Quaraí - Famílias ficam desabrigadas depois da forte chuva no município de Quaraí
As cheias nos rios do Rio Grande do Sul já atingiram 38 municípios no estado. Segundo boletim divulgado hoje (25) pela Defesa Civil do estado, 1.795 famílias foram atingidas – 1.479 estão desalojadas e 66, desabrigadas. A previsão para os próximos dias é de tempo parcialmente nublado, com pancadas de chuva e trovoadas.
“Com as previsões que indicam tempo bom para os próximos dias, a expectativa é de que, aos poucos, as famílias já possam retornar para suas casas. Nesta sexta-feira, 150 famílias que estavam fora de casa em Santana do Livramento puderam voltar às suas residências”, informou a Defesa Civil.
No estado, 12 municípios decretaram situação de emergência. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de perigo devido ao acumulado de chuva no noroeste, nordeste, centro oriental do estado e região metropolitana de Porto Alegre.
A forte chuva causou, entre outros danos, a perda de grande parte da colheita de arroz em Quaraí, no sul do estado. O Rio Quaraí alcançou o valor recorde de 15,28 metros, levando as autoridades a interromperem, durante quase 24 horas, a circulação de veículos na Ponte Internacional de Concórdia, que liga o Brasil ao Uruguai. O Rio Uruguai também atingiu nível recorde, de 10,41 metros.
Vizinhos
As chuvas e cheias também atingem a América do Sul e deixaram seis mortos e 150 mil desalojados na Argentina, Paraguai e Uruguai.
No Paraguai, quatro pessoas morreram em decorrência da queda de árvores e cerca de 130 mil pessoas foram obrigadas a sair de casa, informaram as autoridades do país. O presidente Horacio Cartes decretou estado de emergência para disponibilizar mais de US$ 3,5 milhões para emergências.
O diretor de Operações do Secretariado Nacional de Emergências, David Arellano, disse que estavam em curso ações de salvamento e de retirada de dezenas de famílias em risco de serem atingidas pelas águas do Rio Paraguai. Em torno da capital, 125 mil casas ficaram sem eletricidade e 17 centros de distribuição de energia sofreram danos por todo o país.
O Uruguai também declarou estado de emergência em três regiões do Norte do país. O número de pessoas desabrigadas chegou a 5,5 mil hoje.
Na Argentina, um menino de 4 anos morreu por causa das cheias. As autoridades suspeitam que ele tenha sido arrastado pela correnteza do Rio Saladillo, na cidade de Villa Gobernador Gálvez. Um adolescente de 13 anos também morreu depois de tocar em um cabo de alta tensão que caiu devido ao temporal, na cidade de Corrientes.
A subida do nível dos rios Uruguai, Paraná e Paraguai obrigou, no Noroeste da Argentina, a retirada de cerca de 20 mil pessoas das suas casas. Elas foram realojadas em abrigos provisórios instalados em escolas e ginásios. Na província de Entre Rios, pelo menos 10 mil pessoas estão desabrigadas.
El Niño
As fortes chuvas na região estavam previstas devido à ocorrência do fenômeno El Niño, que, segundo pesquisas, é um dos mais fortes já registrados na história.
O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Essa mudança de temperatura provoca uma modificação da circulação de ar na atmosfera. No Brasil, o fenômeno se caracteriza por chuvas mais intensas nas regiões Sul e Sudeste e tempo mais seco nas regiões Norte e Nordeste.
*Com informações da Agência Lusa
Agência Brasil
Troca de líderes no Congresso pode influenciar processo de impeachment
A troca de cadeiras nas lideranças de partidos na Câmara dos Deputados pode levar a novos desdobramentos no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que acabou ficando para 2016. Em alguns partidos, a tendência é que os novos líderes sigam a mesma linha de seus antecessores. É o caso, por exemplo, do DEM, que tem como nome mais cotado para assumir a bancada o de Pauderney Avelino (AM) que deve seguir as indicações feitas pelo atual líder Mendonça Filho (PE).
O mesmo deve ocorrer no PSDB, que já oficializou a substituição do atual líder Carlos Sampaio (SP) por Antônio Imbassahy (BA) a partir de fevereiro. Já os partidos da base governista não devem alterar as composições, exceto o PMDB, onde um racha entre integrantes aliados e de oposição ao governo ficou publicamente oficializado desde que Leonardo Picciani (RJ) indicou os nomes para a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment.
