A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse há pouco, por meio de nota divulgada pelo Palácio do Planalto, que ela e o vice-presidente Michel Temer decidiram ter “uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente”.
O vice-presidente Michel Temer, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto
“Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do país”.
Um pouco antes, ao sair da reunião, o vice-presidente disse aos jornalistas que na conversa com Dilma ficou acertado que os dois terão “uma relação pessoal, institucional que seja a mais fértil possível".
"Combinamos, eu e a presidenta Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional que seja a mais fértil possível", afirmou Temer.
Dilma e Temer se reuniram no começo da noite, durante pouco mais de 50 minutos, no Palácio do Planalto. Desde a semana passada, os dois não se encontravam pessoalmente. Na segunda-feira (7), Temer enviou carta à presidenta em que aponta “fatos reveladores” da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB.
No documento, entregue no fim da tarde no Palácio do Planalto, o vice “rememorou fatos ocorridos nesses últimos cinco anos, mas somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre agentes públicos responsáveis pelo país”.
De acordo com a assessoria de imprensa da Vice-Presidência, a decisão de Temer de escrever a carta foi tomada após a presidenta informar, durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã de segunda-feira, que procuraria o vice para conversar.
O encontro desta noite com Michel Temer ficou definido após o chefe da Casa Civil, Jaques Vagner, a pedido de Dilma, ter ligado para o vice-presidente marcando a reunião, que ocorreu após a presidenta voiltar de Roraima, onde cumpriu uma agenda de entrega de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Micros e vans protestam
Proprietários contestam resolução da ANTT
Proprietários de vans e micro-ônibus de turismo de todo o Rio Grande do Sul realizaram protesto contra uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na manhã de ontem, em Porto Alegre. A manifestação causou tumulto no trânsito em algumas das principais vias da Capital. Entre as determinações contestadas pela categoria estão o limite de quilometragem desse meio de transporte em viagens entre estados, assim como o tempo de rodagem dos ônibus e sua rastreabilidade.
Cerca de cem veículos saíram em fila indiana pela avenida Borges de Medeiros, no Centro Histórico, e seguiram em direção à sede regional da ANTT, na avenida Ipiranga, na altura do bairro Partenon. As duas vias ficaram com o trânsito carregado.
O vice-presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Amic-RS), Wagner Siveira, relata que a resolução da ANTT nº4.777 determina que os veículos só podem fazer deslocamento de até 540 quilômetros de distância do local de partida. Além disso, que os veículos poderão ter, no máximo, 15 anos de rodagem. “A limitação de 540 quilômetros, cotando a ida e a volta, é inviável em um estado com a extensão do Rio Grande do Sul. Além disso, o limite de 15 anos é pouco tempo para um veículo de transporte, tendo em vista que o de turismo não tem o mesmo desgaste, como acontece com os ônibus de linha, por exemplo”, argumentou o vice-presidente da Amic-RS. De acordo com Wagner siveira, a sede regional da ANTT, em Porto Alegre, tem recebido bem os representantes da Amic-RS para debater sobre as alternativas viáveis. Porém, a decisão pela manutenção ou pela extinção dessas medidas são de competência da sede nacional da agência.
No próximo dia 29 de setembro está prevista uma audiência pública em Brasília quando serão debatidas previstas na resolução da ANTT.
Fonte: Correio do Povo, página 20 de 11 de setembro de 2015.
México quer resposta para mortes no Egito
No domingo, 12 pessoas morreram confundidas com terroristas
Cidade do México – O governo do México entregou ontem uma nota diplomática de protesto ao Egito pelo ataque contra um grupo de turistas mexicanos perto do Cairo, na qual solicita uma investigação “rápida e exaustiva” e exige “responsabilidades”. No domingo, 12 pessoas foram mortas e dez foram mortas e dez ficaram feridas num ataque aéreo de aviões e helicópteros militares egípcios numa região do deserto. O Ministério do Interior indicou que a Polícia e o Exército “confundiram o grupo com terroristas”. Segundo o testemunho dos sobreviventes, o ataque foi realizado de forma aérea e com bombas.
Em comunicado, o sindicato de guias turísticos do Egito informou que, entre os mortos, estão oito cidadãos mexicanos. Enquanto isso, o primeiro-ministro interino, Ibrahim Mehleb, assegurou que estão sendo fornecidos “os máximos cuidados médicos aos feridos”, “estamos muito tristes. É algo que afeta cada egípcio”, disse Mehleb. As autoridades mexicanas solicitaram ainda aos responsáveis egípcios que propiciem todo o apoio para o futuro repatriamento das vítimas.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de 15 de setembro de 2015.
