A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite de sexta-feira (10), em primeira votação, o projeto de lei que cria um Disque Pichação, para recebimento de denúncias contra pichadores. O projeto ainda precisa ser aprovado em uma segunda votação e ser sancionado pelo prefeito da cidade, João Doria.
Antes da segunda votação, o projeto ainda pode ser ampliado por meio de substitutivos estabelecendo, por exemplo, uma multa no valor de R$ 5 mil para quem for pego pichando a cidade, uma das intenções da prefeitura. Há a intenção também de se restringir a comercialização de tinta spray na cidade.
O projeto foi aprovado por 37 votos a favor e três contrários, dos vereadores Toninho Vespoli e Sâmia Bomfim, ambos do PSOL, e de José Police Neto (PSD). A bancada do PT na Câmara não participou da votação.
“O projeto apresentado [pelos vereadores Adilson Amadeu, do PTB, e David Soares, do DEM] criava simplesmente um Disque Pichação e o substitutivo deve trazer uma série de mudanças que estão previstas em legislação federal e não funcionam. Vamos fazer uma lei igual para não funcionar”, disse Antonio Donato, líder do PT na Câmara.
Já o líder do governo na Câmara, o vereador Aurélio Nomura (PSDB), comemorou a aprovação do projeto. “A prefeitura busca evitar que a cidade seja vandalizada”, disse ele.
Desde o início de seu governo, o prefeito tem enfrentado protestos e críticas por ter apagado grandes murais e grafites na capital paulista. Entre os dias 1° de janeiro e 6 de fevereiro, a prefeitura informou que 60 pessoas foram levadas a delegacias da cidade por pichações em imóveis públicos e privados.
Grafite x Pichação
Durante a discussão do projeto, os vereadores disseram que pretendem diferenciar grafite e pichação. “O grafite é arte e os artistas precisam ter oficinas e merecem ter espaços para expor seu trabalho. O pichador faz parte de uma gangue que está solta”, disse um dos autores do projeto, o vereador Adilson Amadeu (PTB).
“Precisamos ser inteligentes nesse enfrentamento e inovar ao reconhecer o grafite como arte para que um não seja confundido com o outro. Precisamos preservar as formas de manifestações artísticas nos muros da cidade porque quando colocamos tudo no mesmo ambiente, estamos banindo a capacidade criativa que a cidade tem”, disse o vereador José Police Neto (PSD).
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Corujão da Saúde atende quase um terço da fila de espera de 485 mil exames em SP
Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O programa Corujão da Saúde foi lançado há um mês e já atendeu um terço da demanda por exames médicos, como a tomografia computadorizadaImagem de Arquivo/Agência Brasil
Em 30 dias de atendimento, o programa Corujão da Saúde atendeu quase um terço da fila de espera por exames médicos na cidade de São Paulo. Nesta sexta-feira (10) o programa da prefeitura atingiu a marca de 141,3 mil exames realizados. A meta é zerar a fila de espera de 485 mil exames na rede pública em um prazo de 90 dias. Outros 270 mil procedimentos já estão agendados para serem feitos até o mês de abril.
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Dos exames realizados, 129 mil foram em pacientes que já estavam na fila em dezembro de 2016. Os outros 12,4 mil são novas solicitações, como para pacientes com exames vencidos há mais de 60 dias e que precisaram de nova consulta para obter o encaminhamento.
Somente no convênio com a Santa Casa de São Paulo, a Prefeitura investiu R$ 400 mil para agilizar as consultas de reavaliação da população. O hospital filantrópico pode ofertar cerca de 40 mil atendimentos extras aos pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que não conseguirem absorver suas demandas internas.
Investimento
O Corujão começou a ser implantado em hospitais e clínicas das redes pública, particular e filantrópica, que oferecem exames em horários alternativos, de preferência entre 20h e meia-noite, conforme a capacidade ociosa de cada local.
A prioridade é que o exame seja feito no serviço mais próximo da casa do paciente. A remuneração dos procedimentos seguirá os valores da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). O investimento será de R$ 17 milhões.