O deputado Leonardo Picciani foi destituído da liderança do PMDB, mas conseguiu apoio para voltar ao posto
O retorno do parlamentar fluminense à liderança foi conseguido depois que três deputados manifestaram mudança de opinião – Jéssica Sales (AC), Vitor Valim (CE) e Lindomar Garçon (RO) – e pelo retorno à bancada de alguns filiados que ocupavam cargos executivos no estado do Rio de Janeiro, entre eles, Marco Antonio Cabral, que era secretário de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, e Pedro Paulo Carvalho, que era secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro.
Insatisfeitos com os nomes apresentados pelo líder, uma ala do partido reuniu assinaturas de 35 parlamentares para tirar o parlamentar do cargo e conseguiu manter na liderança, durante oito dias, o deputado Leonardo Quintão (MG). O grupo acusava Picciani de formular uma lista com base em orientação do Palácio do Planalto. Em uma reviravolta nas últimas semanas de trabalho legislativo, Picciani conseguiu o apoio dos 36 deputados do PMDB e foi reconduzido ao cargo.
Mas alguns acreditam que Picciani pode não resistir à uma nova votação. Ele teria que conseguir o apoio de dois terços da bancada, com 69 deputados. Em entrevista à Agência Brasil, Picciani confirmou que vai disputar a recondução e se mostrou otimista em relação ao apoio da legenda. “Estando na liderança, vou levar em consideração os diversos pensamentos. Isto demonstra que tem posições divergentes no partido e que devem ser consideradas”, afirmou.
Entre os peemedebistas que apoiam sua reeleição, Picciani não deve ter concorrentes. O grupo alinhado a ele deve considerá-lo o único candidato, mas, na ala que se afastou de Picciani, outros nomes pretendem ocupar o posto. Um deles, seria o próprio Quintão, segundo o deputado federal Lúcio Vieira Lima (BA), um dos peemedebistas que defendeu a substituição de Picciani. “Se for um líder que converse com a bancada, que não decida por ele, mas que tenha um comportamento ideal ao que todo líder é eleito, com certeza a lista deve ser modificada. Mas se for com o perfil do atual, não. Você não tem hoje o líder do PMDB, você tem um segundo líder de governo”, disse.
Comissão especial
Enquanto os partidos negociam essas mudanças, tramita na Casa um projeto de resolução, protocolado pelo DEM, que propõe a alteração do Regimento Interno da Câmara dos Deputados para incluir a possibilidade de apresentação de chapa avulsa para comissão especial que analisa o impeachment. O texto não foi submetido à votação, mas é alvo de críticas da base aliada, que já antecipou que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) se houver qualquer tentativa de “driblar” a decisão da Corte sobre o andamento do processo deimpeachment de Dilma Rousseff.
A proposta do DEM foi protocolada horas depois de o STF decidir que a comissão especial tem de ser composta por representantes indicados pelos líderes dos partidos, escolhidos por meio de chapa única, e que, mesmo se tratando de eleição sobre assunto interno da Câmara, a votação deve ser aberta.
Cunha e Lewandowski
Este foi um dos questionamentos que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), levou à reunião com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, no último dia 23, quando o recesso parlamentar e do Judiciário já tinham começado. O peemedebista quis formalizar pontos, que para a oposição ficaram obscuros. Eduardo Cunha afirmou que enquanto as questões não forem esclarecidas o processo de impeachment não pode ser reiniciado sob risco de judicializar qualquer passo dado pela Câmara. A expectativa é que a tramitação seja retomada em março. Lewandowski sinalizou que não deve haver mudanças. Segundo o magistrado, o rito não deixa "margem" para dúvidas.
Eduardo Cunha pediu reunião com Ricardo Lewandowski, presidente do STF, para sanar dúvidas sobre rito do impeachment
Em relação à composição da comissão, a dúvida de Cunha era sobre quantas vezes serão elencados nomes e submetidos ao plenário até que sejam aprovados. Os esclarecimentos, segundo o presidente da Câmara, foram feitos inclusive para “evitar descumprimento de decisão”.
Cunha também foi pedir ao STF que acelere a publicação do acórdão, documento que ratifica a decisão coletiva do tribunal sobre o rito do impeachment. Ainda assim, ele sinalizou, nos últimos dias de trabalho da Câmara, que vai entrar com embargo sobre a decisão em 1º de fevereiro, primeiro dia de atividades do Congresso no próximo ano, independentemente da publicação do acórdão pela Corte.
