De
um tempo para cá, virou moda entre os bandidos e organizações
criminosas articular a queima de ônibus como represália a
atividades de ofício das forças policiais. Basta a prisão de um
delinquente considerado importante para que esses grupos determinem
que veículos sejam queimados. A situação chegou a um ponto
insustentável e precisa de reação do poder público que não pode,
quando confrontado, deixar de dar uma resposta à altura.
De acordo com um levantamento
realizado pela Associação de Transportadores de Passageiros (ATP),
o prejuízo, somente em 2015, já beira os R$ 3 milhões na Capital.
Cada veiculo queimado custa em torno de R$ 400 mil e leva vários
dias para ser reposto. Além disso, em face dessas ocorrências, a
população reduz as viagens, prejudicando o desempenho do comércio
e da economia como um todo. Até agora, já foram registrados seis
ataques no ano em diversos bairros, como Lomba do Pinheiro, Vila
Cruzeiro, Restinga, Morro Santa Tereza e Vila Jardim. Todos eles
foram caracterizados pela violência contra os passageiros, que
saíram às pressas sob risco de vida.
Atualmente, diversas pesquisas
mostram que a segurança pública está no topo da preocupação dos
brasileiros. União, estados e municípios arrecadam tributos e cada
um, dentro de suas atribuições, deve agir para garantir o direito
de ir e vir da população. AS autoridades precisam realizar as
investigações e impor as punições cabíveis. Todavia, é certo
que esses trabalho, que demanda também um serviço de inteligência,
só pode ser feito com mais investimentos num setor estratégico para
a coletividade.
Fonte: Correio do Povo, página 2,
editorial da edição de 10 de outubro de 2015.
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