Meteorologia alerta: mau tempo prossegue até o Natal
Somente da Capital gaúcha, 15 mil pessoas estão em risco permanente em áreas de alagamento e deslizamento.
Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 25 de outubro de 2015.
Deputado do PDT é o novo relator do caso Cunha no Conselho de Ética
Deputado Marcos Rogério substitui Fausto Pinato
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA) já escolheu o novo relator, em substituição a Fausto Pinato (PRB-SP). O escolhido foi Marcos Rogério (PDT-RO), de uma lista tríplice que contava ainda com Léo de Brito (PT-AC) e Sérgio Brito (PSD-BA). Ele será o relator do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha, por quebra de decoro, por ter mentido sobre supostas contas no exterior.
“Já escolhi o relator, o convidei e ele já aceitou. É o deputado Marcos Rogério. Os advogados, junto com ele, já estão trabalhando. Nós queremos votar a admissibilidade antes do recesso se é que vai ter recesso. Essa é a vontade do presidente do conselho e da grande maioria do conselho. Se alguns não querem, paciência”, disse Araújo, em alusão aos deputados aliados a Cunha que têm estimulado debates e votações para atrasar as sessões.
Ao final da sessão de hoje (9) à tarde, Rogério se colocou como “defensor” do regimento interno da Casa, Rogério se disse neutro. “Estou na defesa do regimento, do regulamento. Não tenho lado aqui. O lado é o lado do procedimento mais adequado”.
O presidente do Conselho, no entanto, declarou a posição do agora novo relator ao anunciá-lo. “Ele é a favor da admissibilidade, ele é a favor de investigar. Portanto, tenho certeza que ele vai ser um bom relator e vai agir da forma correta”.
Para Rogério, Araújo não deu qualquer declaração que pudesse provocar novos recursos dos aliados de Cunha. “Ele não antecipou meu voto. Minha posição é pública e já me manifestei sobre o processo em sessões passadas. Foi com base nessas declarações passadas que o presidente falou isso. A essa altura já dá para saber a posição de todos no conselho”, disse Rogério, pouco depois do anúncio de Araújo.
Com o sorteio de uma nova lista tríplice e a escolha de novo relator, tanto o presidente como o relator disseram acreditar em condições de votar o relatório na próxima semana. Araújo acrescentou que a mudança de relator não implica em reinício dos trabalhos do conselho.
“Não começa tudo de novo. O relator está trabalhando, mas posso garantir que não começa do zero. Começa provavelmente de onde parou", disse o presidente do conselho. O relator acrescentou que vai trabalhar com muito zelo ao Código de Ética e ao regimento, sem procrastinar ou acelerar o processo. "Acho que tem de votar o relatório semana que vem”, disse o relator.
Na sessão de hoje, Rogério foi um dos dez deputados que votaram a favor do adiamento da sessão, junto com os aliados de Cunha. Ele, no entanto, explicou que seu voto foi para evitar nulidade de todo o processo caso a sessão votasse o relatório. “Se votássemos hoje o parecer do Pinato, lá na frente todo esse trabalho seria cancelado e teríamos de fazer tudo de novo.”
Durante a sessão, uma decisão da Mesa Diretora chegou às mãos de Araújo e o obrigou a mudar o relator. A decisão do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), foi de acatar o recurso da defesa de Cunha. Segundo a defesa, Pinato não poderia ser relator por compor o mesmo bloco político de Cunha, alvo do processo.
Argentinos comemoram nas ruas posse de Mauricio Macri
Da Agência Lusa
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri
Centenas de argentinos concentraram-se à meia-noite em frente à residência do presidente eleito, Mauricio Macri, comemorando antecipadamente a sua posse, que ocorre hoje (10).
Cantando o hino nacional e gritando “sim, podemos”, simpatizantes de Macri seguiram para a Avenida do Libertador, a fim de saudar o novo presidente.
A concentração paralisou o trânsito e dezenas de motoristas começaram a buzinar em frente ao edifício onde mora Macri, que apareceu na varanda e acenou diversas vezes, acompanhado pela mulher, Juliana Awada.
Buzinas e fogos de artifício foram ouvidos em outros pontos da cidade.
Centenas de pessoas se concentraram também em frente à residência particular da presidenta Cristina Kirchner. Elas cantavam o hino peronista, enquanto eram ouvidos gritos da oposição como “Argentina sem Cristina” ou “Maurício Presidente”.
Cristina Kirchner ocupou a presidência durante oito anos. Macri foi eleito no segundo turno das eleições, em 22 de novembro, com 51,42% dos votos, contra 48,60% de Daniel Scioli, o candidato apoiado pelo governo.
