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domingo, 29 de novembro de 2020

Hacker suspeito de invadir site do TSE nas eleições estava em prisão domiciliar

 Homem preso na manhã deste sábado pela Polícia Federal usava tornozeleira eletrônica após ataque semelhante a uma empresa de energia



O hacker suspeito pela invasão ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o primeiro turno das eleições municipais de 2020 cumpria prisão domiciliar ao praticar o crime. Ele foi preso na manhã deste sábado em uma operação conjunta entre a Polícia Judiciária de Portugal e a Polícia Federal do Brasil.

A informação foi dada pelo chefe de combate a crimes virtuais da Polícia Judiciária de Portugal, Rogério Bravo. "A prisão domiciliar foi decretada, mas com a pandemia houve uma espécie de abuso das condições impostas. Portanto, agora ele terá que se apresentar para um novo interrogatório para se apurar o que aconteceu", disse Bravo em entrevista.

De acordo com a polícia portuguesa, o hacker de 19 anos foi colocado em prisão domiciliar no mês de março, após efetuar um ataque a uma empresa de energia elétrica em Portugal e usava tornozeleira eletrônica. Impedido de utilizar um computador pessoal, ele alega ter invadido o sistema do TSE por um celular.

Prisão

A Operação Exploit, que resultou na nova prisão do hacker português, também cumpriu três mandados de busca e apreensão no Brasil, além de três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados em São Paulo e Minas Gerais.

O inquérito policial aponta que o grupo liderado pelo hacker português acessou ilegalmente os servidores da Justiça Eleitoral brasileira. A PF apura os crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.

Ataque

De acordo com o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, o ataque hacker do primeiro turno foi um dos motivos da lentidão que os eleitores enfrentaram para justificar ausências pelo aplicativo e-Título.

"Houve uma tentativa de ataque com um grande volume de acessos simultâneos, mas foi totalmente neutralizado pelo TSE e pelas operadoras de telefonia e portanto sem qualquer repercussão sobre o processo de votação", disse Barroso em coletiva de imprensa.

"Obviamente houve um subdimensionamento ou problema técnico, sobretudo causado pelo desligamento de um dos servidores. Tivemos uma dificuldade e vamos consertar já para o segundo turno", afirmou Barroso.

O TSE disse que não vai se manifestar oficialmente sobre a prisão do hacker em Portugal, porque a investigação ainda está em andamento.

R7 e Correio do Povo

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