Desaceleração das operações de compra e venda não interfere nos preços, que se mantêm altos
O mercado de imóveis rurais apresenta comportamento variável entre as diferentes regiões do Estado neste ano. Em algumas, há desaceleração de preços e negócios. Em outras, não houve retração. E há casos em que os valores se mantêm, mesmo que as operações de compra tenham perdido velocidade.
Na regão de Santa Maria, o delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci/RS), Paulo Coelho, calcula que a procuta teve uma desaceleração de, no mínimo, 50%, por receio dos investidores diante dos problemas econômicos do país. Agora percebe que “a crise deu uma amenizada” e, com isso, começou a aparecer a aceleração da demanda. Por isso, acredita que até março de 2016 o mercado “entra nos trilhos”.
O presidente do Sindicato Rural de Alegrete, Pedro Píffero, observou que, na sua região, “o campo deu uma segurada” nos negócios com imóveis rurais devido à indefinição da economia. Essa situação, que começou em março se mantém. “Os produtores ficam inseguros e estão com o pé no freio”, afirma.
Já no Norte, conforme o proprietário da Master Corretora de Imóveis Ltda, de Passo Fundo, Carlos Alceu Machado, o mercado de imóveis rurais destinados à exploração agrícola não foi atingido pela retração percebida nos mercados residencial e comercial. “Creditamos esse fato às boas colheitas, ao bom preço dos produtos agrícolas e à alta do dólar, que impacta positivamente a cotação da soja e do milho”, destaca.
Na região de Caçapava do Sul, os preços não tiveram alteração nos últimos dois anos e se mantêm altos, podendo variar de R$ 10 mil a R$ 29 mil por hectare, segundo o corretor Paulo Brito, da Caçapava Negócios Imobiliários. Já os negócios tiveram queda de 20% em 2015. Em Pelotas, o corretor e avaliador de imóveis Pablo Hellwig, da Requinte Negócios Imobiliários, afirma que os preços dos imóveis rurais estão estabilizados e altos, pois a demanda é maior que a oferta. “Chega a haver fila para compra”, ressalta.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de 23 de novembro de 2015.
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