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quarta-feira, 17 de junho de 2020

MP calcula valor desviado do Inter em R$ 13,1 milhões

Direção esperava referência para tentar reaver verba supostamente desviada em 2015/16. Ação na esfera civil correrá em paralelo à criminal

Rombo é de mais de R$ 13 milhões, segundo MP

Os atuais dirigentes colorados nunca esconderam a disposição de buscar na Justiça o ressarcimento financeiro pelos supostos danos causados ao clube pelos seus antecessores. Não se trata nem de uma opção, mas de imposição do cargo, como repetiu algumas vezes o presidente Marcelo Medeiros em suas entrevistas. Porém, até agora, faltava um número, uma referência de valor que pudesse balizar uma ação do clube contra o ex-presidente Vitorio Piffero e seus companheiros de gestão na esfera civil. Agora, não falta mais.
conjunto de denúncias apresentado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça em novembro do ano passado, ao qual o CP teve acesso, apresenta um cálculo exato do valor que teria sido desviado pelos dirigentes da gestão passada, segundo as investigações do próprio MP. A denúncia número 1, que trata somente do “Núcleo Finanças e Patrimônio”, contabiliza que foram retirados exatos R$ 12.885.179,26 dos cofres do Inter entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016.
Na denúncia número 2, do “Núcleo Futebol”, os supostos danos financeiros são bem mais modestos. Segundo os documentos entregues à Justiça, o então vice-presidente de futebol Carlos Pellegrini teria ficado com a quantia de R$ 248.999,00 em uma série de negócios, como as contratações de Réver (zagueiro), Paulo Cézar (lateral) e Ariel (centroavante) e as renovações de contrato de Alisson (goleiro) e Cláudio Winck (lateral). O total dos desfalques, portanto, chega a R$ 13.134.178,26.
Na esfera criminal, o processo envolvendo os ex-dirigentes, além de alguns empresários, está a cargo da 17ª Vara Criminal de Porto Alegre. Desde o início da pandemia, não houve movimentações ou despachos. Mas é na esfera civil que o clube deve buscar um ressarcimento em processo que correrá em paralelo ao criminal. Os atuais dirigentes colorados tratam com reserva o assunto, mas Medeiros colocou como "questão de honra" ingressar com a ação ainda durante a sua gestão. Ou seja, até dezembro.

Os denunciados 

Piffero está denunciado na Justiça por estelionato e organização criminosa. De acordo com o MP, era “impossível” ele não ter conhecimento dos fatos ocorridos, principalmente pelos altos valores envolvidos. Ou seja, o MP aplicou ao ex-presidente a “teoria do domínio do fato”. “O denunciado Vitorio Carlos Costi Piffero, além de organizar e viabilizar a forma como os valores, supostamente destinados às empresas de construção, eram sacados repassados, nos dois momentos das fraudes, concorreu, também, para as práticas delituosas com o domínio gerencial e funcional dos desvios perpetrados contra o Sport Club Internacional, com natural conhecimento, decorrente de sua função de gestor principal efetivamente participativo das atividades administrativas e financeiras do clube, do dispêndio de mais de 12 milhões de reais, destinados a obras não realizadas”, afirma a denúncia do MP em suas páginas 23 e 24.
Affatato, por sua vez, aparece na denúncia como aquele que “exercia o comando operacional da organização criminosa, além de ser o destinatário direto da maior parte dos valores identificados como obtidos ilicitamente em prejuízo do clube”. Ainda segundo o documento, resultado de quase dois anos de investigação, coube a Affatato “organizar a dinâmica criminosa, desde os saques, pagamentos diretos ou repasses de valores, alegadamente destinados a obras, até a orquestração das falsificação do conteúdo das notas fiscais que justificam fraudulentamente tais despesas, além dos atestes que certificavam como executados os serviços inexistentes”. 
Já Carlos Pellegrini aparece na denúncia como destinatário de valores pagos por empresários e agentes de futebol como “prêmio” por negociações feitas por ele na condição de vice-presidente de futebol. Os recursos teriam sido pagos a ele, diretamente em sua conta bancária.
Os atuais dirigentes do Inter foram procurados pela reportagem, mas preferiram não se manifestar antes da publicação da matéria. Os advogados de Vitorio Piffero, Pedro Affatato e Carlos Pellegrini também foram contatados. Nei Breitman, advogado de Vitorio Piffero, reafirmou que seu cliente “desconhece a existência de algum desvio de recursos do clube na época em questão e afirma que, se eventualmente houve algum, ele desconhece”. 
A advogada de Pedro Affatato, Bruna Aspar Lima, disse que seu cliente “irá se manifestar apenas nos autos do processo”. Já o advogado de Pellegrini, Jorge Teixeira, enviou toda a defesa apresentada à Justiça, na qual reitera a inocência do ex-vice de futebol e justifica o recebimento de valores em sua conta bancária como sendo provenientes de honorários de sua atividade profissional como advogado.
Correio do Povo

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