Migrantes: doze mil em 36 horas
Viena – O número de migrantes que chegaram à Áustria a partir dos Báscãs disparou para 12.220 nas últimas 36 horas, indicou a Polícia local nesta segunda-feira. No último domingo, 8.540 cruzaram a fronteira com a Hungria pela cidade de Nickelsdorf (Leste) e desde a meia-noite desta segunda-feira outras 3.680 pessoas chegaram. A média diária da semana anterior sido de 5.500 pessoas, a maioria delas com destino à Alemanha ou a outros países do Norte da Europa.
Os migrantes entraram no continente europeu principalmente pela Grécia, antes de atravessar os Bálcãs. A maioria é de refugiados – procedentes de países em guerra como Síria, Iraque e Afeganistão. De acordo com dados divulgados pelo Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas (Acnur), 575.500 pessoas atravessaram desde janeiro deste ano o mar Mediterrâneo para chegar aos países da Europa, e mais de 3 mil morreram afogadas tentando. Trata-se da maior onda migratória no continente desde a II Guerra Mundial.
Fonte: Correio do Povo, página 9 de 13 de outubro de 2015.
Mês terminará mais quente que a média
Desde o mês de abril a temperatura mínima em grande parte do Rio Grande do Sul tem estado acima da média histórica, ou seja, há pelo menos 4 meses consecutivos as manhãs tem sido mais quentes que o normal. E neste mês chama a atenção o desvio positivo de mais de 5ºC em cidades da Metade Leste do Estado o que inclui a Grande Porto Alegre. O mês ainda não acabou, porém a projeção para os próximos dias indica que a temperatura amanhã e na sexta-feira poderá ficar um pouco mais baixa. Portanto, não deve ter um impacto muito importante no que já se apresenta nesse mapa que compara a temperatura mínima média registrada desde o dia 1º até ontem com o normal para o mês. A chuva está abaixo da média em grande parte das regiões e isso poderá mudar com a chuva prevista para quarta e quinta-feira devido à passagem de uma frente fria que poderá trazer volumes na faixa de 60 a 80mm para alguns pontos do Estado. Com essa chuva se confirmando, a média climatológica poderá ser alcançada em alguns municípios.
Anomalia da temperatura mínima em relação à média histórica desde o dia 1º até ontem.
Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 15 de 25 de agosto de 2015.
Mercado: Relatório Focus do BC estima juro estável
Mesmo em patamar alto, ao menos até o primeiro semestre de 2016 taxa Selic deverá se manter nos 14,25%
Brasília – Após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros básicos estáveis em 14,25% ao ano no começo de setembro, o maior patamar em nove anos, as instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC) no relatório Focus mantiveram a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos da Selic em 2015 e até, pelo menos, o fim do primeiro semestre de 2016.
Para a reunião do Copom, colegiado do BC que fixa os juros básicos da economia, a perspectiva de manutenção da taxa Selic é praticamente uma unanimidade. O encontro do comitê começa hoje e termina amanhã. Com relação à recuperação da economia brasileira no curto prazo, as previsões voltaram a piorar. Estão em baixa as perspectivas para Produto Interno Bruto (PIB) e inflação, tanto em 2015 quanto no próximo ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central de inflação para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja descumprida. As taxas de juros mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Na avaliação dos analistas do mercado o BC já fez o que podia fazer e a queda de inflação depende agora muito de uma melhora no resultado das contas públicas a partir do corte de gastos. Pelas projeções do Focus o país deve registrar três anos seguidos de déficit nas contas públicas, entre 2014 e 2016. Ao mesmo tempo, o mercado financeiro passou a estimar mais inflação para este ano e para 2016. Para 2015, a expectativa é que o IPCA, a inflação oficial, feche o ano em 9,75%. Na semana anterior a taxa esperada era de 9,7%. Para 2016, os economistas elevaram a expectativa de inflação de 6,05% para 6,12% na última semana.
Os analistas consultados pelo BC também passaram a prever uma retração de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Até então, a expectativa era de uma contração de 2,97%. Para 2016, os economistas aumentaram de 1,2% para 1,22% a expectativa de contração na economia do país. No início de 2015, a previsão dos analistas era de uma expansão de 1,8% no ano que vem.
No fim de agosto, o IBGE informou que a economia brasileira registrou retração de 1,9% no segundo trimestre de 2015 em relação aos três meses anteriores, e o país entrou em chamada “recessão técnica”, que ocorre quando a economia registra dois trimestre seguidos de queda. De janeiro a março, o PIB teve baixa de 0,7%.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 20 de outubro de 2015.
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