Além de terem invalidado quase todo o rito adotado pela Câmara, ao anular a eleição da chapa avulsa formada por deputados de oposição ao governo para compor a comissão, os ministros do Supremo ampliaram o papel do Senado no processo, afirmando que os senadores não são obrigados a prosseguir com o processo de impeachment acatado pelos deputados. Na prática, mesmo que o plenário da Câmara aprove, por dois terços dos parlamentares - 342 votos, a denúncia, os senadores podem arquivar o caso e evitar que Dilma seja afastada do cargo.
O pedido de impeachment protocolado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal foi aceito por Cunha no dia 2 de dezembro, depois de o deputado federal rejeitar 31 outros pedidos com mesmo objetivo. No texto, os juristas usam como argumento decretos considerados em “desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal” e a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou as contas do governo de Dilma Rousseff de 2014. A avaliação do TCU está sendo analisada por deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Relator
No último dia de trabalho, antes do recesso parlamentar, o relator das contas, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), apresentou o relatório preliminar na CMO, em que defende a aprovação das contas com ressalvas. Os parlamentares ainda podem apresentar emendas ao texto e Gurgacz tem até o dia 28 de fevereiro para concluir o parecer. O relatório final deverá ser votado na comissão até o dia 6 de março.
Agência Brasil
Museu de Belas Artes faz mostra em homenagem aos 450 anos do Rio
Rio de Janeiro - Sol a Sol, de Adir Botelho 1979 faz parte da mostra em homenagem aos 450 anos do Rio exposta no Museu de Belas Artes
Comemorados desde janeiro com uma série de exposições, entre outros eventos, os 450 anos da cidade motivam mais uma mostra, nesses dias finais de 2015. Aberta ao público no último dia 16, a exposição Você está aqui! Rio de Janeiro, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) explora os múltiplos diálogos entre a cidade e o carioca, tendo como base uma parte do acervo do próprio museu que há décadas não era exposto.
A mostra é a última do ano no MNBA e ocupa três salas do museu com cerca de 100 obras, entre pinturas, desenhos, gravuras, mobiliário, objetos, esculturas e fotografias. As obras estão distribuídas em 9 módulos, cada um deles relacionado com aspectos marcantes da cidade: Tempo, São Sebastião, Panoramas, Cidade desconstruída, Bairros, Coisas de carioca,Cinelândia e as artes, Poltrona mole e literatura, Orelhão, Corcovado, Cidade abstraída, e Política.
Na concepção dos curadores Amauri Dias, Anaildo Baraçal, Daniel Barreto, Euripedes Junior e Laura Abreu a mostra pretende “trazer à tona um jeito de ser que transforma e se transforma no tempo, sem perder o curso de um rio histórico, feito de gentes”. Eles criaram um roteiro não cronológico, mas iconográfico, buscando “devolver ao público uma cidade impossível de desenhar ou descrever na sua totalidade”, segundo o texto de apresentação da exposição.
Rio de Janeiro -Fragmento arquitetônico, de autor desconhecido, que pertenceu a uma construção do Morro do Castelo, erguida entre 1600 e 1700 é um dos destaques da mostra
Um dos destaques é um fragmento arquitetônico, de autor desconhecido, que pertenceu a uma construção do Morro do Castelo, erguida entre 1600 e 1700, e que integrou uma paisagem da cidade que deixou de existir com a demolição do morro, em 1922. Já na relação com o presente a exposição resgata, através dos trabalhos expostos, a violência da censura, e da chacina de Vigário Geral, tema de uma obra de Carlos Scliar.
Os desenhos de Carlos Oswald e a geografia privilegiada do Rio, estampados nas gravuras de Thereza Miranda, estão entre as várias nuances da Cidade Maravilhosa retratadas na mostra. A extensa lista de artistas inclui ainda nomes como Vitor Meireles, Rodolfo Bernardelli, Le Corbusier, Cândido Portinari, Djanira, Glauco Rodrigues, Ana Bela Geiger, Athos Bulcão, Anna Letycia, Oswaldo Goeldi, Rubens Gerchman, Fayga Ostrower, Ziraldo, Calixto, Farnese de Andrade, Darel, Adir Botelho, Monica Barki, e Ciro Fernandes.
