Da Rádio France Internationale
Cerca de 1,5 milhão de turistas deixaram de ir a Paris no ano passado devido à ameaça terrorista, mostra relatório publicado nesta terça-feira (21) pelo Comitê de Turismo da Île-de-France, região onde fica a capital francesa. A informação é da Radio France Internationale (RFI).
Os atentados de 2015 em Paris assustaram os turistas, especialmente os estrangeiros. No ano passado, os hotéis registraram queda total de 9% em suas reservas de visitantes em relação a 2015.
A baixa mais significativa está entre os turistas chineses: quase 270 mil deixaram de visitar Paris – uma diminuição de 21,5%. No entanto, no setor hoteleiro, os japoneses são os principais responsáveis pelos prejuízos: eles fizeram 225 mil reservas a menos em 2016, o que corresponde a uma queda de 41,2%.
Entre os visitantes europeus, os russos foram os que mais deixaram de ir à capital francesa. Paris recebeu cerca de 65 mil visitantes da Rússia em 2016, uma diminuição de 27,6%. Depois deles, estão italianos (-26,1%), espanhois (-9,9%) e britânicos (-8,6%).
Monumentos e centros culturais
Os monumentos e centros culturais também sofreram com os atentados. A Torre Montparnasse, o Arco do Triunfo, os museus do Louvre e d'Orsay, além do Castelo de Versalhes e da Disneylândia, registraram quedas importantes no número de visitantes. O único dos grandes centros culturais a registrar aumento foi o Pompidou, que teve alta de 9% na frequência de turistas.
Segundo Comitê de Turismo da Île-de-France, o setor registrou perda total de € 1,3 bilhão em 2016. A instituição reconhece que esperava números ainda piores.
O comitê também destaca aumento de 12,5% no número de turistas que foram a Paris em novembro e dezembro do ano passado, em relação ao mesmo período de 2015. Cerca de 581 mil visitantes foram à capital francesa atraídos pela programação de fim de ano, Natal e Ano-Novo.
Mobilização
Para recuperar o setor em 2017, as autoridades francesas se mobilizam. A presidente da região da Île-de-France, Valérie Pécresse, diz que não poupa esforços para atrair mais turistas este ano, investindo na segurança, na qualidade do acolhimento e em campanhas de informação.
Apesar da ameaça terrorista, a França continua sendo o primeiro destino turístico no mundo. No total, cerca de 83 milhões de turistas estrangeiros visitaram o país no ano passado, ou seja, 2 milhões a menos que o recorde registrado em 2015.
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A Polícia Federal atribuiu aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff o crime de obstrução de Justiça. O ex-ministro Aloizio Mercadante também foi citado pelo crime e por tráfico de influência.
Para a PF, a nomeação de Lula para ministro-chefe da Casa Civil no governo Dilma provocou "embaraço no avanço da investigação da Lava Jato". O relatório sugere que os três sejam denunciados criminalmente na primeira instância. Leia mais
O procurador regional da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos disse que as delações da Odebrecht vão provocar um "tsunami" no mundo político.
O procurador ainda chamou o foro privilegiado de "ineficiente" e afirmou que "a corrupção está em todo o sistema político, e não em um partido A, B ou C". Leia mais
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram mais uma vez a previsão para a inflação no final de 2017. Agora, a projeção para a alta dos preços é de 4,43%, abaixo da meta do governo, de 4,5%.
