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sábado, 21 de novembro de 2020

Apagão agrava situação de reserva de animais silvestres no Amapá

 Mais de cem quilos de proteína animal armazenados foram perdidos pelos incidentes que atingiu 13 das 16 cidades do estado




A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) – Revcom, em Santana, no Amapá, que abriga quase 300 animais silvestres resgatados, tenta se recuperar dos prejuízos decorrentes do apagão que atingiu 13 das 16 cidades do estado, após incêndio em uma subestação de energia na capital, Macapá.

Com a falta de energia elétrica, mais de 100 quilos de proteína animal e quase 200 quilos de vegetais processados que estavam armazenados foram perdidos. Segundo Paulo Amorim, pediatra hoje aposentado, que cria e administra a reserva desde 1998, o volume de carne perdido seria suficiente para alimentar os animais carnívoros por mais de uma semana. Já as frutas e legumes durariam um pouco menos.

“Tivemos um prejuízo terrível. Depois, ainda tivemos que enfrentar problema do dia a dia. Passamos a fazer compras diárias, pois não havia como guardar os alimentos. E é preciso muito alimento, o que representa gastar entre R$ 300 e R$ 400 por dia”, disse Amorim à Agência Brasil.

“Só uma anta come cerca de 30 quilos de comida por dia. Um gavião-real come o equivalente à metade de galinha por dia. O gato mourisco [ou jaguarundi] consome 800 gramas de carne por dia, e por aí vai”, acrescentou. Ele disse que há tempos se tornou um “pedinte profissional” para conseguir o dinheiro necessário à manutenção do local.

Idealmente, a unidade de conservação exigiria gastos da ordem de R$ 35 mil mensais. No entanto, segundo Amorim, o local funciona com déficit de cerca de R$ 16 mil mensais.


Agência Brasil e Correio do Povo

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