Autoridades norte-americanas prendem imigrantes sem documentos em seis estados
José Romildo – Correspondente da Agência Brasil
As autoridades de imigração norte-americanas prenderam centenas de imigrantes sem documentos em pelo menos seis estados ao longo desta semana em uma ofensiva que aparentemente marca o início da aplicação em grande escala da ordem executiva do presidente Donald Trump, assinada em 26 de janeiro, destinada a deportar cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais, inclusive 3 milhões, supostamente com antecedentes criminais.
Em janeiro, seis dias após tomar posse, Donald Trump assinou uma ordem executiva que ampliou as categorias de imigrantes sem documentos a serem incluídos na listas para deportação, cumprindo assim sua promessa de campanha para combater a imigração. Centenas de prisões foram confirmadas pelas autoridade de imigração de vários estados, mas a Casa Branca ainda não divulgou oficialmente o início da vigência da ordem executiva para deportações em massa.
Uma ordem executiva é uma norma que coloca em prática as políticas do governo a serem executadas pelas agências e departamentos oficiais. O ato se resume a uma ação de governo e não tem o poder de reverter uma lei aprovada pelo Congresso. Desde que tomou posse, Trump assinou 12 ordens executivas.
A ordem executiva de 26 de janeiro é ampla e não se resume a medidas para deportar imigrantes. Ela também prevê a contratação de mais de 10 mil agentes de imigração para fiscalizar as fronteiras e o interior do país, além de uma fiscalização das chamadas "cidades santuárias", ou seja, dos municípios que se recusaram a transferir imigrantes sem documentos para o âmbito das autoridades federais.
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Invasão
Funcionários da imigração confirmaram que agentes federais invadiram esta semana casas e locais de trabalho em Atlanta, Chicago, Nova York, Los Angeles e também em algumas cidades da Carolina do Norte e da Carolina do Sul, em busca de imigrantes sem documentos. No entanto, Gillian Christensen, porta-voz do Departamento de Segurança Interna, o órgão norte-americano que supervisiona os setores de imigração e de alfândega, não quis usar a palavra "invasão" para se referir às operações realizadas e falou em "ações direcionadas de rotina".
Gillian disse que a ofensiva, que começou na segunda-feira (6) e terminou sexta-feira (10), prendeu imigrantes sem documentos provenientes de 12 países latino-americanos. "Estamos falando de pessoas que são ameaças à segurança pública ou uma ameaça à integridade do sistema de imigração", disse. Segundo ela, a maioria dos presos eram criminosos sérios, incluindo alguns que haviam sido condenados por assassinato e violência doméstica .
Ativistas que combatem a repressão a imigrantes porém afirmam que as prisões não se resumiram a criminosos. Disseram também que a ação das autoridades envolveu uma área bem maior do que a admitida, uma vez que cidades dos estados da Flórida, Kansas, Texas e Virgíniaque também registraram prisões.
"Esta é claramente a primeira onda de ataques [a imigrantes] sob o governo Trump, e sabemos que não vai ser a única", disse Cristina Jimenez, diretora-executiva da United We Dream, uma organização de jovens imigrantes, em entrevista à imprensa.
Agentes de imigração em Los Angeles, no estado da Califórnia, detiveram dezenas de pessoas em casa ou a caminho do trabalho. Em uma teleconferência nesta sexta-feira (10), o diretor de imigração para a área de Los Angeles, David Marin, disse que 160 pessoas foram presas. Segundo ele, desse total, 75% tinham condenação por crime. Os demais realizaram pequenos delitos ou estavam ilegalmente nos Estados Unidos. Entre as pessoas presas em Los Angeles, 37 foram deportadas para o México.
Emissoras de rádio em língua espanhola e a afiliada local da NPR (uma rádio pública dos Estados Unidos) vêm divulgando, em Los Angeles, anúncios sobre os direitos dos imigrantes. As emissoras estão convidando os imigrantes a participar de seminários para tomarem consciência das medidas que podem tomar na Justiça caso estejam sob ameaça de prisão ou deportação.