A estimativa de cotação do dólar também caiu, de R$ 3,36 para R$ 3,30. A taxa básica de juros foi mantida em 9,5%. Leia mais
Febre amarela leva União a reconhecer situação de emergência em 64 cidades
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
O governo federal reconheceu situação de emergência em 64 cidades devido ao surto de febre amarela. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje (20) pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
Embora situadas em regiões afetadas pelo surto, três das cidades mineiras beneficiadas pela medida, e que são sedes regionais de saúde, não têm nenhum caso confirmado de febre amarela. Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, divulgado sexta-feira (17), Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Manhumirim, juntas, têm sete casos em investigação e três descartados. Também não há mortes suspeitas entre os moradores das trêscidades. Por outro lado, como são municípios mais estruturados, suas unidades de saúde estão recebendo pacientes de cidades vizinhas.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, entre os critérios para reconhecimento da situação de emergência, estão a dificuldade no controle da doença, a existência de danos humanos consideráveis e a possibilidade de se normalizar a situação a partir do apoio complementar dos governos estaduais ou federal. No início do mês passado, o governador mineiro Fernando Pimentel também havia decretado situação de emergência em saúde públicaem uma área que abrange 152 municípios.
Outro município de Minas Gerais com situação de emergência reconhecida pelo governo federal é Teófilo Otoni (também é cidade de referência), que tem nove confirmações para a doença e mais 24 casos em investigação. O município também confirmou sete mortes por febre amarela e há mais 17 sendo analisadas.
Próximas de Teófilo Otoni estão as duas cidades com maior número de mortes confirmadas: Ladainha, a cerca de 70 quilômetros, registra 12 mortes por febre amarela, e Itambacuri, a 35 quilômetros, oito.
Além das cidades mineiras, o município capixaba Ibatiba também teve reconhecida a situação de emergência. Não há nenhuma confirmação da doença entre seus moradores, mas há oito casos suspeitos e, em cinco, os pacientes estão em estado grave.
As portarias listam as cidades de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni, em Minas Gerais, e Ibatiba, no Espírito Santo, para que solicitem apoio emergencial para ações de socorro e assistência à população. No final do dia, o Ministério da Saúde informou que esses municípios são sedes das unidades regionais de Saúde, que abrangem mais cidades com casos registrados ou suspeitos de febre amarela.
As cidades em situação de emergência são: Água Boa; Aimorés; Alpercata; Alvarenga; Bom Jesus do Galho; Caraí; Caratinga; Chalé; Conceição de Ipanema; Conselheiro Pena; Coronel Fabriciano; Durandé; Entre Folhas; Espera Feliz; Frei Gaspar; Frei Lagonegro; Governador Valadares; Imbé de Minas; Inhapim; Ipaba; Ipanema; Ipatinga; Itaipé; Itambacuri; Itanhomi; Itueta; José Raydan; Ladainha; Lajinha; Malacacheta; Manhuaçu; Manhumirim; Martins Soares; Mutum; Nanuque; Novo Cruzeiro; Orizânia; Padre Paraíso; Peçanha; Piedade de Caratinga; Pocrane; Poté; Reduto; Resplendor; Santa Bárbara do Leste; Santa Maria do Suaçuí; Santa Rita de Minas; Santa Rita do Itueto; Santana do Manhuaçu; Santana do Paraíso; São João do Manhuaçu; São João da Manteninha; São João Evagelista; São José do Jacuri; São José do Mantimento; São Pedro do Suaçuí; São Sebastião do Maranhão; Setubinha; Simonésia; Taparuba; Tarumirim;Teófilo Otoni e Ubaporanga.
Dados
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais anunciou que passará a divulgar boletins epidemiológicos apenas duas vezes por semana, às terças-feiras e às sextas-feiras. Até agora, segundo os dados da semana passada, Minas Gerais soma 1.012 notificações para febre amarela. Destas, 57 foram descartadas e 220 são casos confirmados. As mortes que tiveram confirmação para a doença são 78. Mais 96 mortes continuam sendo investigadas.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, América Central e África. No meio rural e silvestre, a febre é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, nenhum dos casos em Minas Gerais é considerado urbano pelos órgãos públicos.
O surto atual já registra casos confirmados em 42 municípios mineiros. Em mais 84 cidades do estado há pacientes com suspeitas. A principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos. No caso de crianças, o Ministério da Saúde recomenda a administração de uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos.
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