Taxista gaúcho reage ao Uber

Aplicativo conecta motorista autônomo e usuário

Caso o aplicativo Uber chegue a Porto Alegre, o sistema de táxis na Capital irá à falência. A avaliação é do diretor administrativo do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Adão Ferreira de Campos. Segundo ele, a entidade conta com o apoio da prefeitura e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) para impedir que o serviço seja utilizado na capital gaúcha. Ele conecta motoristas autônomos e usuários em busca de transporte. “A chegada do aplicativo Uber é questão de tempo, mas os taxistas estão vigilantes e farão uma grande mobilização para impedir que isso ocorra. Contamos com o apoio das autoridades.” Conforme Campos, a categoria formada por 3.922 carros e 10,6 mil taxistas, não descarta a possibilidade de entrar na Justiça.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, disse que existe uma legislação muito clara na cidade sobre o transporte remunerado e que a empresa fará com que a lei seja respeitada. “Temos uma política bem clara em relação ao transporte clandestino, ou seja,, vamos combater com rigor e fiscalizar quem por acaso tentar burlar a lei.” Para ele, o aplicativo deve servir de alerta para os taxistas melhorarem o serviço. “O Uber existe porque a população não está contente com o serviço. Então os permissionários devem ficar atentos”, acrescentou.
Apesar de o serviço não estar em funcionamento em Porto Alegre, o site da empresa permite o cadastramento de motoristas profissionais. Após preencher os dados, recebem um e-mail avisando que serão contatados quando o serviço estiver disponível na Capital.

Rio e São Paulo

No Rio de Janeiro e em São Paulo, o aplicativo Uber disponibiliza carros pretos, de grande porte e considerados de luxo como Toyota Corrola, Zafira e Azera. Na semana passada, taxistas do Rio interditaram vias da cidade em protesto contra o aplicativo. A categoria, que teme perder clientes, questionou a legalidade do serviço alternativo e foi apoiada pela prefeitura do Rio.


Fonte: Correio do Povo, página 17 de 30 de julho de 2015.

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