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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Jaques Wagner fala como Presidente-paralelo e culpa Dilma por falhas que causam o desastre econômico


Por Jorge Serrão 

Ao decretar o aumento do salário mínimo para R$ 880, a partir de 1º de janeiro de 2016, Dilma Rousseff tem a pretensão de aquecer a economia e, sobretudo, fazer média com o eleitorado mais pobre, no desespero para esfriar a onda do impeachment e reduzir seus elevados índices de impopularidade. Complicadíssimo será a Presidenta explicar como sua incompetência conseguiu sextuplicar o rombo nas contas públicas - que chega a R$ 549 bilhões ou 10,2% do Produto Interno Bruto (tudo que a economia produz) Só a dívida interna chegará a 70,7% do PIB em 2016.

Só os 11,67% de reajuste no salário mínimo vai custar R$ 30,2 bilhões para as contas de um desgoverno que opera no vermelho (na ideologia e no caixa do tesouro). Diante de contas que não fecham, o Ministério do Planejamento foi forçado a antecipar que tem R$ 27,3 bilhões já estão previstos no Orçamento de 2016. Mas o restante de R$ 2,9 bilhões não estão na peça orçamentária. Logo, o rombo será mais um argumento canalha para criação do 93º imposto, a CPMF.

O rombo no setor público impacta negativamente a atividade econômica. O Estado (mau gastador) só encontra uma "saída" para cobrir a situação deficitária: aumentar a carga tributária, que já é violentíssima, e botar suas "gestapos" fiscais para detonar os contribuintes (pessoas físicas e empresas) que estejam em dívida com a Receita Federal. Um 2016 com desequilíbrio nas contas públicas é um péssimo presságio para o futuro imediato de Dilma - na corda bamba. O empresariado não aguenta mais ser extorquido pela máquina estatal. O cidadão comum já entende o processo de roubalheira e começa a se rebelar.

Foram ridículos os argumentos usados ontem pelo presidente-paralelo do Brasil, homem de confiança do Presidentro Lula, o baiano Jaques Wagner. O Ministro da Casa Civil, de forma patética, admitiu que parte dos problemas econômicos enfrentados pelo país foi provocada por medidas adotadas no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Praticamente, Wagner assinou um atestado de incompetência de Dilma e do ex-ministro da Fazenda dela, Guido Mantega, que coincidentemente também presidiu o Conselho de Administração da Petrobras, sucedendo a Dilma.

Jaques Wagner sentenciou: "Nós (governo) perdemos receitas, além de erros que foram cometidos em 2013, 2014, como desoneração (tributária) exagerada, programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava e que, portanto, quando a gente abriu a porta de 2015, você estava com uma situação fiscal... Por isso que o ano foi tão duro".

Wagner quase cometeu um sincericídio: "Tem muita gente refletindo, mas sem maluquice, sem porralouquice de vou gastar. Não posso fazer um negócio de matar de fome todo mundo. Eu acredito que estamos buscando esse ponto de equilíbrio, da rota de retomada do desenvolvimento. Não vai ser um desenvolvimento de crescer muito, mas de voltar a crescer, para ter expectativa, confiança de empresários e trabalhadores. É tentar retomar esse ambiente. Não é simples, não vou vender facilidade, mas estamos trabalhando para isso".

Por fim, Jaques Wagner falou, direitinho, como um Presidente-parelalo, como se a Dilma fosse apenas um detalhe no meio do caos, para tentar tirar o dele da reta: "Não vou ficar me enganando. Tenho consciência de que participo de um governo que não está num bom momento de popularidade. Sei das dificuldades, em consequência da economia, da gestão da política, por que passa o governo. Mas impopularidade não é crime, é problema, é defeito. É algo que pode ser sanado se você tomar as medidas, melhorar a economia e a gestão da política".

Brizolista essencial

A brizolista histórica Dilma Rousseff cumpriu uma missão histórica com seu amado líder.

Decretou que seja inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, Distrito Federal, o nome de Leonel de Moura Brizola:

"A distinção será prestada mediante a edição de lei, decorridos 10 (dez) anos da morte ou da presunção de morte do homenageado".

Vale o que for escrito

Dilma publica nesta quinta-feira um artigo de fim de ano na Folha de S. Paulo - veículo ainda com verniz de esquerda.

Resolveu não fazer o tradicional pronunciamento de fim de ano, em rede nacional de rádio e televisão.

Certamente, porque constatou que é melhor ficar caladinha, se fingindo de morta, para ver como sobreviverá, politicamente, às tormentas econômicas de 2016.

Vai dar protesto?

Será que a massa sairá às ruas para protestar contra o novo aumento de tarifas de ônibus, trens e Metrô em São Paulo?

O alcaide petista Fernando "Radard" (o Multador e Pai do Trânsito Lento em São Paulo) conseguiu combinar com o governador tucano Geraldo Alckmin, e demais prefeitos da região metropolitana, que o aumento dos preços nos transportes ocorresse ao mesmo tempo, para diluir o desgaste político.

Em 2013, quando os governos tentaram subir a passagem para R$ 3,20, o movimento do passe livre encheu as ruas de manifestantes.

Será que o mesmo acontecerá a partir de 9 de janeiro, quando as tarifas sobem de R$ 3,50 para R$ 3,80 - reajuste de 8,6% (abaixo do IPCA de 10,72%)?

Alerta Total

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