Terremoto nas Filipinas deixa ao menos seis mortos e 120 feridos
Da Agência Brasil
Um terremoto de 6,5 graus de magnitude atingiu as Filipinas. Na cidade de Surigao, postes de iluminação caíram com o tremor. Ao menos seis pessoas morreramCerilo Ebrano/EPA/Agência Lusa
Um terremoto de 6,5 graus de magnitude causou seis mortes e deixou pelo menos 126 feridos nas Filipinas. Os tremores foram registrados na noite de ontem (10) e causaram destruição no sul do país. Equipes de resgate continuam trabalhado em busca de sobreviventes.
A região da ilha de Mindanao, localizada cerca de 700 quilômetros de Manila, capital do país, foi a mais atingida. O terremoto ocorreu durante a madrugada e assustou os moradores, que passaram a noite em estacionamentos e lugares ao ar livre para se protegerem. Os abalos provocaram queda de pontes, de postes, de casas e a abertura de crateras no asfalto de ruas e avenidas.
De acordo com as autoridades locais que trabalham nas operações de busca, a maioria das vítimas morreu atingida por objetos que se desprenderam dos imóveis. Um homem morreu soterrado e uma idosa sofreu um ataque cardíaco.
Em Surigao, cidade costeira, moradores assutados com os tremores correram para as montanhas próximas da cidade, temendo a chegada de um tsunami, no entanto, não houve alerta de tsumani. O epicentro do terremoto ocorreu no mar, a 14 quilômetros do território filipino.
As Filipinas estão localizadas no chamado Anel de Fogo, região do Oceano Pacífico, onde ocorrem muitos terremotos e erupções vulcânicas. O último terremoto no país foi registrado em outubro de 2013 e causou mais de 220 mortos.
*Com informações da AFP
Exposição apresenta fotos coloridas inéditas de Robert Capa
Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil
Entre os raros flagrantes coloridos registrados por Capa, estão soldados britânicos assistindo a uma luta de boxe em navio militarRobert Capa/Divulgação
Em contraste com as imagens em preto e branco que consagraram o fotógrafo húngaro Robert Capa, um dos fundadores da Agência Magnum, uma exposição no Rio de Janeiro revela outro lado do artista. A mostra Capa em Cores, no Rio de Janeiro, exibe, pela primeira vez na América Latina, 136 fotos coloridas trazidas do International Center of Photography, de Nova York.
Conhecido pela cobertura de momentos que se tornaram marcos da história, como o desembarque aliado na Normandia, em junho de 1944, Capa – pseudônimo de Endre Friedmann – também registrou, em cores, o glamour de artistas em Roma e em Paris. Emplacou ainda, nas principais revistas da época, ensaios coloridos sobre o balneário Biarriatz, no País Basco francês, e férias de esqui de famílias abastadas nos Alpes Suíços.
Quem visitar a exposição também deparará com a intimidade de personalidades do século 20 com quem Capa conviveu. Entre elas, o pintor espanhol Pablo Picasso e o escritor norte-americano Ernest Hemingway – registrados em momentos raros com a família. Retratos do cineasta sueco Ingmar Bergman e do italiano Roberto Rosselini também podem ser vistos.
As imagens coloridas foram feitas com filmes Kodachrome e Ektachrome e resgatadas pela curadora da exposição, Cynthia Young. Desde 2000, ela trabalha com a coleção de Capa, nos Estados Unidos. Conta que o fotógrafo começou a usar cor ainda durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, quando registrou tropas britânicas e americanas no Norte da África. Por um período, ele andava com duas câmeras, uma para cada tipo de foto.
“Capa é considerado um mestre da fotografia de guerra em preto e branco, o homem que documentou alguns dos principais eventos políticos da Europa Ocidental no século 20”, destacou a curadora da mostra, que já circulou por Madri, Budapeste e França, antes do Rio.
Referência em fotojornalismo e em retratar a experiência humana, Capa morreu em 1954, fotografando a Guerra da Indochina, ao pisar acidentalmente numa mina terrestre. A mostraCapa em Cores está aberta ao público até 9 de abril, de terça-feira a domingo, entre 11h e 20h, no Oi Futuro do Flamengo, na Rua Dois de Dezembro, no Catete.
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