De acordo com a ANS, setor conta com 47,5 milhões de pessoas em planos médico-hospitalares; desde 2015, 2,5 milhões de segurados deixaram planos
As operadoras de planos de saúde seguem registrando queda no número de beneficiários. Segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor registrou redução de 192,2 mil beneficiários em janeiro. No período, 47,5 milhões de pessoas mantiveram seus planos médico-hospitalares. Desde 2015, segundo a ANS, o setor teve queda de 2,5 milhões de segurados.
Segundo o levantamento da ANS, nove estados apresentaram aumento de beneficiários em planos de assistência médica na comparação com dezembro: Acre, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Roraima e Sergipe. Os estados da região Sudeste, que concentra o maior número de empresas, apresentaram a maior queda no número de beneficiários. No Estado de São Paulo, por exemplo, que concentra cerca de 40% dos contratos de planos de saúde , aproximadamente 92 mil pessoas ficaram sem assistência.
Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 80% dos planos é de coletivo empresarial, ou seja, em que a empresa oferece aos seus colaboradores ou de coletivo por adesão, aquele que pede algum vínculo associativo com conselho profissional, entidade sindical ou classista. Na avaliação da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), os números estão diretamente ligados à crise econômica e ao desemprego de mais de 12 milhões de pessoas.
"Nas regiões em que se observou crescimento de beneficiários a taxa de cobertura era menor, havendo, portanto maior potencial de crescimento. A atividade econômica está se dirigindo a essas áreas, daí o aumento do número de beneficiários”, explicou José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde.
Para a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, "a crise econômica, além de produzir grande desemprego e, consequentemente, perda do plano de saúde empresarial, também provocou queda nas rendas das pessoas ocupadas, o que dificultou a manutenção do plano por adesão ou individual. Foi um ano difícil para todos". De acordo com ela, "as empresas tiveram que driblar desperdícios e a realização de procedimentos desnecessários com uso de materiais de alto custo, para não levar ao encarecimento dos planos e dificultar o acesso ao benefício".
A executiva ainda afirma que, se o cenário for mantido, a recuperação do setor de planos de saúde será lenta. " O emprego somente retoma com algum atraso, o que será refletido no crescimento do número de beneficiários", afirma.
Fonte: Brasil Econômico - 19/02/2017 e SOS Consumidor
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Pequenos blocos fazem a festa de milhares de foliões pelas ruas do Rio
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Os pequenos blocos carnavalescos do Rio driblaram a falta de dinheiro e saíram pelas ruas da cidade arrastando milhares de foliões neste sábado, um dia de céu claro e muito calor. De norte a sul da cidade, o folião não se incomodou com a temperatura perto dos 40 graus Celsius (ºC) e caiu na folia. Depois de uma manhã marcada pela apresentação de vários blocos, com destaque para o Céu da Terra, que lotou as ruas de Santa Tereza, bairro da região central da capital fluminense, a festa continuou na parte da tarde.
De norte a sul da cidade, o folião não se incomodou com a temperatura perto dos 40 graus Celsius (ºC) e caiu na foliaNielmar de Oliveira/Agência Brasil
Às 14 horas, em Laranjeiras, na zona sul, os foliões do bloco carnavalesco Xupa mas não Baba, deram início à concentração na Rua Alice para um desfile pelas ruas do bairro que reuniu milhares de pessoas. Este ano, o bloco homenageou os 100 anos do primeiro samba gravado: Pelo Telefone, de Ernesto dos Santos, o Donga, e Mauro de Almeida, segundo registros existentes na Biblioteca Nacional.
Fundado a quase três décadas, o bloco do bairro das Laranjeiras, oferece a oportunidade aos seus integrantes de reencontras amigos de outros carnavais, segundo Robson Cardoso de Araújo, um dos diretores da agremiação carnavalesca. “O bloco é mais motivo para, festejando o carnaval, se divertir, estreitar laços e rever amigos. Alguns ainda moradores do bairro, outros residem em outras praças e até fora da cidade. Mas quem chegar é bem-vindo”.
O niteroiense Maurício de Barros participa do bloco há cerca de dez anos. Acompanhado da namorada Michele Sodré que conheceu no carnaval. “Foi há seis anos, em um encontro de blocos na zona portuária da cidade. Lá se apresentavam, cerca de dez blocos, entre os quais, o Escravos da Mauá. E, desde então, nos divertimos pelos inúmeros blocos da cidade. Como tocador de tamborim, participo da bateria de vários deles, como o próprio Escravos, o Bloco das Carmelitas e o Suvaco de Cristo”, disse.
Alternativa
A crise econômica, que encurtou ou inviabilizou o acesso ao patrocínio para os pequenos blocos, também levou a soluções alternativas para não deixar de sair no carnaval. No Leme, zona sul da cidade, três blocos se uniram na montagem da estrutura que beneficiou milhares de foliões. Eles
montaram o palco, colocaram banheiros químicos e, com a ajuda da prefeitura do Rio que disponibilizou a guarda municipal para o trabalho de logística, conseguiram manter uma festa que já é tradicional no carnaval do Leme:
“Nós conseguimos recursos para montar esta estrutura tocando em shows pelo país, ao longo de todo o ano. Sem patrocínio, é difícil para os blocos menos conhecidos. Esta foi a solução encontrada. Temos que nos virar, e a melhor solução é dividir o palco com outros blocos”, disse Carlo Zarro, presidente do Bloco Brasil.
Mais adiante, na Rua Rodolfo Dantas, em Copacabana, a Banda Bandida, tradicional e familiar naquela região se concentrava para fazer o seu desfile, que terminou há pouco. Neste momento, o bloco Simpatia é quase Amor faz a festa pela orla de Ipanema.
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