Pesquisa
feita com jovens que terminaram o Ensino Médio no país mostra que
há uma desconexão entre o que é ensinado nas escolas e os
conhecimentos e habilidades exigidos na vida adulta. O estudo
“Projeto de Vida – O papel da Escola na Vida dos Jovens”, da
Fundação Lemann, foi apresentado ontem, em Brasília, em semiárido
que debateu a base curricular nacional comum para a Educação
Básica.
Para
o trabalho, foram entrevistados jovens que concluíram o Ensino Médio
– 80% de escolas públicas - e ingressaram recentemente no mercado
de trabalho ou na faculdade; além de professores, empregadores,
especialistas em Educação e organizações não governamentais que
atuam na formação de jovens. Os dados revelam que, “apesar de
extensos, ainda faltam aos currículos conteúdos e habilidades à
vida adulta”.
A
análise aponta que a base curricular nacional comum para Educação
Infantil, Fundamental e Média, em discussão no Ministério da
Educação, oportuniza diminuir a desconexão entre o Ensino na
escola e o que o jovem realmente precisa aprender.
O
secretário de Educação Básica do Ministério da Educação,
Manoel Palácios, explicou que o MEC criou um grupo de trabalho para
a redação de proposta preliminar da base nacional comum curricular.
A pesquisa recomenda que a base curricular comum contribua para
tornar o estudo mais atrativo e ensine o que é fundamental à
aprendizagem escolar.
Dificuldades
Segundo
o estudo, faltam aos jovens competências básicas em comunicação,
raciocínio lógico e tecnologia.
Também
há problemas em interpretar o que lê, se expressar oralmente e
construir argumentos consistentes.
Os
jovens sentem dificuldades para escrever textos do dia a dia, como um
e-mail; e têm problemas de concordância e ortografia.
No
campo do raciocínio lógico, a pesquisa mostra que só estudantes
não dominam conteúdos básicos da matemática; encontram
resistência com estimativas de valores, cálculos de descontos e
reajustes, e para ler e interpretar planilhas e gráficos.
Fonte:
Correio do Povo, página 9 de 9 de julho de 2015.
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