmou que “os líderes políticos devem transformar as vacinas num bem público global. Precisamos de justiça para com os países pobres”.

As duas maiores indústrias do mundo têm objetivos diferentes: A bélica, sabe que em última instância, vai matar pessoas! A indústria farmacêutica tem como objetivo salvar pessoas!

Entretanto, no fundo elas são iguais: querem mesmo é ganhar dinheiro e distribuir o lucro aos seus acionistas.

Lamentavelmente, o humanismo de Sabin, que renunciou aos direitos de patente, não existe mais!!!!

 

Carlos Schwartsmann (Médico e professor)




O Sul

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