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sábado, 25 de janeiro de 2020

Morre aos 84 anos o jornalista, advogado e político Ibsen Pinheiro

Parlamentar conduziu impeachment de Collor e foi quadro histórico do MDB desde os anos 1970

| Foto: André Ávila / CP Memória

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Morreu nesta sexta-feira o jornalista, advogado e político Ibsen Pinheiro, aos 84 anos. Procurador de Justiça aposentado, ele também seguia como conselheiro deliberativo do Inter. "É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do jornalista Ibsen Pinheiro na noite desta sexta-feira, dia 24 de janeiro. Ibsen sofreu uma parada cardiorrespiratória enquanto passava por tratamento de saúde no Hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre", confirmou o MDB em nota de pesar.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou luto oficial por três dias. "Recebi com tristeza a notícia do falecimento do deputado Ibsen Pinheiro. Ibsen foi homem público incansável na luta por um país melhor. Sua trajetória política, marcada pelo diálogo e pelo respeito, deixa grande legado ao Brasil."

Ibsen nasceu em São Borja, em 5 de julho de 1935, filho de Ricardo Pinheiro Bermudes e Lilia Valls Pinheiro. Ele começou na política em 1976, ao se eleger verador por Porto Alegre. Em seguida, conseguiu mandato de deputado estadual em 1978. Era um político histórico nos quadros do MDB/PMDB. Presidente do MDB gaúcho por dois mandatos (2010 a 2012 e 2015 a 2017), Ibsen foi vereador, deputado estadual, deputado federal e presidiu a Câmara dos Deputados. Por duas vezes, exerceu o cargo de presidente da República e teve papel decisivo na elaboração da Constituição Brasileira.

Em 1986 foi eleito deputado constituinte e, de fevereiro de 1991 a fevereiro de 1992, foi o presidente da Câmara Federal, tendo conduzido o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. No procedimento contra Dilma Rousseff, votou contra a cassação por não ver configurado com clareza o crime durante o mandato.

Teve mandato cassado em 1994 no episódio batizado de Anões do Orçamento, divulgado pela revista Veja. Posteriormente, 11 anos depois, o jornalista responsável pela matéria reconheceu que haviam erros nos números divulgados sobre o suposto desvio de verbas. Voltou à política em 2004, ao ganhar novo mandato como vereador de Porto Alegre. Seu último mandato foi como deputado estadual até 2018, despedindo-se da Assembleia Legislativa em abril daquele ano.

No Inter, sempre foi um conselheiro com grande influência e ocasionais presenças nos quadros diretivos do futebol. Teve forte atuação na vitoriosa década de 1970 e voltou em 2016 para tentar evitar o rebaixamento do clube. Também era procurador de justiça aposentado.

O presidente do Inter, Marcelo Medeiros, exaltou a atuação do jornalista no Colorado. "Tinha no Inter sua maior paixão. Mesmo na divergência, promovia o debate e sustentava suas posições de forma firme, inteligente. Idealista, homem público de valor. Perdem a sociedade e a nação alvirrubra. Nossos sentimentos à família e amigos." O ex-presidente Fernando Carvalho se disse bastante chateado. "Ele era um colorado histórico, fez parte dos Mandarins no final dos anos 1960, e suas ideias sobre futebol fizeram ser o que o Inter foi nos anos 1970, nossa década mais gloriosa", declarou o ex-dirigente.

Carvalho contou que conheceu Ibsen nos anos 1980, quando era advogado do Inter, e precisava regularizar a situação de Rubén Paz, que encontrava-se irregular no país. "Encontrei com ele no aeroporto, me identifiquei e ele foi muito solícito, e me ajudou a resolver o problema em apenas 24 horas", lembrou. "E a partir daí criamos um grande vínculo, viramos amigos. Nas décadas seguintes, ele foi meu conselheiro, vice de futebol em 2002, quando quase caímos para a Série B. E em 2016 ele voltou a tentar ajudar o clube a escapar da queda, mas não conseguiu. Mas isso não apaga o que ele fez pelo clube", contou.


Correio do Povo



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