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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Instituto do Cérebro do RS inaugura expansão de estrutura

 Oferta de exames ligados ao cérebro e pesquisas sobre o tema será realizado em uma área de nove mil metros quadrados


Com um investimento de R$ 66,8 milhões, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) inaugurou nesta segunda-feira a expansão de sua estrutura para oferecer mais exames e serviços à população e empresas, além de ampliar o desenvolvimento de pesquisa de ponta com foco no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do cérebro.

A oferta de exames ligados ao cérebro e pesquisas sobre o tema será realizado em uma área de nove mil metros quadrados. A inauguração da ampliação do instituto foi realizada no dia em que a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) completou 72 anos de existência. Com dois anos de duração, as obras iniciaram em outubro de 2018 e triplicaram a atual estrutura de tamanho, passando de 2.549 metros quadrados para 9.335 metros quadrados. 

O investimento na construção recebeu recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O vice-reitor da Pucrs e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa, afirmou que o instituto se consolida como um polo de desenvolvimento, pesquisa e inovação na busca de soluções às doenças que acometem o cérebro e orientado às demandas do paciente e sociedade. "O InsCer é uma referência nacional e internacional que une assistência, pesquisa e inovação em um só lugar, um projeto idealizado e desenvolvido de maneira integrada e multidisciplinar. Estamos ajudando a construir o futuro da saúde e da ciência mundial”, ressaltou Costa. O Instituto é conduzido por aproximadamente 120 neurocientistas e é uma iniciativa com oito anos de atuação que coloca o Estado como referência nacional e internacional no tema. 

A cerimônia contou com as presenças do prefeito Nelson Marchezan Júnior, do reitor da Pucrs, irmão Evilázio Teixeira, e do secretário municipal da Saúde, Pablo Stürmer. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, que participou da solenidade através de videoconferência, disse que a mola propulsora do desenvolvimento de um país é necessariamente a educação através do ensino, da tecnologia, da pesquisa e da inovação. "É uma brilhante iniciativa da Pucrs expandir e ampliar a estrutura do InsCer", ressaltou o ministro. Conforme Costa, diferente de outros institutos que existem no país, as pesquisas desenvolvidas no instituto têm foco no paciente, e a estrutura reúne centro clínico, ambulatório e produção de radiofármacos. "Não é apenas uma entrega de estrutura e sim um investimento para resolver problemas centrados nas pessoas, com novas tecnologias, maiores possibilidades de trazer profissionais de pesquisa da área de Medicina e, por fim, prevenir e colaborar para tratamentos que possam salvar vidas", ressaltou o vice-reitor. 

A nova estrutura conta com sete laboratórios altamente equipados que foram construídos e representam um avanço nas pesquisas, com espaços que favorecem a interação entre cientistas. Os ambientes são dedicados exclusivamente aos estudos pré-clínicos do cérebro. O Centro de Pesquisa e Investigação Clínica, organizado em nove ambientes inclui espaço diferenciado para registros de polissonografia e moderno simulador de exame de ressonância magnética para que o paciente se familiarize com o procedimento. Novos exames e tecnologia de diagnóstico e reabilitação serão oferecidos à população, como a estimulação magnética transcraniana e as avaliações neuropsicológicas e multidisciplinares. A ampliação da Centro de Imagem Molecular com a aquisição do estado da arte em ressonância magnética permitirá maior precisão diagnóstica e estudos funcionais qualificados oferecidos à comunidade. A síntese e produção de novos radiofármacos voltados às doenças neurodegenerativas e oncológicas vai ser ampliada e intensificada.

Com a nova estrutura, o Centro de Produção de Radiofármacos também teve sua capacidade de desenvolvimento ampliada. Agora, todo o processo de produção destas novas substâncias vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes. Denominado de Pesquisa Translacional, o ciclo vai ocorrer em uma nova e ampla estrutura, totalmente focada nas pesquisas e no atendimento ao paciente. Os radiofármacos são substâncias utilizadas em doenças neurodegenerativas e oncológicas e têm despertado grande interesse no mundo inteiro em função da expressiva ocorrência na população. 

A expansão do InsCer custou um total de R$ 66,8 milhões. Deste total, R$ 60,1 milhões são provenientes do empréstimo da Finep - o primeiro a ser enquadrado na linha de financiamento Inovação Crítica da Finep, em 2018. A linha é destinada a propostas que expressem a necessidade de desenvolvimento tecnológico para atendimento a prioridades nacionais de interesse estratégico. Os outros R$ 6,6 milhões são contrapartida da Pucrs.


Correio do Povo

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