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quinta-feira, 18 de março de 2021

"Previdência não se sustenta para os próximos anos", diz Melo ao defender reforma enviada à Câmara

 Em videoconferência, nesta quarta-feira, prefeito de Porto Alegre também reforçou da necessidade de venda da Carris



Em videoconferência promovida pelo Conselho Deliberativo da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (SERGS), transmitida pelo Youtoube, na manhã desta quarta-feira, o prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo apresentou algumas das ações previstas para sua gestão. Entre elas, a proposta para reforma da previdência, uma solução para a crise no transporte público da Capital, além do enfrentamento da pandemia do coronavírus.         

Melo destacou que a prefeitura apresentou uma proposta de reforma da Previdência municipal à Câmara, que trata da aposentadoria dos servidores vinculados ao regime próprio de previdência social. Ele ressaltou que a reforma é necessária devido  aos gastos com aposentadorias, pensões e contribuição patronal – que devem atingir R$ 1,7 bilhão em 2021. “A previdência não se sustenta para os próximos anos se não for tomada alguma atitude. As modificações propostas visam a aprimorar o projeto de lei, com regras de transição para os atuais servidores municipais”, revelou o prefeito. 

Ele lembrou, ainda, que o sistema de previdência municipal tem hoje 17 mil aposentados e pensionistas para 13 mil servidores ativos. “Quase a totalidade são pagos com recursos do município. O subsídio é de R$ 3,5 milhões por dia, o que equivale a 17,2% de toda a receita”, enfatizou Sebastião Melo. 

O prefeito também abordou a situação da Carris em Porto Alegre. Para ele, os porto-alegrenses não podem continuar recebendo um serviço de transporte público "tão precário". "A empresa transporta 22% do sistema e não está atendendo o cidadão como deveria. Ou vendemos a Carris ou teremos que aportar 16 milhões. É uma questão de necessidade”, afirmou Sebastião Melo, lembrando que o sistema de transporte coletivo da Capital colapsou em 20% devido altas isenções. “Muitos passageiros não utilizam mais os ônibus por estarem em home office, e também pela facilidade do transporte por aplicativos”, destacou. 

Ao falar sobre as medidas para tentar conter o avanço da pandemia do coronavírus na Capital, Melo destacou que a prefeitura disponibilizou mais de 600 vagas em leitos clínicos e 200 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além de 60 leitos de enfermaria no Hospital Sanatório Partenon. Ele também enalteceu as parcerias solidárias e lembrou que durante a semana as unidades de saúde terão o horário estendido até as 22 horas para  aliviar a pressão sobre as emergências dos Pronto Atendimentos e dos hospitais. “Estamos trabalhando diuturnamente para salva vidas”, ressaltou. 

Ainda durante a live, o prefeito falou sobre a divisão de responsabilidade na gestão da crise sanitária causado pela Covid-19. “Fomos convencidos a participar como cogestores, mesmo achando que deveríamos ter uma bandeira própria no enfrentamento da doença. No entanto, o governador, de forma unilateral, rompeu o decreto há duas semanas e agora está dizendo que voltará a cogestão. Ela tem que ser pra valer, não pode ser temporária”, ressaltou Melo, que enfatizou, ainda, que os serviços essenciais não deveriam ter horário de redução.  

O presidente da  SERGS, Luis Roberto Ponte, parabenizou o prefeito pelas considerações e a forma utilizada na condução dos problemas da cidade e, principalmente no combate a pandemia da Covid-19. “O prefeito está demonstrando que é possível realizar ações para o bem da cidade utilizando o diálogo e fazendo intercâmbios e parcerias”, afirmou Ponte.  


Correio do Povo


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