Você está aqui! Rio de Janeiro fica em cartaz até 7 de fevereiro de 2016 e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h. Os ingressos custam R$ 8 a inteira e o ingresso família (para 4 membros de uma mesma família) e R$ 4, a meia entrada. O Museu Nacional de Belas Artes fica na Avenida Rio Branco, 199, na Cinelândia, centro do Rio.
Agência Brasil
Papa lembra atos terroristas e pede fim da violência na África e no Oriente
Da Agência Lusa
Em mensagem de Natal, papa lembra atos terroristas e pede fim da violência
O papa Francisco lembrou hoje (25) os "atrozes atos terroristas" cometidos recentemente em Paris, Beirute, Bamaco (Mali), Túnis (Tunísia) e no Egito e voltou a pedir o esforço da comunidade internacional para acabar com a violência na África e no Oriente Médio.
Em sua mensagem de Natal à cidade e ao mundo, dirigida da varanda central da Basílica de São Pedro, em Roma, o chefe da Igreja Católica falou das guerras e dos males que afetam o mundo, manifestando apoio ao empenho da Organização das Nações Unidas (ONU) para terminar com os conflitos na Síria e na Líbia.
Francisco denunciou a destruição do "patrimônio cultural de povos inteiros" e prestou homenagem às pessoas e aos Estados que socorrem e acolhem os migrantes. O papa recordou, referindo-se ao conflito entre Israel e a Palestina, que, "precisamente onde o filho de Deus veio ao mundo, mantêm-se as tensões e as violências, e a paz continua como um dom que se deve pedir e construir".
O papa expressou o desejo de que "o acordo alcançado no seio das Nações Unidas consiga, quanto antes, silenciar as armas na Síria e remediar a gravíssima situação humanitária de uma população extenuada".
Ressaltou ainda a urgência de que o "acordo sobre a Líbia encontre o apoio de todos, para que sejam superadas as graves divisões e violências que afligem o país".
O líder da Igreja Católica apelou novamente à comunidade internacional para que "dirija a sua atenção de maneira unânime" para o fim "das atrocidades" no Iraque, no Iêmen e na África Subsariana, pedindo a paz na República Democrática do Congo, no Burundi e no Sudão do Sul.
Implorou "consolo e força" para todos os que são "perseguidos por causa da sua fé em distintas partes do mundo", e que são os "atuais mártires".
Francisco instou que "a verdadeira paz chegue também à Ucrânia, que ofereça alívio a quem padece das consequências do conflito e inspire a vontade de levar até ao fim os acordos assumidos, para restabelecer a concórdia em todo o país".
O papa pediu igualmente a paz para o povo colombiano e afirmou que, "onde nasce Deus, nasce a esperança e, onde nasce a esperança, as pessoas encontram a dignidade". Contudo, "ainda há muitos homens e mulheres privados da sua dignidade humana", ressaltou, recordando os meninos soldados, as mulheres violentadas, as vítimas do tráfico de seres humanos e do narcotráfico, os refugiados e os desempregados.
Agência Brasil
Greve afeta aeroportos no Chile
Santiago
– Cerca
de 3 mil funcionários da Direção Nacional de Aeronáutica Civil do
Chile (Dgac) iniciaram uma greve de 24 horas nesta terça-feira, o
que afetou as decolagens e levou a um reprogramação de dezenas de
voos em todo o país. As zonas de embarque e torres de controle são
os setores mais afetados. A paralisação ocorre em um momento de
muitas viagens, motivadas por um feriado local no fim de semana. As
zonas de embarque e torres de controle são os setores mais
prejudicados.
Fonte: Correio do Povo, página 12 de
16 de setembro de 2015.
Guaíba
(RS): água sobe, invade casas e afeta 600 pessoas
Guaíba
contabiliza cerca de 600 pessoas atingidas pelas fortes chuvas que
resultaram na cheia do Guaíba. Segundo o vice-prefeito e titular da
Defesa Civil, Rogério Carvalho de Souza, as águas avançaram 2
metros acima do normal, invadindo casas ribeirinhas. O bairro Ipe,
uma Área de Preservação Permanente que conta com moradias
irregulares, é o que mais preocupa. A água invadiu 280 residências
obrigando 50 pessoas a procurarem abrigo no prédio do Rotary. Já no
bairro Alvorada, 60 pessoas foram para casa de amigos ou parentes e,
no Passo Fundo, 12 moradias foram invadidas pela água.
Fonte: Correio do Povo, página 11 de
23 de outubro de 2015.

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